sexta-feira, 26 de julho de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 11:19-27 - 29.07.2024

 Liturgia Diária


29 – SEGUNDA-FEIRA 

SANTOS MARTA, MARIA E LÁZARO


(branco, pref. comum ou dos santos – ofício da memória)



Evangelho: João 11:19-27 

Jesus, a ressurreição e a vida, chegou. Marta, em sua dor, encontrou a esperança. "Teu irmão ressuscitará," disse Jesus. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. Creiamos, como Marta, na promessa do Cristo, o Filho de Deus, que traz a vida.


João 11:19-27 (Bíblia de Jerusalém)


19. Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão.

20. Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria, porém, ficou sentada em casa.

21. Marta disse a Jesus: "Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido!

22. Mas também sei, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus te concederá".

23. Jesus disse-lhe: "Teu irmão ressuscitará".

24. Marta respondeu: "Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia".

25. Jesus disse-lhe: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.

26. E todo aquele que vive e crê em mim jamais morrerá. Crês isto?"

27. Ela respondeu: "Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que vem ao mundo".


Reflexão:

"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá." (João 11:25)


Neste diálogo profundo entre Jesus e Marta, vemos a tensão entre o luto humano e a esperança divina. Marta, na sua dor, expressa a fé em Jesus como o Messias, mas Jesus a leva além, revelando-se como a própria ressurreição e vida. Este encontro nos desafia a transcender a nossa visão limitada da vida e morte, convidando-nos a uma fé que vê além do presente sofrimento para a promessa de vida eterna. É um chamado a confiar plenamente em Jesus, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, crendo que em sua presença, a vida triunfa sempre sobre a morte.


HOMILIA

O Encontro da Vida e da Esperança


No coração do Evangelho de João 11:19-27, encontramos um dos momentos mais profundos e comoventes do ministério de Jesus: Sua declaração de ser a ressurreição e a vida. Marta, profundamente entristecida pela morte de seu irmão Lázaro, confronta Jesus com uma fé que é ao mesmo tempo desesperada e esperançosa. A resposta de Jesus a Marta não é apenas um consolo para ela, mas uma revelação de uma verdade eterna que transcende o tempo e a morte.

"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá." Nesta declaração, Jesus se coloca como o ponto de encontro entre a finitude humana e a eternidade divina. Ele não oferece apenas uma promessa futura de vida após a morte, mas afirma que a vida eterna começa aqui e agora, através da fé Nele. Esta verdade é um convite para que vejamos a nossa própria existência sob uma nova luz, onde a morte não é o fim, mas uma transição para uma nova dimensão de vida.

Marta representa todos nós em nossos momentos de perda e dúvida. Sua interação com Jesus mostra que a fé verdadeira não é isenta de questionamentos e dor. Ao expressar sua crença e ao mesmo tempo sua tristeza, Marta nos ensina que é possível estar genuinamente vulnerável diante de Deus. E é precisamente nesta vulnerabilidade que encontramos a força e a esperança que só Cristo pode oferecer.

O poder de Jesus sobre a morte, demonstrado pela ressurreição de Lázaro, é um sinal do poder transformador de Deus em nossas vidas. Este milagre aponta para a realidade de que, em Jesus, somos chamados a uma vida plena e abundante, que não é limitada pelas circunstâncias temporais, mas enraizada na eternidade do amor divino.

Ao refletir sobre este encontro, somos desafiados a reavaliar nossas próprias respostas ao sofrimento e à morte. Somos chamados a abraçar uma fé que reconhece a dor, mas que também celebra a esperança indestrutível que temos em Cristo. É uma fé que nos capacita a viver com coragem e compaixão, sabendo que em Jesus, a ressurreição e a vida já estão presentes entre nós.


EXPLICAÇÃO

A frase "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá." (João 11:25) é uma das mais profundas e significativas declarações de Jesus no Evangelho de João. Para compreendê-la em toda a sua profundidade, é necessário explorar suas implicações teológicas, filosóficas e existenciais.


1. Identidade de Jesus:

Quando Jesus afirma "Eu sou a ressurreição e a vida," Ele está fazendo uma declaração sobre Sua própria identidade. Não se trata apenas de algo que Ele pode fazer ou conceder, mas de algo que Ele é. Jesus não é apenas um intermediário entre Deus e os homens, mas a fonte da vida e da ressurreição em Si mesmo. Esta afirmação revela Sua divindade e Seu papel central no plano de salvação de Deus.


2. Ressurreição:

A ressurreição é a vitória sobre a morte. No contexto judaico da época, a ressurreição era uma esperança futura, um evento escatológico. Jesus, ao afirmar que Ele é a ressurreição, traz esta esperança futura para o presente. Ele é a realização desta promessa, demonstrando que a vida eterna começa agora para aqueles que creem Nele. Sua ressurreição da morte é o sinal e garantia de nossa própria ressurreição.


3. Vida:

Quando Jesus fala da vida, Ele se refere não apenas à vida biológica, mas à vida plena, abundante, e eterna em comunhão com Deus. Esta vida começa no momento em que uma pessoa crê em Jesus. Não é simplesmente uma existência prolongada após a morte, mas uma qualidade de vida que é transformada pela presença e poder de Deus.


4. Fé e Vida Eterna:

"Quem crê em mim, ainda que morra, viverá." Aqui, Jesus introduz a relação entre fé e vida eterna. A fé em Jesus é a chave para participar da ressurreição e da vida que Ele oferece. Mesmo que o crente passe pela morte física, esta morte não tem a palavra final. A fé em Jesus garante uma continuidade de vida que transcende a morte. É uma promessa de que a morte é uma passagem e não um fim.


5. Esperança e Consolo:

Para Marta e Maria, que acabavam de perder o irmão Lázaro, esta declaração de Jesus é um consolo imenso. Ela transforma a perspectiva de perda e morte em uma esperança renovada. Jesus não oferece apenas uma promessa distante, mas uma realidade presente que pode ser experimentada através da fé.


6. Implicações Existenciais:

Para os crentes hoje, esta frase oferece uma perspectiva radical sobre a vida e a morte. Ela desafia a visão materialista que vê a morte como o fim definitivo e a vida como meramente temporal. A declaração de Jesus chama os crentes a viverem com uma consciência da eternidade, a valorizar a vida em comunhão com Deus e a encarar a morte com esperança e confiança.


7. Dimensão Filosófica:

Filosoficamente, esta afirmação de Jesus confronta a angústia existencial e o medo da morte que muitos seres humanos enfrentam. Ao se identificar como a ressurreição e a vida, Jesus oferece uma resposta à busca humana por sentido e transcendência. Ele apresenta uma realidade onde a existência é ancorada na eternidade, e onde a morte é reconfigurada não como um término, mas como uma transformação.

Em resumo, a frase "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá" encapsula a essência do evangelho cristão. Ela revela a identidade de Jesus, a natureza da ressurreição e da vida eterna, e a centralidade da fé como meio de acesso a estas realidades. É uma afirmação que oferece consolo, esperança e um convite a viver uma vida transformada pela presença de Deus.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia #salmo #oração

#primeiraleitura #segundaleitura #santododia

Nenhum comentário:

Postar um comentário