segunda-feira, 22 de julho de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA -Evangelho: Mateus 13:1-9 - 24.07.2024

 Liturgia Diária


24 – QUARTA-FEIRA 

16ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Evangelho: Mateus 13:1-9 


O semeador saiu a semear, espalhando sementes com esperança. Algumas caíram à beira do caminho, outras em solo pedregoso e espinhoso, mas as que caíram em boa terra frutificaram abundantemente, trazendo colheita de cem, sessenta e trinta por um.


Mateus 13:1-9 (Bíblia de Jerusalém)


1. Naquele mesmo dia, Jesus saiu de casa e sentou-se à beira do mar.

2. Reuniu-se junto a ele uma grande multidão, de modo que ele entrou numa barca e se sentou. E toda a multidão estava de pé na praia.

3. E falou-lhes muitas coisas em parábolas. Disse-lhes: “Eis que o semeador saiu a semear.

4. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram.

5. Outras sementes caíram em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e logo brotaram, porque a terra não era profunda.

6. Mas, quando o sol saiu, elas se queimaram, e como não tinham raiz, secaram.

7. Outras sementes caíram entre os espinhos, e os espinhos cresceram e as sufocaram.

8. Outras sementes caíram em boa terra e deram fruto: uma cem, outra sessenta e outra trinta.

9. Quem tem ouvidos, ouça!”


Reflexão:

"Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça." (Mateus 13:9)


Nesta parábola do semeador, Jesus nos revela a diversidade das respostas humanas à Palavra de Deus. As sementes que caem à beira do caminho, em solo pedregoso, entre espinhos e em boa terra representam os diferentes estados de receptividade do coração humano. A mensagem divina é constante, mas sua frutificação depende da nossa abertura e disposição interior. Somos convidados a ser boa terra, cultivando um coração receptivo e fértil, capaz de acolher e fazer germinar a Palavra, transformando-a em frutos abundantes de amor, justiça e compaixão. Que possamos refletir sobre como acolhemos a mensagem de Deus em nossas vidas diárias e trabalhar para remover as pedras e espinhos que impedem seu pleno crescimento em nós. Amém.


HOMILIA

O Mistério da Semente e do Solo


Queridos irmãos e irmãs,


Hoje, refletimos sobre a parábola do semeador, um trecho do Evangelho que nos convida a mergulhar no mistério da semente e do solo, das palavras de Deus e dos corações humanos.

Jesus, sentado num barco à beira do mar, fala à multidão sobre um semeador que sai a semear. As sementes, que simbolizam a Palavra de Deus, caem em diferentes tipos de solo. Algumas caem à beira do caminho e são devoradas pelos pássaros. Outras caem em solo pedregoso, onde germinam rapidamente, mas murcham sob o sol por falta de raízes profundas. Algumas caem entre espinhos, que as sufocam e impedem seu crescimento. Finalmente, algumas caem em boa terra, onde produzem uma colheita abundante.

Nesta parábola, somos chamados a refletir sobre o estado do nosso próprio coração e como recebemos a Palavra de Deus. O que significa ser "boa terra"? Significa estar aberto, receptivo e disposto a permitir que a Palavra cresça e frutifique em nossa vida. Não é suficiente apenas ouvir a Palavra; precisamos acolhê-la, compreendê-la e permitir que ela transforme nossa existência.

O solo à beira do caminho representa aqueles que ouvem a Palavra, mas não a compreendem. O inimigo vem e arranca o que foi semeado em seus corações. O solo pedregoso simboliza aqueles que recebem a Palavra com alegria, mas, diante das tribulações e perseguições, rapidamente desanimam. O solo espinhoso representa aqueles que ouvem a Palavra, mas as preocupações do mundo e a sedução das riquezas sufocam-na, tornando-a infrutífera.

Mas a boa terra, irmãos e irmãs, é onde a Palavra de Deus pode realmente prosperar. É um coração que não apenas ouve, mas medita, guarda e pratica a Palavra. É um coração que, apesar das dificuldades e das distrações da vida, mantém-se firme e fiel ao chamado de Deus.

A parábola do semeador nos desafia a examinar nossa própria vida espiritual. Somos chamados a cultivar um coração receptivo, a remover as pedras e espinhos que impedem o crescimento da Palavra em nós. Devemos criar um ambiente onde a semente da Palavra possa crescer e frutificar, trazendo frutos de amor, paz, alegria e justiça.

Que possamos ser como a boa terra, permitindo que a Palavra de Deus cresça em nós e produza frutos abundantes para a glória do Reino. Que nosso coração seja sempre um solo fértil, pronto para acolher a mensagem de Cristo e viver de acordo com Seus ensinamentos.

Amém.


EXPLICAÇÃO

A frase "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça." (Mateus 13:9) contém uma profundidade que se desdobra em várias dimensões, tanto filosóficas quanto teológicas, convidando-nos a uma reflexão que vai além da simples audição física.

Primeiramente, essa frase nos chama a uma escuta atenta e contemplativa. Não se trata apenas de ouvir sons, mas de abrir o coração e a mente para compreender e internalizar a mensagem divina. Esta escuta é uma forma de estar presente, de estar verdadeiramente atento ao que está sendo comunicado, seja nas palavras de Cristo, seja nos sinais sutis da presença divina no mundo ao nosso redor.

Em uma perspectiva mais ampla, a frase nos desafia a transcender a superficialidade das aparências e a penetrar na essência das coisas. A verdadeira escuta implica um movimento interior, uma conversão contínua do ser, onde somos chamados a alinhar nossa vontade com a vontade divina. É um convite para ir além do literal e do imediato, buscando a sabedoria e a verdade que perpassam toda a criação.

Do ponto de vista teológico, "ouvir" significa responder ao chamado de Deus. É um ato de fé e de obediência amorosa. Quando Cristo diz "ouça", Ele nos convida a acolher a Palavra de Deus em nossas vidas, permitindo que ela transforme nossos corações e guie nossas ações. Esse "ouvir" é, portanto, uma forma de participação ativa na obra divina, onde nos tornamos co-criadores com Deus no processo de redenção e evolução espiritual.

Além disso, essa frase enfatiza a responsabilidade pessoal na busca da verdade. Ter ouvidos para ouvir implica estar disposto a receber e aceitar a verdade, mesmo quando ela desafia nossas crenças e confortos. É um apelo à humildade e à abertura, reconhecendo que somos sempre aprendizes no caminho da fé.

Por fim, essa escuta ativa nos conecta com a dinâmica evolutiva do universo. À medida que ouvimos e respondemos ao chamado divino, participamos do grande movimento de convergência espiritual, onde toda a criação se dirige para a plenitude em Deus. Assim, "ouvir" torna-se um ato de comunhão com o propósito divino, uma integração do individual no coletivo, do temporal no eterno.

Em suma, "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça" é uma exortação a uma escuta profunda e transformadora, um chamado à participação consciente na obra de Deus, onde cada um de nós, em nossa singularidade, contribui para a realização do Reino de Deus na Terra.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

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