quinta-feira, 25 de julho de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 6:1-15 - 28.07.2024

 Liturgia Diária


28 – DOMINGO 

17º DO TEMPO COMUM


(verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)



Evangelho: João 6:1-15 

Vindo ao monte, Jesus alimentou a multidão com cinco pães e dois peixes, multiplicando-os abundantemente. Ele é o Pão da Vida, que sacia toda fome e sacia a nossa alma com seu amor infinito. Louvamos Teu poder e generosidade.


João 6:1-15 (Bíblia de Jerusalém)


1. Depois disso, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades.

2. Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que realizava sobre os enfermos.

3. Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com seus discípulos.

4. Aproximava-se a Páscoa, festa dos judeus.

5. Levantando os olhos e vendo uma grande multidão que vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde compraremos pão para que comam estes?”

6. Mas dizia isso para prová-lo, porque ele mesmo sabia o que ia fazer.

7. Filipe respondeu-lhe: “Duzentos denários de pão não bastariam para que cada um recebesse um pouco.”

8. Um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:

9. “Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes; mas o que é isso para tanta gente?”

10. Jesus disse: “Fazei assentar os homens.” Havia muita relva naquele lugar. Assim, os homens se assentaram, e o número era de cerca de cinco mil.

11. Então Jesus tomou os pães, e, dando graças, distribuiu-os aos que estavam assentados; e igualmente dos peixes, tanto quanto queriam.

12. E, quando se saciaram, disse aos seus discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.”

13. Recolheram, pois, e encheram doze cestos com os pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido.

14. Então, os homens, vendo o sinal que Jesus tinha feito, diziam: “Este é verdadeiramente o Profeta que estava para vir ao mundo.”

15. Sabendo, pois, que iam vir para o arrebatá-lo e fazerem-no rei, retirou-se novamente para o monte, sozinho.


Reflexão:

"Então Jesus tomou os pães e, depois de ter dado graças, distribuiu-os aos que estavam assentados, e igualmente os peixes, quanto queriam." (João 6:11)


A multiplicação dos pães e peixes é um sinal poderoso da generosidade divina, que nos ensina que, mesmo quando nossos recursos parecem escassos, Deus pode transformá-los em abundância. Jesus, ao realizar este milagre, revela não apenas seu poder, mas também sua compaixão e preocupação com a humanidade. Ele transforma o pouco em muito, mostrando que a verdadeira abundância não está na quantidade, mas na qualidade da entrega e do amor. Assim, somos convidados a confiar na providência divina e a compartilhar o que temos, mesmo quando parece insuficiente. Em nossa própria vida, somos chamados a ver a multiplicação dos dons que recebemos e a usá-los para alimentar os outros, tanto espiritualmente quanto materialmente, confiando que Deus sempre proverá. 


HOMILIA

A Abundância da Providência Divina


No Evangelho de João, capítulo 6, versículos 1 a 15, encontramos o relato do milagre da multiplicação dos pães e peixes. Este evento não é apenas uma demonstração de poder divino, mas uma profunda lição sobre a natureza da providência e a abundância que Deus oferece.

Jesus, ao ver a grande multidão, percebe a necessidade de alimentar as pessoas. Ele se dirige a Filipe, perguntando onde poderiam comprar pão para alimentar a todos, sabendo bem que a resposta humana seria de desespero e impossibilidade. O jovem que oferece cinco pães e dois peixes é um símbolo da pequena oferta humana que, nas mãos de Deus, se transforma em uma abundância que supera toda expectativa.

Este milagre revela a generosidade infinita de Deus. A multiplicação dos pães e peixes não apenas sacia a fome física, mas também revela a profunda verdade espiritual: em Deus, as nossas pequenas ofertas, nossas ações e intenções, são transformadas e multiplicadas para além da nossa capacidade de compreender. Deus não só supre nossas necessidades, mas faz isso de maneira extraordinária, revelando Sua abundância e amor.

A reação da multidão, ao querer fazer de Jesus um rei, revela uma compreensão superficial do milagre. Eles estavam buscando um líder que satisfaça suas necessidades imediatas, sem perceber que Jesus oferece algo muito mais profundo: Ele é o Pão da Vida, a fonte eterna que alimenta a alma.

Jesus retira-se para um lugar deserto após o milagre, mostrando que o verdadeiro alimento não está nas coisas materiais, mas na relação pessoal com Deus. A experiência do milagre é um convite para transcender a busca por satisfazer apenas as necessidades físicas e abraçar a dimensão espiritual que Jesus oferece.

Nós também somos convidados a reconhecer e confiar na abundância de Deus. Nossas vidas, com suas ofertas limitadas, são recebidas por Deus e transformadas em algo infinitamente maior. Em cada gesto de generosidade e serviço, mesmo que pequeno, há uma potencialidade para multiplicar o amor e a misericórdia.

Portanto, ao refletirmos sobre este milagre, somos chamados a ver além da superfície e reconhecer a presença de Deus em nossas vidas. Devemos aprender a confiar na providência divina, acolher o Pão da Vida que Jesus oferece e permitir que a nossa pequena contribuição se una ao Seu poder transformador. Em cada ato de amor e generosidade, experimentamos a abundância de Deus e Sua promessa de um sustento eterno que vai além do físico, alimentando o espírito e guiando-nos para a verdadeira plenitude.


EXPLICAÇÃO

A frase “Então Jesus tomou os pães e, depois de ter dado graças, distribuiu-os aos que estavam assentados, e igualmente os peixes, quanto queriam” (João 6:11) oferece uma visão rica e multifacetada sobre a solidariedade, a gratidão e a abundância.


1.  Ação de Graças e Reconhecimento:


O ato de Jesus “dar graças” antes de distribuir os pães e peixes é profundamente significativo. Este momento reflete uma prática essencial na vida espiritual: reconhecer a fonte de toda dádiva e expressar gratidão. Em um nível mais profundo, Jesus está nos mostrando que, mesmo em situações de aparente escassez, a ação de graças transforma o que temos em algo abundante e suficiente. Este gesto nos convida a adotar uma atitude de gratidão em nossas próprias vidas, reconhecendo que todas as nossas posses e recursos vêm de Deus.


2.  Solidariedade e Generosidade:


A distribuição dos pães e peixes a todos os presentes “quanto queriam” é um exemplo de solidariedade prática. Jesus não apenas alimenta a multidão, mas o faz de forma abundante, garantindo que ninguém fique com fome. Esse ato de generosidade é um modelo de como a solidariedade deve ser exercida: não de forma limitada ou condicionada, mas de maneira a garantir que todas as necessidades sejam atendidas. A solidariedade verdadeira não apenas atende às necessidades imediatas, mas faz isso com um espírito de abundância e cuidado, como Jesus fez.


3.  A Partilha do Pão e a Comunhão:


O ato de distribuir o pão e os peixes também tem um significado simbólico profundo. No contexto da espiritualidade cristã, o pão representa o próprio corpo de Cristo, e a multiplicação dos pães prefigura o sacramento da Eucaristia. A partilha dos alimentos pode ser vista como uma antecipação do ato de comunhão, onde Jesus se oferece como alimento espiritual para a vida eterna. A comunhão é um ato de unidade e solidariedade entre os crentes, e o milagre dos pães e peixes revela que essa unidade transcende as barreiras físicas e espirituais.


4.  Abundância em Meio à Escassez:


Jesus transforma a pequena quantidade de pães e peixes em uma abundância que sacia a todos. Isso nos ensina que, mesmo em meio à escassez aparente, há potencial para uma generosidade infinita quando colocamos nossa confiança em Deus. O milagre revela a capacidade de Deus de transformar o pouco em muito, de modo que nossos próprios atos de solidariedade e generosidade podem ter um impacto muito maior do que imaginamos. É um chamado para não nos limitarmos pela nossa visão limitada de escassez, mas para confiar que nossa generosidade pode ter efeitos multiplicadores.


5. Inclusão e Igualdade:


Finalmente, o fato de que todos comeram “quanto queriam” sublinha a importância da inclusão e da igualdade. Não há distinção entre ricos e pobres, entre importantes e comuns. Todos recebem igualmente, o que reflete o princípio cristão de que todos são igualmente amados por Deus e merecem dignidade e cuidados. Esse princípio é uma chamada para práticas de justiça social e inclusão, assegurando que todos tenham acesso às necessidades básicas e que ninguém seja deixado para trás.

Em resumo, este versículo nos convida a refletir sobre a gratidão, a generosidade abundante, a partilha como um ato de comunhão, a capacidade de transformação divina e a importância da inclusão. Jesus, ao oferecer e distribuir o pão e os peixes, nos dá um modelo claro de como viver uma vida de solidariedade e amor incondicional.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia #salmo #oração

#primeiraleitura #segundaleitura #santododia


Nenhum comentário:

Postar um comentário