Liturgia Diária
28 – SEGUNDA-FEIRA
SANTO AGOSTINHO
BISPO E DOUTOR
(branco, pref. comum, ou dos pastores – ofício da memória)
No meio da Igreja, o Senhor colocou a palavra nos seus lábios; deu-lhe o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu de glória (Eclo 15,5).
Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354 e faleceu em Hipona, na mesma região, em 430. Bispo, foi considerado o pai dos pobres e o grande defensor da doutrina de Cristo, além de o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Suas obras iluminaram quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros de valor inestimável, entre os quais sua autobiografia, Confissões, e Cidade de Deus. Com esse doutor da Igreja, aprendamos a valorizar a cultura, sem descuidar a prática da caridade.
Evangelho: Mateus 23,13-22
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, / eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós, porém, não entrais nem deixais entrar aqueles que o desejam.[14] 15Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém e, quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós. 16Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo templo, não vale; mas, se alguém jura pelo ouro do templo, então vale!’ 17Insensatos e cegos! O que vale mais: o ouro ou o templo, que santifica o ouro? 18Vós dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale!’ 19Cegos! O que vale mais: a oferta ou o altar que santifica a oferta? 20Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. 21E quem jura pelo templo, jura por ele e por Deus, que habita no templo. 22E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 23,13-22
«Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos outros o Reino dos Céus»
P. Marc VAILLOT
(París, França)
Hoje, uma vez mais, o Evangelho mostra como a bondade de Deus que vela por nossa felicidade se transforma. Indica-nos claramente quais são as fontes: a verdade, o bem, a retidão, a justiça, o amor… e todas as virtudes. Avisa-nos também para que não caiamos nas armadilhas —excessos, luxúrias, decepções, em uma palavra, pecados - isso nos impediria de alcançar tal felicidade.
Jesus utiliza sua divina autoridade para nos mostrar claramente o carácter absoluto do bem, que devemos perseguir, e o do mal, que devemos evitar a todo custo. Daí, sua viva e amável exortação a respeitar a carta magna da vida cristã: as boas-venturanças, vias que dão o acesso à Felicidade. Paralelamente, encontramos o tom ameaçador utilizado no Evangelho de hoje: as Maldições daqueles atos destruidores que sempre devem ser evitados. O mesmo Coração sagrado, o mesmo Amor é o que dita as Boas aventuranças (cf. Mt 5,1 ss) e as Maldições.
É muito importante entender que são tão importantes tanto uns como outros para quem quiser se salvar: «Bem-aventurados» os pobres; os corações sedentos de justiças; as almas misericordiosas… «Ai de vocês!»… quando escandaliza aos outros; quando ensina e não o põe em prática; quando corrompe a doutrina sã; quando desvia aos outros do caminho reto…
Jesus completa com firmeza: quanto maior seja sua responsabilidade ante os outros, mais forte será a maldição que recairá sobre vocês. Nosso Senhor, nesta passagem está se dirigindo aos notáveis: «Ai de vocês, escribas e fariseus hipócritas!» (Mt 23,13 ss).
Apliquemos a nossas vidas este ensinamento divino. Nossas boas e nossas más ações têm sempre um duplo impacto: um, que recai sobre nós mesmos, pois cada ação nos melhora ou nos assola.; o outro, considerando nossa situação de adultos, pais, mestres, responsáveis sob qualquer aspecto, cada um de nossos atos pode ter repercussões, boas ou más, insuspeitáveis: «A vida não é tempo que passa, senão tempo de encontro» (Francisco).
E teremos que prestar contas disso ao amor de Deus!
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Formamos um só corpo em Cristo, ricos e pobres, escravos e livres, sãos e doentes; e há apenas uma cabeça da qual tudo deriva: Jesus Cristo. E como acontece com os membros de um único corpo, cada um deve cuidar dos outros e de todos» (São Gregório Nazianzeno)
«Deus —como dom— revelou-nos o seu Santo Nome: devemos guardá-lo na memória, num silêncio de adoração amorosa. No entanto, nenhuma palavra foi tão abusada quanto a palavra "Deus"» (Bento XVI)
«A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Também pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, por exemplo, quando se atribui uma certa importância mágica a certas práticas, de outra forma, legítimas ou necessárias (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n. 2.111)
Outros comentários
«Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos outros o Reino dos Céus»
P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP
(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)
Hoje, o Senhor nos quer iluminar sobre um conceito que em si mesmo é elementar, mas que poucos chegam aprofundar: guiar para o desastre não é guiar à vida, senão à morte. Quem ensina morrer ou matar aos demais não é um mestre da vida, senão um “assassino”.
O Senhor hoje está —diríamos— de mau-humor, está justamente enfadado com os guias que extraviam ao próximo e lhe tiram o gosto de viver e, finalmente, a vida: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes mais do que vós» (Mt 23,15).
Há gente que tenta de verdade entrar no Reino dos Céus, e tirar esta ilusão é uma culpa verdadeiramente grave. Têm se apoderado das chaves da entrada, mas para eles representam um “brinquedo”, algo chamativo para ter pendurado no cinturão e nada mais. Os fariseus perseguem os indivíduos, e “andam a caça” para levá-los a sua própria convicção religiosa; não à de Deus, senão à própria; com o fim convertê-los não em filhos de Deus, senão do inferno. O seu orgulho não eleva ao céu, não conduz à vida, senão à perdição. Que erro tão grave!
«Guias —diz-lhes Jesus— cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo» (Mt 23,24). Todo está trocado, revolvido; o Senhor repetidamente há tentado destampar as orelhas e desvendar os olhos dos fariseus, mas diz o profeta Zacarias: «Eles, porém, não quiseram escutar: voltaram-me as costas, revoltados, e taparam os ouvidos para nada ouvir» (Za 7,11). Então, no momento do juízo, o juiz emitirá uma sentença severa: «Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!» (Mt 7,23). Não é suficiente saber mais: faz falta saber a verdade e ensiná-la com humilde fidelidade. Lembremo-nos do que disse um autêntico mestre da sabedoria, Santo Tomás de Aquino: «Enquanto louvam a sua própria bravura, os soberbos envilecem a excelência da verdade!».
Fonte https://evangeli.net/
A hipocrisia é uma tentação para a nossa vida
HOMILIA
Somos pessoas religiosas por vocação, pelo batismo, pela graça de servirmos a Deus, por isso precisamos estar sempre vigilantes contra a tentação da hipocrisia
“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós, porém, não entrais, nem deixais entrar aqueles que o desejam” (Mateus 23,13-14).
Toda e qualquer hipocrisia deve ser condenada e combatida. Jesus não está combatendo os homens, pelo contrário, Ele está combatendo a hipocrisia reinante nos homens religiosos da sua época. Nós, que somos pessoas religiosas por vocação, pelo batismo, pela graça de servirmos a Deus, precisamos estar sempre vigilantes contra a tentação da hipocrisia.
O que é a hipocrisia? Sabemos o que é certo e o que é errado, temos uma facilidade para condenar o erro e a fraqueza dos outros, apontar quem está certo ou errado, mas temos uma facilidade ainda maior para absolvermos nossos próprios erros. Temos até uma postura sempre de desculpa com as nossas falhas e com os nossos limites.
Não é que precisamos ter uma postura de aceitar tudo que está errado no mundo, pelo contrário, não podemos cair num modo de vida farisaico, que tem, realmente, a capacidade de apontar o dedo, de ver que o erro é esse ou aquele e dizer: “Eu não cometo aquilo que os outros cometem, mas eu cometo outros erros e pecados”. O que precisamos fazer? Precisamos nos corrigir, deixar-nos converter a cada dia, colocar-nos numa atitude de vigilância, e colocar a nossa “barba de molho” a cada dia, sem jamais levantar o dedo para condenar essa ou aquela pessoa.
Não vejo o Mestre Jesus condenando nem discriminando ninguém. Eu vejo o Mestre Jesus amando os pecadores que acharíamos os piores pecadores da sua época. Contudo, eu vejo Jesus condenando qualquer hipocrisia.
Não podemos ser diferentes, temos de prestar atenção no que fazemos, no que falhamos, como nos portamos diante dos outros, porque a hipocrisia vai ser sempre uma tentação para a nossa vida.
Os humildes se corrigem e se deixam corrigir; os hipócritas e orgulhosos se fecham e não são corrigidos. Que Deus nos mostre a via da humildade que nos santifica sempre.
Deus abençoe você!
Fonte Padre Roger Araújo
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