Liturgia Diária
13 – DOMINGO
19º DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)
Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).
Reunimo-nos para celebrar a páscoa dominical e fazer experiência do encontro com Jesus no silêncio do nosso coração, de modo que, assim, aprendamos a caminhar do jeito dele. Presente na Palavra e na Eucaristia, o Senhor deseja fortalecer nossa fé e ser nossa segurança nas tempestades que enfrentamos na vida. Celebremos em comunhão com os vocacionados à vida em família, especialmente com os pais, neste seu dia.
Evangelho: Mateus 14,22-33
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu confio em nosso Senhor, / com fé, esperança e amor; / eu espero em sua Palavra, / hosana, ó Senhor, vem, me salva! (Sl 129,5) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Depois da multiplicação dos pães, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. 33Os que estavam no barco prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” – Palavra da salvação.
Fonte Evangelho: Mateus 14,22-33
Reflexão - Evangelho: Mateus 14,22-33
«Começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me!»Rev. D. Joaquim MESEGUER García(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje, a experiência de Pedro reflexa situações que nós também experimentamos alguma vez. Quem não viu fazer águas os seus projetos e não experimentou a tentação do desânimo ou da desesperação? Em circunstâncias assim, devemos reavivar a fé e dizer como o salmista: «Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia e dá-nos a tua salvação» (Sal 85,8).
Para a mentalidade antiga, o mar era o lugar onde habitavam as feras do mal, o reino da morte, ameaçador para o homem. Ao “caminhar sobre a água” (cf. Mt 14,25), Jesus indica-nos que com a sua morte e ressurreição triunfa sobre o poder do mal e da morte, que nos ameaça e procura destroçar-nos. Nossa existência, não é também como uma frágil embarcação, sacudida pelas ondas que atravessa o mar da vida e que espera chegar a uma meta que tenha sentido?
Pedro creia ter uma fé clara e uma força muito consistente, mas «começando a afundar» (Mt 14,30); Pedro havia assegurado a Jesus que estava disposto a seguir-lo até à morrer, mas a sua debilidade o acobardou e negou o Mestre nos feitos da Paixão. Porque Pedro afunda-se justamente quando começa a caminhar sobre a água? Porque, em vez de olhar a Jesus Cristo, olha ao mar e isso lhe fez perder a força e a partir desse instante, a sua confiança no Senhor diminuiu e os pés não lhe responderam. Mas, Jesus «estendeu a mão [e] segurou-o» (Mt 14,31) e salvou-o.
Depois da sua ressurreição, o Senhor não permite que o seu apóstolo afunde no remorso e na desesperação e lhe devolve a confiança com o seu generoso perdão. A quem eu enxergo no combate da vida? Quando noto que o peso dos meus pecados e erros me arrastam e me afundam, deixo que o bom Jesus estenda a sua mão e me salve?
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Outro benefício da oração é que ela faz passar o tempo tão depressa e com tanto prazer que nem sequer nos apercebemos da sua duração» (São João Mª Vianney)
«O Senhor está na "montanha" do Pai: podemos sempre invocá-lo» (Bento XVI)
«Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos Profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos pelo seu Filho» (Heb 1, 1-2). Cristo, Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai. N'Ele, o Pai disse tudo. Não haverá outra palavra além dessa (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 65)
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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