domingo, 13 de agosto de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 18,21-19,1 - 17.08.2023

Liturgia Diária


17 – QUINTA-FEIRA 

19ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).


Deus não cessa de marcar presença junto a seu povo e de protegê-lo em todas as situações. De nossa parte, ele espera que acolhamos os ensinamentos do seu Reino, que pede de nós um espírito compassivo e sempre pronto a oferecer o dom do perdão.


Evangelho: Mateus 18,21-19,1


Aleluia, aleluia, aleluia.


Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo / e ensinai-me vossas leis e mandamentos! (Sl 118,135) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros, que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo, e eu te pagarei!’ 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 18,21-19,1

«Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?»


Rev. D. Joan BLADÉ i Piñol

(Barcelona, Espanha)

Hoje, perguntar «quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?» (Mt 18,21), é também perguntar: Estes a quem tanto amo, os vejo com tantas manias e caprichos que me chateiam, que me incomodam com frequência, não falam comigo... E isto se repete este dia e no outro dia. Senhor, até quando tenho que aguentar isso?


Jesus responde com a lição de paciência. Na realidade, os dois devedores coincidem quando dizem: «Tem paciência comigo» (Mt 18,26.29). Mas, enquanto o descontrole do malvado, que já ia sufocando o outro por pouca coisa, lhe ocasionaria a ruína moral e econômica, a paciência do rei, não só salva o devedor, sua família e os bens, como engrandece a personalidade do monarca e gera confiança na corte. A reação do rei, nos lábios de Jesus, nos recorda o livro dos Salmos: «Mas em ti se encontra o perdão, para seres venerado com respeito» (Sal 130,4).


Está claro que precisamos nos opor à injustiça, e, se necessário, energicamente (suportar o mal seria um indício de apatia ou covardia). Mas, a indignação é saudável quando nela não há egoísmo, nem ira, nem sandice, senão o desejo reto de defender a verdade. A autêntica paciência é a que nos leva a suportar misericordiosamente a contradição, a debilidade, as doenças, as faltas de oportunidade das pessoas, dos acontecimentos ou das coisas. Ser paciente equivale a dominar-se a si mesmo. As pessoas susceptíveis ou violentas não podem ser pacientes porque nem pensam nem são donos de si mesmos.


A paciência é uma virtude cristã porque faz parte da mensagem do Reino dos Céus, e se forja na experiência de que todos nós temos defeitos. Se Paulo nos exorta a nos suportarmos uns aos outros (cf. Col 3,12-13), Pedro nos recorda que a paciência do Senhor nos dá a oportunidade de nos salvarmos (cf. 2 Pe 3,15).


Certamente, quantas vezes a paciência do bom Deus nos perdoou no confessionário! Sete vezes? Setenta vezes sete? Quiçá mais!


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Se buscar um exemplo de paciência, encontrara o melhor deles na Cruz. Grande foi a paciência de Cristo na cruz» (São Tomás de Aquino)


«O Senhor toma-se seu tempo. Mas incluso Ele, nesta relação conosco, tem muita paciência. E espera por nós até o final da vida! Pensemos no bom ladrão, que justo ao final, reconheceu a Deus» (Francisco)


«Os leigos recebem a vocação admirável e os meios que permitem ao Espírito produzir neles frutos cada vez mais abundantes. De facto, todas as suas atividades, orações, iniciativas apostólicas, a sua vida conjugal e familiar, o seu trabalho de cada dia, os seus lazeres do espírito e do corpo, se forem vividos no Espírito de Deus, e até as provações da vida se pacientemente suportadas, tudo se transforma em “sacrifício espiritual, agradável a Deus por Jesus Cristo”. Na celebração eucarística, todas estas oblações se unem à do Corpo de Senhor, para serem piedosamente oferecidas ao Pai (...).» (Catecismo da Igreja Católica, n° 901)

Fonte https://evangeli.net/


Nada é mais divino do que perdoar

HOMILIA


Não busquemos simplesmente respostas humanas para perdoar, busquemos o auxílio da graça, a vida em Deus e na oração

“Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18,21-22).


 

Não há nada mais divino do que o perdão e não há nada mais diabólico do que a falta de perdão. Estamos no meio desse fogo cruzado: o fogo da graça, que faz de nós criaturas novas, e o fogo do inferno, que perde a nossa alma e a nossa vida.


Enquanto o fogo do Espírito, o fogo de Deus, o fogo do Céu aniquila o ressentimento, a mágoa, a falta de misericórdia e perdão, o fogo do inferno faz de nós pessoas vingativas, rancorosas, maldosas e assim por diante. É verdade que nós somos humanos e a nossa humanidade se fere, machuca e reacende. Ou pegamos o fogo da graça para curar nossa humanidade ou deixamos que o fogo do inferno acenda em nós e torne a nossa humanidade pior, estragada e mais enferma do que ela já é. Muitos de nós estão doentes e enfermos no corpo, na alma e no espírito pela falta do perdão.


Cultivamos o ressentimento e a mágoa que só nos enfraquecem, tornam-nos mais doentes e piores para nós e para os outros. Quando não perdoamos, o azedume toma conta de nós, a amargura cresce em nosso coração, a raiva se dilacera em nossos atos, em nossas atitudes e naquilo que fazemos.


Perdoar não significa que somos bonzinhos, que somos anjos. Perdoar significa que estamos permitindo a graça de Deus reinar no nosso coração. Nada é mais divino do que perdoar!


Deus não se faz presente numa pessoa quando ela fala muito d’Ele. Deus se faz presente numa pessoa quando ela tem atitudes divinas, e não há atitude divina mais sublime do que a arte e a graça de perdoar as ofensas, as mágoas e tantas situações vividas. Você pode pensar: “Eu não consigo perdoar o meu irmão, a dor foi grande demais!”. Humanamente, pode ser que não consigamos, mas, com a graça divina, o fogo do Espírito queima aquilo que ficou em nós: o ressentimento, a mágoa. O perdão é vivo, é concreto e real.


Não busquemos simplesmente respostas humanas para perdoar, busquemos o auxílio da graça, a vida em Deus e na oração. Busquemos o remédio divino da salvação, para que possamos ser canais do perdão e misericórdia de Deus.


O perdão de Deus para nós não tem limites, não cabe dentro dos cálculos humanos, o perdão que Deus quer que exale de nós é o perdão que brota da cruz, do amor, de uma verdadeira experiência com Deus.


Se não conseguimos perdoar, que Deus nos dê a graça e a força necessária para que vivamos o perdão setenta vezes sete, todos os dias e em todos os momentos e situações da vida.


Deus abençoe você!

Fonte Padre Roger Araújo

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

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