segunda-feira, 30 de junho de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 8,23-27 - 01.07.2014 - Levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria.

Pai,
põe no meu coração
a certeza de que o Ressuscitado
está comigo e me dá força
nos momentos de tribulação.
E, assim, eu dê provas
de que a minha fé é sólida.
Verde. 3ª-feira da 13ª Semana Tempo Comum

Evangelho - Mt 8,23-27

Levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,23-27

Naquele tempo:
23Jesus entrou na barca,
e seus discípulos o acompanharam.
24E eis que houve uma grande tempestade no mar,
de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas.
Jesus, porém, dormia.
25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram,
dizendo: 'Senhor, salva-nos,
pois estamos perecendo!'
26Jesus respondeu:
'Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?'
Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar,
e fez-se uma grande calmaria.
27Os homens ficaram admirados e diziam:
'Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 8, 23-27

A nossa vida é constantemente marcada por turbulências que nem sempre são fáceis de serem vencidas, sendo que algumas vezes temos a impressão de que seremos engolidos. São situações que nos desafiam e exigem de nós muito mais do que somos capazes de realizar. É justamente nessas situações que a nossa fé deve falar mais alto. É claro que devemos reconhecer a nossa impotência diante de determinadas situações, mas a vida de quem realmente crê em Deus não pode ser marcada pelo medo, pela covardia ou pela transferência da responsabilidade do dia a dia para Deus. É assumir com coragem os desafios na certeza de que Deus é o grande parceiro e que seremos sempre vitoriosos porque não realizamos uma obra que é nossa, mas somos protagonistas de uma obra que é o próprio Deus quem realiza.
Fonte CNBB



JESUS ACALMA UMA TEMPESTADE Mt 8,23-27
HOMILIA

Nessa passagem Jesus chama os Seus discípulos para entrarem num barco e passarem para a outra margem. Inicialmente podemos observar que Jesus vinha de uma caminhada realizando muitas curas e numerosa multidão O seguia; e Jesus, nesse momento, chama Seus discípulos e os orienta para atravessarem para a outra margem.
Como em outras ocasiões, imediatamente Seus discípulos O atenderam, entraram no barco e partiram. Ora, estavam em companhia de Jesus! No mesmo barco! O que poderia haver de melhor? Seguiam com o Mestre! Próximos, ao lado de quem realizava todos aqueles milagres, curas, que lhes ensinava coisas maravilhosas!
E eles saíram e outros barcos também o seguiam. Num certo momento da viagem, Jesus adormeceu. Imaginemos os discípulos vendo Jesus dormir. O que lhes passava? - Tranqüilidade, segurança, confiança. Mas eis que sobreveio um temporal, com ondas arremessando contra o barco, ao ponto de encher-se d’agua, com sério risco de naufragar. E Jesus? Continuava dormindo ... Seus discípulos observaram que Ele continuava dormindo, e qual foi a reação? Certamente não era a mesma de antes.
Antes, enquanto a viagem corria tranqüila e Jesus dormia, os discípulos sentiam-se confiantes. Estamos com tudo? - certamente deveria ser seus pensamentos. Mas veio a tempestade, a dificuldade, e Jesus ?dormindo? Por que suas atitudes de confiança e tranqüilidade tão rapidamente transformaram-se em atitudes de insegurança? Jesus ainda estava no barco, continuava com eles! E mais, eles sabiam disso, podiam ver a presença de Jesus e mesmo assim desconfiaram de Sua proteção: ?Mestre, não Te importas que pereçamos? Como podemos trazer essa passagem para as nossas vidas? Sabemos que Jesus está conosco? Sabemos que Ele é o nosso Pai? Como podemos ainda não descansar e crer que Ele nos atende em todas as nossas dificuldades? Muitas vezes experimentamos o Seu silêncio em momentos de nossas vidas e precisamos saber que Ele continua ao nosso lado, continua navegando junto conosco, está no mesmo barco, mas ainda não é o momento de aquela situação ser alterada. E por quê?
Voltemos às Escrituras: ?Então lhes disse: por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé? Ah, a fé! Esse dom maravilhoso que Deus nos deu e, como todo o dom, precisa ser exercitado, fortalecido, para que efetivamente seja um dom a ser utilizado de forma plena.
Podemos observar também nessa passagem que outros barcos seguiam aquela travessia. Será que a tempestade atingiu-os da mesma forma? A Bíblia não fala, mas apliquemos o fato de que muitas vezes, e não poucas, mas muitas vezes passaremos por tempestades, tribulações, mesmo com tudo correndo certo em nossas vidas, com Jesus no mesmo barco, e outras pessoas, até próximas a nós, que demonstram não estar na companhia de Deus, estarão com suas vidas correndo tranqüilamente.
Saibamos que Deus nunca nos prometeu uma viagem tranqüila, mas uma chegada certa e segura. Passaremos por muitos obstáculos neste mundo, pois a ele não pertencemos. Entretanto, não haverá mal que vença no final na vida de um cristão, de um escolhido. Deus, o nosso Pai, estará sempre, em cada momento de dificuldade, levando-nos a um crescimento na fé e a vitórias que somente se n’Ele confiarmos poderemos obtê-las. Saibamos que temos um Pai que, como diz o último versículo: Até o vento e o mar Lhe obedecem?. Não temos nunca, em nenhum momento, o que temer, pois Ele tudo pode modificar e nos levar a reversões de situações que jamais imaginávamos poder acontecer, pois Ele é o Deus do impossível.
Pai, põe no meu coração a certeza de que o Ressuscitado está comigo e me dá força nos momentos de tribulação. E, assim, eu dê provas de que a minha fé é sólida.

Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla

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