Pai,
livra-me de julgar meus semelhantes
de maneira severa e impiedosa.
Que eu seja misericordioso com eles,
assim como és misericordioso comigo.
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Verde. 2ª-feira da 12ª Semana Tempo Comum
Evangelho - Mt 7,1-5
Tira primeiro a trave do teu próprio olho.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São
Mateus 7,1-5
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
1'Não julgueis, e não sereis julgados.
2Pois, vós sereis julgados
com o mesmo julgamento com que julgardes;
e sereis medidos, co a mesma medida com que medirdes.
3Por que observas o cisco no olho do teu irmão,
e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho?
4Ou, como podes dizer ao teu irmão:
'deixa-me tirar o cisco do teu olho',
quando tu mesmo tens uma trave no teu?
5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho,
e então enxergarás bem
para tirar o cisco do olho do teu irmão.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Mt 7, 1-5
A maioria das pessoas está mais preocupada com os pecados
dos outros do que com os próprios, sempre apresentando o argumento de que os
pecados dos outros são mais graves e exigem uma maior preocupação. O trabalho
de transformação do mundo deve começar pela transformação e pela conversão
pessoal. Se cada pessoa estivesse realmente preocupada com a própria conversão
e de fato fizesse tudo o que está ao seu alcance, contando com a graça divina
para uma verdadeira mudança de vida, muitos dos problemas que estão presentes
na nossa sociedade já estariam superados. Portanto, que cada um olhe para si,
se descubra pecador e se converta, para contribuir de fato com a conversão do
mundo.
Fonte CNBB
HOMILIA DIÁRIA
NÃO JULGUEIS E NÃO
SEREIS JULGADOS Mt 7,1-5
A partir do capítulo 7 de S. Mateus, que hoje começamos a
ver, o discurso da montanha parece tomar uma nova profundidade, orientado mais
em particular para os discípulos, isto é, para os membros da comunidade cristã
de Mateus e de todos os tempos.
O contraste exagerado entre o cisco no olho alheio e a trave
no próprio pode refletir um provérbio popular de então, a rápida observação das
faltas dos outros, em contraste com a tolerância das faltas do próprio caráter,
é tema comum em todos os povos e línguas. E por isso, os homens ao longo dos
tempos foram compondo provérbios que iluminam claramente as suas culturas e
tradições.
No provérbio de hoje Jesus pretende chamar a atenção dos
seus discípulos para um perigo que os cerca: o perigo de se considerarem
perfeitos e superiores e por isso se separarem dos outros, como fariseus. O
significado da palavra fariseu é separado.
O sentido que tem aqui o verbo julgar não é simplesmente
fazer-se uma opinião, algo que dificilmente poderemos evitar, mas julgar
duramente, ou seja, condenar os outros, como se diz na passagem paralela de S.
Lucas: Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis
condenados; perdoai e sereis perdoados (6, 37).
O julgamento pertence a Deus e não a nós, porque só Deus
conhece a fundo o coração do homem. Constituir-se em juiz dos outros é uma
ousadia irresponsável, é tomar o lugar de Deus. Deus nos aceita e ama todos tal
como somos, e olha-nos com amor de Pai que dissimula as faltas dos seus filhos,
a quem vê através do seu próprio Filho, Cristo.
Se, anteriormente, ao longo do discurso da montanha, Jesus
falou do perdão das ofensas e do amor inclusivamente ao inimigo, para tentar
aproximar-nos ao menos um pouco da perfeição de Deus, agora está apontando à
imitação da sua misericórdia. Como diz o livro da Sabedoria, Deus compadece-se
de todos corrige os que caem para que se convertam e acreditem n’Ele.
À medida que usarmos com os outros, usá-la-ão conosco. Isso
não quer dizer que Deus – a quem não se menciona no texto por respeito – nos
julgará com a nossa medida injusta e impiedosa. Esse não é o seu modo de proceder.
Certamente, quem age assim com os outros, expõe-se a um julgamento mais severo
para si mesmo.
Deus teria, digamos, duas medidas para o seu julgamento: uma
de justiça, outra de misericórdia. Ele medir-nos-á com aquela que nós
utilizarmos, nesta vida, com os irmãos. É a mesma lição da parábola do devedor
insolvente que é perdoado e não perdoa, ou a contida petição do Pai-nosso:
perdoa as nossas ofensas… O que condena o irmão auto-exclui-se do perdão de
Deus e cai sob a jurisdição da lei, que não deixará de acusá-lo e condenar como
imperfeito que é.
Todos somos imperfeitos, tanto e mais que os outros, ainda
que, julgando-os com superioridade, os desprezemos. Tal atitude, desprovida de
amor, provém da nossa própria cegueira que nos impede de ver os nossos
defeitos. Manter a conscientemente tal postura é hipocrisia astuta, cujo modelo
no evangelho são escribas e fariseus.
É muito velho o costume de criticar os outros. Assim,
pensamos justificar-nos a nós como melhores. Mas, a experiência demonstra que
os mais críticos, os que julgam ser perfeitos, saber tudo e ter a melhor
solução para qualquer problema, costumam ser os que menos fazem e levam aos
outros.
Um olhar no espelho, uma vista de olhos à nossa pequenez e
insignificância, à nossa “trave” no olho, minimizará sem dúvida as falhas dos
outros, e far-nos-á mais tolerantes e acolhedores, pensando que os outros
também têm que suportar-nos a nós. Conhecer as nossas próprias limitações,
admiti-las e aceitá-las ensinar-nos-á, a saber, estar e viver com os outros.
Assim, caminharemos em verdade e simplicidade, com ânimo de fraternidade,
tolerância e compreensão para com os outros sem os condenar.
Se Deus é otimista a respeito do homem e o ama apesar de
tudo, o discípulo de Cristo há-de fazer o mesmo em relação aos seus irmãos.
Este é um caminho mais seguro para a realização e a felicidade pessoal do que o
engano da presunção.
Meu irmão, minha irmã, nós não temos o direito de julgar, ao
menos que tiremos primeiro a trave que está no nosso olho. Ou seja, se eu sou
um exemplo, no caso tenho todo direito de julgar, mas através da Escritura,
logo, se eu sou um homem integro diante de Deus no que concerne a alguma
prática, seja ela confessional, doutrinária, ou moral, tenho duas ferramentas
em mãos e que contribuem entre si para o julgamento Cristão; Primeiro: O fato
que a Escritura Sagrada condena expressamente determinada prática, e em
segundo, eu sou um homem que não pratico tais coisas, e assim, a trave do meu
olho já foi tirada, e se eu tirei a trave do meu olho, tenho todo o argumento
para tirar o argueiro do olho do meu irmão.
Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e
impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso
comigo.
Fonte Canção Nova
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