segunda-feira, 28 de outubro de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 13,18-21 - 29.10.2024

 Liturgia Diária


29 – TERÇA-FEIRA 

30ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Antífona


Reino de Deus,  

grão que cresce,  

levedo oculto,  

que em silêncio tece,  

o mundo transforma,  

em união floresce,  

acolhe e une,  

toda a criação enobrece.


Lucas 13,18-21


18. Dicebat ergo: Cui simile est regnum Dei, et cui simile existimabo illud?  

Dizia, pois: A que é semelhante o Reino de Deus, e a que o compararei?


19. Simile est grano sinapis, quod acceptum homo misit in hortum suum: et crevit, et factum est in arborem magnam, et volucres cæli requieverunt in ramis ejus.  

É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu jardim; ele cresceu, tornou-se uma grande árvore, e as aves do céu pousaram em seus ramos.


20. Et iterum dixit: Cui simile existimabo regnum Dei?  

E disse novamente: A que compararei o Reino de Deus?


21. Simile est fermento, quod acceptum mulier abscondit in farinæ sata tria, donec fermentaretur totum.  

É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até que tudo ficou levedado


Reflexão:

"A que é semelhante ao Reino de Deus, e a que o compararei?" (Lucas 13,18)


O Reino de Deus é uma realidade viva e dinâmica, como uma semente e um fermento que transformam o que tocam. Esta força de expansão espiritual nos convida a reconhecer o potencial de transcendência que carregamos. Em cada pequeno ato, cada pensamento elevado, a Presença Divina se manifesta, espalhando-se em profundidade e amplitude. Através dessa consciência, participamos de uma evolução contínua, que, embora invisível aos olhos imediatos, age profundamente no tecido espiritual do mundo, aproximando-nos da unidade plena e da paz que transcende o material. Aqui, o Reino se expande em nós e ao nosso redor, sem limites visíveis, até que tudo seja envolvido por essa vida divina que ele representa.


HOMILIA

O Reino Interior e a Verdade que Transforma


Hoje, contemplamos a parábola do grão de mostarda e do fermento, símbolos que revelam a essência do Reino de Deus e o poder oculto de transformação silenciosa que ele carrega. Como um simples grão de mostarda que cresce até se tornar uma árvore imponente, o Reino opera de maneira discreta, invisível à pressa dos olhos mundanos, mas com uma força viva, capaz de transformar as realidades mais profundas do coração humano. Assim como o fermento, que ao se misturar à massa causa uma expansão silenciosa e inevitável, o Reino de Deus se manifesta em nossa vida, transformando-nos de dentro para fora.

Na realidade atual, em que somos constantemente distraídos pelas aparências e pela velocidade das mudanças exteriores, torna-se fácil ignorar o que realmente nos edifica e transforma. As verdades silenciosas do Reino são as que se encontram na simplicidade e na profundidade do presente. Em vez de buscar respostas nas mudanças do mundo exterior, somos chamados a encontrar, dentro de nós mesmos, esse fermento divino. Ele é como uma semente que cresce, como um impulso de verdade que transcende a mera aparência das coisas e nos revela a beleza do eterno em cada instante.

Jesus nos desafia a contemplar a profundidade de nossa vida, onde reside a verdade do Reino, e a abraçar essa transformação, não como um espetáculo externo, mas como uma mudança que começa em nossa mente e alma. Nesse processo, a paciência é fundamental. Ao invés de exigir resultados imediatos, devemos aprender a confiar na quietude do Reino que opera em nós. E, tal como o grão de mostarda, deixar que essa semente de amor e verdade cresça, até que toda nossa vida seja permeada pelo Reino que, de forma silenciosa e progressiva, traz à tona a plenitude de nossa humanidade e de nossa comunhão com o Divino.

Assim, o convite é para viver de maneira mais autêntica e profunda, conscientes de que a transformação do mundo começa em cada um de nós, no encontro com essa semente invisível que nos chama à verdadeira vida no Reino de Deus.


EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA

A Semelhança do Reino de Deus


A frase "A que é semelhante ao Reino de Deus, e a que o compararei?" (Lucas 13,18) é uma indagação que nos convida a refletir sobre a natureza e a essência do Reino de Deus. Ao fazer esta pergunta, Jesus nos leva a um espaço de contemplação e descoberta, sugerindo que o Reino não pode ser facilmente definido ou encapsulado em palavras ou conceitos. Ele utiliza comparações para expressar verdades profundas sobre a realidade do Reino, que, por sua própria natureza, transcende a compreensão humana comum.


A Inefabilidade do Reino


A dificuldade em comparar o Reino de Deus com algo terreno é uma indicação de sua grandeza e mistério. O Reino não é uma entidade política ou social, mas uma realidade espiritual que envolve a presença e o governo de Deus na vida dos crentes. Ao se perguntar a que poderia ser comparado, Jesus nos lembra que as analogias que usamos são, em última análise, limitadas. O Reino de Deus é uma experiência viva, dinâmica, e em constante evolução. Assim, não se limita a estruturas ou sistemas, mas é algo que transforma a realidade a partir do interior.


Comparações que Revelam


Através das metáforas que se seguem nesta passagem — como o grão de mostarda e o fermento — Jesus revela a natureza do Reino de Deus como algo que começa pequeno e imperceptível, mas que tem o potencial de crescer e transformar tudo ao seu redor. O grão de mostarda, que é uma das menores sementes, se torna uma grande árvore, indicando que o Reino pode iniciar de maneira humilde, mas sua influência é vasta e expansiva. O fermento, que é invisível, se espalha na massa, mostrando que a ação do Reino é poderosa, mesmo quando não percebemos.


A Presença do Reino


Portanto, ao contemplar esta frase, somos chamados a reconhecer que o Reino de Deus é uma realidade presente entre nós, mesmo que muitas vezes não a percebamos. Essa presença nos convida a uma vida de fé, onde a ação do Reino se manifesta nas pequenas coisas do cotidiano, nas relações de amor, na justiça, e na compaixão. Essa consciência nos leva a agir como agentes do Reino, permitindo que sua luz e verdade se espalhem em nossas vidas e no mundo ao nosso redor.


Conclusão


Assim, a pergunta de Jesus sobre a semelhança do Reino de Deus não busca uma resposta única, mas nos leva a uma jornada de descoberta. Ao nos permitir explorar as comparações e metáforas, Ele nos convida a abrir nossos corações e mentes para a realidade dinâmica e transformadora do Reino. A mensagem central é que o Reino de Deus está em constante crescimento e ação, desafiando-nos a nos tornarmos partícipes ativos nessa transformação que começa de dentro e se expande para fora, moldando não apenas nossas vidas, mas o mundo ao nosso redor.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Segunda Leitura

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