domingo, 24 de dezembro de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 10,17-22 - 26.12.2023

Liturgia Diária


26 – TERÇA-FEIRA 

SANTO ESTÊVÃO


DIÁCONO E PROTOMÁRTIR


(vermelho, glória, pref. do Natal – ofício da festa)



Evangelho: Mateus 10,17-22 

Este trecho bíblico ressalta os desafios enfrentados pelos seguidores da fé, abordando a iminência da perseguição e hostilidade. Destaca-se a necessidade de testemunhar diante de autoridades e a promessa de orientação divina em momentos cruciais, revelando a tensão entre a fé e as complexidades do mundo.


Mateus 10,17-22, (Bíblia de Jerusalém)


Proclamação do santo Evangelho segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 17 Cuidai-vos dos homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas.

18 Sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e dos pagãos.

19 Quando vos entregarem, não fiqueis inquietos, pensando em como falar ou no que dizer. Será dito naquela hora o que haveis de dizer.

20 Não sereis vós que havereis de falar, mas o Espírito de vosso Pai falará por vós.

21 O irmão entregará à morte o irmão; o pai, o filho. Os filhos insurgir-se-ão contra os pais e os matarão.

22 Sereis odiados de todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

- Palavra do Senhor.


Reflexão

"Não sereis vós que havereis de falar, mas o Espírito de vosso Pai falará por vós." (Mateus 10,20)


A passagem do Evangelho de Mateus 10,17-22 convida à reflexão profunda sobre a natureza desafiadora da fé. Ao abordar a perspectiva da perseguição e hostilidade, o texto destaca que seguir uma convicção espiritual muitas vezes implica enfrentar adversidades. A imagem de ser entregue aos tribunais e açoitado nas sinagogas sugere confrontos físicos e sociais que podem surgir em virtude da devoção religiosa.

A instrução para dar testemunho diante de autoridades mundanas, como governadores e reis, ressalta a necessidade de os crentes permanecerem firmes em sua fé, mesmo quando confrontados com sistemas seculares. A promessa de que o Espírito do Pai falará por eles destaca a assistência divina, fornecendo conforto e coragem nos momentos de desafio.

A previsão de conflitos intra familiares, onde irmãos se voltam contra irmãos, e filhos se insurgem contra pais, destaca a profundidade das divisões que a fé pode gerar. No entanto, a promessa de salvação para aqueles que perseverarem até o fim oferece uma luz de esperança em meio às dificuldades.

Essa passagem ressoa em contextos diversos, convidando os leitores a considerar a integridade de suas próprias convicções, a enfrentar desafios com coragem e a confiar na orientação divina, mesmo quando o mundo se mostra adverso. É uma chamada à reflexão sobre a natureza da fé, seus sacrifícios e suas recompensas, incentivando uma devoção resiliente mesmo nas circunstâncias mais difíceis.


Homilia


Queridos irmãos em Cristo,

"Perseverança na Fé: Navegando as Tribulações com Confiança e Esperança"


Hoje, refletimos sobre as palavras inspiradas que nos desafiam a um compromisso profundo com nossa fé. Vivemos em um mundo marcado por desafios, onde a fidelidade a nossas convicções muitas vezes nos coloca diante de tribulações e resistências. Nestes versículos, encontramos uma orientação atemporal para enfrentarmos as adversidades com coragem e confiança.

A imagem de ser entregue aos tribunais e açoitado nas sinagogas ressoa com a realidade de muitos de nós, que experimentamos formas variadas de rejeição por causa de nossa fé. Em um mundo que muitas vezes não compreende ou aceita nossos valores, somos chamados a permanecer firmes, lembrando que nossas convicções transcendem as opiniões efêmeras e as tribulações passageiras.

A exortação para dar testemunho diante de governadores e autoridades reflete a responsabilidade de sermos luz em meio às estruturas seculares. Devemos ser conscientes de que nossa fé não está confinada ao espaço privado, mas deve iluminar os corações e mentes daqueles que moldam as direções da sociedade. Em tempos de incerteza, a voz do Espírito Santo nos guia, capacitando-nos a comunicar com sabedoria e amor.

O alerta sobre as tensões familiares nos recorda que seguir a Cristo pode, por vezes, criar divisões até mesmo entre os mais próximos. No entanto, nossa devoção não deve ceder diante desses desafios. Em vez disso, somos encorajados a manter a paz, mesmo quando confrontados com a incompreensão, confiando que o amor de Cristo eventualmente dissolverá as barreiras que possam surgir.

Em um mundo que muitas vezes rejeita os valores evangélicos, podemos nos sentir deslocados e, por vezes, até odiados. Mas, queridos irmãos e irmãs, é nesses momentos que somos chamados a nos agarrar à promessa de salvação para aqueles que perseveram até o fim. A recompensa eterna que nos aguarda é a âncora que sustenta nossa jornada, mesmo quando as tempestades do mundo tentam nos desviar do caminho da fé.

Que essas palavras inspirem em nós uma coragem renovada para testemunhar a verdade, mesmo em meio às adversidades. Que o Espírito Santo nos guie em nossas palavras e ações, capacitando-nos a ser autênticos discípulos de Cristo, mesmo diante das tribulações deste mundo. Que a promessa de salvação nos mantenha firmes no propósito de seguir a Jesus até o fim.

Que assim seja. Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Primeira Leitura

Segunda Leitura

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