quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 11,16-19 - 15.12.2023

Liturgia Diária


15 – SEXTA-FEIRA 

2ª SEMANA DO ADVENTO


(roxo, pref. do Advento I ou IA – ofício do dia)



Evangelho: Mateus 11,16-19

Esses versículos retratam a rejeição de João Batista e de Jesus por parte de algumas pessoas, que criticavam seus estilos de vida e seus métodos diferentes, questionando a legitimidade de ambos os mensageiros.


Mateus 11,16-19 (Bíblia de Jerusalém):


Proclamação do santo Evangelho segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 16 "Com quem, pois, hei de comparar esta geração? É semelhante a crianças sentadas nas praças, que gritam aos companheiros,

17 dizendo: 'Tocamos flauta para vós, e não dançastes; entoamos lamentações, e não vos afligistes.'

18 Porquanto veio João, que não comia nem bebia, e dizem: 'Ele está possuído de um demônio.'

19 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: 'É um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores.' Mas a sabedoria é justificada por suas obras." - Palavra da Salvação.


Reflexão

 "Mas a sabedoria é justificada por suas obras."  (Mt 11,19)


A passagem de Mateus 11,16-19 na Bíblia de Jerusalém nos convida a refletir sobre a natureza da aceitação e rejeição, especialmente diante da mensagem divina. A analogia com crianças que não respondem adequadamente às músicas tocadas ou às lamentações expressa a dificuldade humana em compreender e abraçar a vontade de Deus.

A chegada de João Batista e do próprio Jesus trouxe consigo diferentes estilos de vida e abordagens para transmitir a mensagem divina. No entanto, em vez de serem avaliados pelo conteúdo de sua mensagem ou pela sabedoria que compartilhavam, foram criticados por características periféricas. João, com sua vida ascética, foi considerado endemoninhado, enquanto Jesus, por participar da vida cotidiana e se associar a diferentes grupos sociais, foi rotulado como comilão e beberrão.

Essa narrativa destaca a resistência humana à diversidade de expressões da verdade e à variedade de caminhos pelos quais a mensagem divina pode ser transmitida. As críticas baseadas em preconceitos externos revelam a dificuldade que as pessoas têm em aceitar métodos e mensageiros que fogem das expectativas convencionais.

A conclusão da passagem nos lembra que a verdadeira sabedoria é justificada por suas obras. Isso sugere que, em última análise, a validade da mensagem divina não está apenas na forma como é apresentada, mas nos resultados tangíveis e transformadores que ela produz na vida das pessoas. Portanto, a reflexão sobre essa passagem nos convida a cultivar um coração aberto e receptivo, capaz de reconhecer a sabedoria divina, independentemente das formas e aparências externas.


HOMILIA

"Tocando a Verdadeira Harmonia: Uma Reflexão sobre a Sabedoria que Transforma"


Caríssimos irmãos em Cristo,


Hoje, somos chamados a refletir sobre as palavras do Evangelho segundo Mateus (11,16-19), onde Jesus compartilha uma parábola intrigante sobre a geração da sua época. Ele a compara a crianças nas praças, que, por mais que a música seja tocada ou as lamentações entoadas, permanecem indiferentes.

Essa imagem, tão simples à primeira vista, contém uma profundidade que ecoa através dos tempos e ressoa nos corações de cada um de nós. As crianças nas praças representam não apenas uma geração passada, mas a humanidade em sua busca constante por compreensão, aceitação e sentido.

Vemos como João Batista, com sua vida austera, é rejeitado e rotulado como endemoninhado, enquanto Jesus, que participa das alegrias e tristezas da vida cotidiana, é chamado de comilão e beberrão. Essa resposta da sociedade da época revela uma tendência humana duradoura: julgar pela aparência, pelos métodos e pelas normas sociais, em vez de buscar a essência e a verdade.

Essa parábola nos convida a olhar para nossas próprias atitudes em relação à mensagem de Cristo. Como crianças nas praças, somos muitas vezes seletivos em nossa aceitação do Evangelho. Preferimos certas partes da mensagem, aquelas que se alinham com nossas conveniências e preconceitos, enquanto rejeitamos outras que desafiam nossas escolhas e estilo de vida.

No entanto, Jesus nos lembra que a verdadeira sabedoria é justificada por suas obras. Isso vai além de meras palavras ou rituais vazios. A fé cristã não é uma fachada, mas um compromisso transformador que se reflete em nossas ações diárias.

Em nossa sociedade contemporânea, onde somos inundados por distrações e julgamentos superficiais, a mensagem de Jesus permanece atemporal e relevante. Somos chamados a transcender as aparências, a olhar além dos rótulos e a abraçar a verdadeira sabedoria que se manifesta no amor, na compaixão e na justiça.

Que possamos, como discípulos de Cristo, ser verdadeiramente sábios em nossas escolhas e ações. Que nossa fé não seja apenas uma vestimenta externa, mas um testemunho interno que transforma não apenas nossas palavras, mas também nossas vidas.

Que o Espírito Santo nos guie na busca constante pela verdadeira sabedoria, para que, ao final de nossos dias, possamos ouvir as palavras de nosso Senhor: "Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mateus 25,34).

Que assim seja. Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

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