quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 1,46-56 - 22.12.2023

Liturgia Diária


22 – SEXTA-FEIRA 

3ª SEMANA DO ADVENTO


(roxo, pref. do Advento II ou IIA – ofício do dia)



Salmo 24,7 na Bíblia de Jerusalém

"Levantai, ó portas, vossos frontões!

Elevai-vos, portais eternos,

para que entre o Rei da glória!"


Evangelho: Lucas 1,46-56

Essa passagem é conhecida como o "Magnificat" ou "Cântico de Maria", onde Maria expressa sua gratidão e louvor a Deus por tudo o que Ele fez em sua vida e na história do Seu povo.


Lucas 1,46-56 (Bíblia de Jerusalém)


Proclamação do santo Evangelho segundo Lucas – Naquele tempo,46. Então Maria disse:

    Minha alma glorifica ao Senhor,

47. e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,

48. porque olhou para sua pobre serva.

    Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,

49. porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso

    e cujo nome é Santo.

50. Sua misericórdia se estende, de geração em geração,

    sobre os que o temem.

51. Manifestou o poder do seu braço:

    desconcertou os corações dos soberbos.

52. Derrubou do trono os poderosos

    e exaltou os humildes.

53. Saciou de bens os famintos

    e despediu os ricos de mãos vazias.

54. Acolheu a Israel, seu servo,

    lembrado da sua misericórdia,

55. conforme prometera a nossos pais,

    em favor de Abraão e sua descendência para sempre.

56. Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois voltou para casa. - Palavra da Salvação.


Reflexão

"Minha alma glorifica ao Senhor, e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador." (Lucas 1:46-47)


O Evangelho de Lucas 1:46-56, também conhecido como o "Magnificat" ou "Cântico de Maria", é uma expressão vívida de gratidão, louvor e reconhecimento da grandiosidade de Deus. Maria, ao visitar Isabel e perceber a bênção extraordinária que Deus havia concedido a ela e a toda a humanidade, não pôde conter sua alegria e louvor.

A passagem começa com as palavras de Maria: "Minha alma glorifica ao Senhor, e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador." Essas palavras não são apenas um cântico de agradecimento pessoal, mas também um testemunho poderoso da fidelidade e misericórdia de Deus ao longo da história. Maria reconhece a magnitude das maravilhas que Deus realizou nela e na história de Seu povo.

Há várias reflexões que podemos extrair dessa passagem:

Humildade e Submissão: Maria se chama a si mesma de "pobre serva" e reconhece a grandeza de Deus. Sua humildade e submissão ao plano divino são notáveis. Ela não se vangloria de sua posição especial, mas atribui toda a glória a Deus.

Justiça Social: No "Magnificat", Maria destaca a preocupação de Deus com os oprimidos e marginalizados. Ela menciona a derrubada dos poderosos e a exaltação dos humildes. Essa ênfase na justiça social ressoa ao longo de toda a Escritura e nos lembra do compromisso divino com a equidade e a compaixão.

Fidelidade às Promessas: Maria recorda as promessas feitas a Abraão e seus descendentes, reconhecendo a fidelidade contínua de Deus às Suas promessas. Essa perspectiva histórica destaca a continuidade do plano divino ao longo das gerações.

Gratidão em Meio às Circunstâncias: Maria encontra razões para louvar a Deus, mesmo em circunstâncias desafiadoras. Sua fé não é abalada pelas dificuldades, mas encontra alegria e confiança no Senhor.

O "Magnificat" é um chamado à reflexão sobre como podemos expressar nossa gratidão a Deus, reconhecendo Sua obra em nossas vidas e no mundo. Podemos aprender com Maria sobre humildade, justiça social, fidelidade e gratidão, buscando viver de maneira que também possamos proclamar a grandiosidade do Senhor em nossas vidas.


HOMILIA

"Tocados pelo Cântico da Gratidão: Uma Jornada de Humildade, Justiça e Fidelidade"


Queridos irmãos em Cristo,


Hoje, somos convidados a refletir sobre as palavras inspiradas que brotaram do coração de Maria, a mãe de nosso Senhor. Neste cântico, ela não apenas expressa sua alegria e gratidão, mas também revela verdades profundas sobre o caráter de Deus e Seu amor incessante por cada um de nós.

Maria inicia seu cântico chamando a atenção para a glorificação de sua alma ao Senhor. Essa glorificação não é um mero ato de louvor, mas um testemunho vivo de como a presença de Deus pode transformar nossas vidas. Assim como Maria, somos convidados a elevar nossos corações em gratidão, reconhecendo a ação de Deus em nossas vidas.

A humildade de Maria é algo que devemos admirar e imitar. Ela se chama a si mesma de "pobre serva", reconhecendo que sua grandeza não vem de sua própria habilidade ou méritos, mas do poder de Deus agindo em sua vida. Em um mundo que muitas vezes valoriza a autossuficiência e a busca pelo sucesso a qualquer custo, somos chamados a abraçar a humildade como um caminho para nos aproximarmos de Deus.

Maria também destaca a justiça social em seu cântico. Ela fala sobre a derrubada dos poderosos e a exaltação dos humildes. Este é um lembrete poderoso de que o Reino de Deus valoriza a equidade, a compaixão e a solidariedade. Somos desafiados a questionar estruturas injustas e a agir em prol da justiça, lembrando-nos de que Deus está do lado dos oprimidos.

Além disso, Maria nos recorda da fidelidade de Deus às Suas promessas ao longo da história. Suas palavras ecoam as promessas feitas a Abraão e seus descendentes. Em nossas próprias jornadas de fé, somos chamados a confiar na fidelidade de Deus, mesmo quando os tempos são difíceis. Ele é o Deus que cumpre Suas promessas e nos guia com amor constante.

Assim como Maria, devemos encontrar razões para louvar a Deus em todas as circunstâncias. Mesmo diante dos desafios, podemos confiar na providência divina e na graça que nos sustenta. Nossa fé não é baseada nas circunstâncias, mas na certeza do amor de Deus, que transcende qualquer situação.

Que, ao meditarmos nessas palavras de Maria, possamos ser inspirados a viver vidas de humildade, justiça, confiança e louvor constante ao nosso Deus. Que o Espírito Santo nos guie para uma compreensão mais profunda dessas verdades e nos capacite a ser testemunhas vivas do amor transformador de Deus em nosso mundo.

Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

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