segunda-feira, 5 de setembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 1,1-16.18-23 ou 18-23 - 08.09.2022

Liturgia Diária


8 – QUINTA-FEIRA 

NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA


(branco, glória, pref. de Maria, – ofício da festa)



Celebremos com alegria o nascimento da Virgem Maria: por ela nos veio o sol da justiça, o Cristo, nosso Deus.


Os Evangelhos nada referem sobre o nascimento de Maria. No entanto, já no século 5º, os peregrinos visitavam uma igreja construída em Jerusalém no possível lugar da casa de Joaquim e Ana. A partir do século 7º, a festa foi acolhida no Ocidente. O responsório do ofício das leituras nos faz cantar: “É hoje o nascimento de Maria, a Virgem santa, descendente de Davi. Por ela apareceu aos fiéis a salvação; sua vida gloriosa trouxe a luz ao mundo inteiro. Celebremos com carinho o natal da Virgem santa”.


Evangelho: Mateus 1,1-16.18-23 ou 18-23


[A forma breve está entre colchetes.]


Aleluia, aleluia, aleluia.


Sois feliz, Virgem Maria, e mereceis todo louvor, / pois de vós se levantou o sol brilhante da justiça, / que é Cristo, nosso Deus, pelo qual nós fomos salvos! – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. 2Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos. 3Judá gerou Farés e Zara, cuja mãe era Tamar. Farés gerou Esrom; Esrom gerou Aram; 4Aram gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon; 5Salmon gerou Booz, cuja mãe era Raab. Booz gerou Obed, cuja mãe era Rute. Obed gerou Jessé. 6Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, daquela que tinha sido a mulher de Urias. 7Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; 8Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Ozias; 9Ozias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; 10Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias. 11Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. 12Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; 13Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; 14Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; 15Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó. 16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. [18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho e lhe disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.] – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 1,1-16.18-23 ou 18-23

«Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel»


+ Fray Agustí ALTISENT i Altisent Monje de Santa Mª de Poblet

(Tarragona, Espanha)

Hoje, a genealogia de Jesus, o Salvador que tinha que vir e, nascer de Maria, nos mostra como a obra de Deus está entrelaçada na história humana, e como Deus atua no segredo e no silêncio de cada dia. Ao mesmo tempo, vemos sua seriedade em cumprir suas promessas. Inclusive Rut e Rahab (cf. Mt 1,5), estrangeiras convertidas à fé no único Deus (e Rahab era uma prostituta!), são antepassados do Salvador.


O Espírito Santo, que havia de realizar em Maria a encarnação do Filho, penetrou, pois em nossa história desde muito longe, desde muito cedo e, traçou um rumo até chegar a Maria de Nazaré e, através dela, a seu filho Jesus. «Eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho, e ele será chamado Emanuel» (Mt 1,23). Quão espiritualmente delicadas deviam ser as entranhas de Maria, seu coração e sua vontade, ao ponto de atrair a atenção do Pai e a convertê-la em mãe do Deus-com-os-homens!, Ele que tinha que levar a luz e a graça sobrenaturais para a salvação de todos. Tudo, nesta obra, nos leva a contemplar, admirar e adorar, na oração, a grandeza, a generosidade e a simplicidade da ação divina, que enaltece e resgatará nossa estirpe humana implicando-se de una maneira pessoal.


Mais além, no Evangelho de hoje, vemos como foi notificado a Maria que traria a Deus, o Salvador do Povo. E pensemos que esta mulher, virgem e mãe de Jesus, tinha que ser ao mesmo tempo, nossa mãe. Esta especial escolha de Maria —«bendita entre todas as mulheres» (Lc 1,42)— faz com que nos admiremos da ternura de Deus, na maneira de proceder; porque não nos redimiu —por assim dizer— à distância, e sim se vinculando pessoalmente com nossa família e nossa história. Quem podia imaginar que Deus ia ser tão grande, e ao mesmo tempo tão condescendente, aproximando-se intimamente a nós?


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Virgem em seu corpo, virgem em sua alma, virgem por sua decisão. Não achada recentemente nem por casualidade, se não elegida desde a eternidade, predestinada e preparada pelo Altíssimo para Ele mesmo» (São Bernardo)


«A vida humana atravessa diversas etapas de transição, com frequência difíceis e exigentes, que requerem decisões obrigatórias, renúncias e sacrifícios. A Mae de Jesus tem sido colocada pelo Senhor em momentos decisivos da história da salvação» (Bento XVI)


«Na plenitude dos tempos, o Espírito Santo realiza em Maria todas as preparações para a vinda de Cristo ao povo de Deus. Pela ação do Espírito Santo em Ela, o pai dá ao mundo o Emanuel, “Deus conosco” (Mt 1,23)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 744)

Fonte https://evangeli.net/


JOSÉ, NÃO TENHAS MEDO...Mt 1,18-24

HOMILIA


Começamos nossa reflexão citando as palavras do anjo a José, no que toca a concepção e, conseqüentemente, o nascimento de Jesus.


José, timbrado e carimbado na Sagrada Escritura, depara-se com uma situação humanamente impossível: sua esposa está grávida sem a ter conhecido. Como será isso e que procedimento seguir? Se Ele a tivesse conhecido antes de viverem juntos, seria o pior vexame que teriam passado, além de correr o risco de serem apedrejados pela cultura do tempo; o que seria o de menos, pelo fato de terem violado a lei. O enigmático é que conscientemente isso aconteceu e ela aparece grávida.


Alguém lhe teria passado para trás? Ou a própria Maria o teria traído? Devido ao adjetivo a ele atribuído e sem querer difamá-la, porque era justo, José resolveu abandonar o amor da sua vida em segredo. Mas, enquanto pensava nisso, Deus veio ao seu encontro através de um anjo.


Na intervenção de Deus, neste momento de profunda angústia e confusão de José, manifesta-se o triunfo da justiça divina sobre os homens e mulheres fiéis a Ele, que andam observando e vivendo os seus mandamentos. “Aos homens retos, darei alegria plena”; diz Deus. Eu estou ao lado da justiça e julgo segundo o que vejo; não segundo as aparências.


A atitude de silêncio interior de José pode ser entendida como o tempo da meditação, de intimidade profunda com Deus, de deixar que Ele fale por nós. Quando nós levamos as nossas preocupações a Ele, o Senhor as faz suas; então, não somos nós que falamos, mas o Espírito do nosso Pai que fala por nós. Basta fazer a nossa parte, que consiste somente em confiar e saber esperar no Senhor que tudo pode. José não precisou falar alto nem muito com A ou B. Simplesmente, contemplando o sucedido e rezando, calou-se.


A resposta de Deus não se fez esperar. Imediatamente, agiu mandando o seu anjo que diz: “José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá n’Ele o nome de Jesus, pois Ele salvará o seu povo dos pecados”. Era isso que José esperava ouvir. Esclarecida a dúvida, José recebe Maria como sua esposa e toca a vida.


Muitas são as simbologias que podemos encontrar neste texto. Veja por exemplo: com a escolha do homem da casa de Davi, o Evangelho de Mateus quer, teologicamente, inserir Jesus na genealogia davídica para harmonizar a concepção virginal de Maria com a acolhida de José. O estranho é que, só depois de José sofrer profundamente ao perceber, progressivamente, a gravidez da mulher amada, o anjo é enviado a ele, dissipando a terrível dúvida acumulada.


Teologicamente, José, apresentado como inserido na genealogia davídica, representa o antigo judaísmo. De Maria, que está fora desta genealogia, nascerá Jesus. Maria representa a novidade de Jesus nas comunidades cristãs. Alguém que não pertence à raça, à estirpe, à tribo. Porém, o novo que se manifesta em Maria escapa à compreensão de José. Era necessário que, do alto, viesse a luz e José fosse advertido pelo anjo. E então, ele acolhe Maria para dizer que os judeus devem aceitar as novas comunidades cristãs, vendo nelas a obra de Deus.


Este judeu pode ser eu, pode ser você, meu irmão, quando diante dos pecadores públicos, dos criminosos. Nós nos consideramos justos, sem pecados; por isso queremos nos manter distantes dos leprosos, dos pecadores.


José, o homem justo, fiel e humilde, compreendeu o desígnio do Pai para com a humanidade e colaborou para que ele fosse realizado. Em que ponto você está? Assim como aconteceu com José ontem, hoje continua a palavra de Deus sendo dirigida para nós. Não tenha medo de receber o estrangeiro, o pobre, a viúva, o órfão, o drogado, o doente. Ame-o, assim você transformará a sua vida e salvará sua alma da morte eterna. E assim, celebrarás o verdadeiro Natal. (Emanuel quer dizer “Deus está conosco”).

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

Nenhum comentário:

Postar um comentário