Liturgia Diári
30 – SEXTA-FEIRA
SÃO JERÔNIMO
PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA
(branco, pref. comum, ou dos pastores, – ofício da memória)
Que as palavras da Escritura estejam sempre em teus lábios, para que, meditando-as dia e noite, te esforces para realizar tudo aquilo que ensinam, e terá sentido e valor a tua vida (Js 1,8).
Jerônimo nasceu em 342, na Dalmácia, e morreu em Belém, na Palestina, em 420. Presbítero e doutor da Igreja. Designado secretário do papa Dâmaso, dedicou-se com empenho às Sagradas Escrituras, traduzindo os textos originais do grego para o latim. Defendeu a fé, participando ativamente da vida intelectual e religiosa de sua época. A seu exemplo, dediquemos tempo de qualidade para a leitura e a meditação da Palavra de Deus.
Evangelho: Lucas 10,13-16
Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14Pois bem, no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Cafarnaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Lucas 10,13-16
«Quem vos escuta, é a mim que está escutando»
Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga
(Sabadell, Barcelona, Espanha)
Hoje, vemos Jesus dirigir o seu olhar para aquelas cidades da Galiléia que tinham sido a causa das suas preocupações e nas quais Ele tinha pregado e realizado as obras do Pai. Em nenhum destes locais como Corazim, Betsaida e Cafarnaum tinha pregado ou feito milagres. A semeadura tinha sido abundante, mas a colheita não foi boa. Nem Jesus os pode convencer...! Que mistério o da liberdade humana! Podemos dizer não a Deus... A mensagem evangélica não se impõe pela força, apenas se oferece e eu posso fechar-me a ela; posso aceitá-la ou recusa-la. O Senhor respeita totalmente a minha liberdade. Que responsabilidade a minha!
As expressões de Jesus: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!» (Lc 10,13) ao terminar a sua missão apostólica expressam mais sofrimento que condenação. A proximidade ao Reino de Deus não foi para aquelas cidades uma chamada à penitência e à mudança. Jesus reconhece que em Sidônia e em Tiro teriam aproveitado melhor toda a graça dispensada aos galileus.
A decepção de Jesus é maior quando se trata de Cafarnaum. «Serás elevada até o céu? Até inferno serás rebaixada!» (Lc 10,15). Aqui tinha Pedro a sua casa e Jesus tinha feito desta cidade o centro da sua pregação. Mais uma vez vemos mais um sentimento de tristeza que uma ameaça com estas palavras. O mesmo poderia dizer de muitas cidades e pessoas da nossa época. Julgam que prosperam quando na realidade estão se afundando.
«Quem vos escuta, é a mim que está escutando» (Lc 10,16). Estas palavras com que o Evangelho termina são uma chamada à conversão e trazem esperança. Se ouvirmos a voz de Jesus ainda estamos a tempo. A conversão consiste em que o amor supere progressivamente o egoísmo na nossa vida, o qual é um trabalho sempre inacabado. São Máximo diz-nos: «Não há nada tão agradável e amado por Deus como o fato dos homens se converterem a Ele com sincero arrependimento».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«É verdade que a nossa fé não é palpável e não depende dos sentidos. É um dom de Deus que Ele infunde na alma humilde, porque a fé não habita naqueles que estão cheios de orgulho» (São Francisco de Sales)
«Apenas a Palavra de Deus, a Palavra de Jesus, nos salva» (Francisco)
«A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um regresso, uma conversão a Deus de todo o nosso coração, uma rotura com o pecado, uma aversão ao mal, com repugnância pelas más ações (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.431)
Fonte https://evangeli.net/
O mundo precisa de bons samaritanos!
HOMILIA
O bom samaritano é aquele que usa do perdão, da misericórdia para quem o feriu, para quem o machucou, para aquele que, em alguma situação de sua vida, lhe fez mal.
“’Qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu:’Aquele que usou de misericórdia para com ele’. Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa’” (Lucas 10, 36-37).
Amado irmão e irmã, a Palavra de Deus que hoje vem ao nosso coração, apresenta-nos esta linda parábola do bom samaritano. Entenda uma coisa, o samaritano foi muito bom, porque ele não só cuidou daquele homem que havia caído na mão dos assaltantes; ele fez mais do que isso. Ele venceu seu orgulho, venceu a rivalidade histórica, venceu o desprezo, venceu as situações passadas e ultrapassadas que havia nas relações entre os judeus e os samaritanos. Ele foi um vitorioso sobre o seu próprio coração; não deixou que o sentimento da vingança, do desprezo, que nenhum desses sentimentos tomassem conta do seu coração.
A bondade dele não foi só de ter feito uma caridade para alguém, mas ele fez uma sublime caridade para alguém que, na verdade, representava o inimigo para ele. Esta era a oportunidade que tinha para se vingar, para deixar aquele homem prostrado, porque os seus próprios assim o fizeram.
Um sacerdote passou adiante, um levita, que era conhecedor da Lei, também não deu atenção para ele [o homem que caiu nas mãos de assaltantes]. Foi aquele coração bom que usou da bondade, usou da suprema bondade, usou da suprema misericórdia para socorrer o seu irmão necessitado.
Quando olhamos para esta parábola do bom samaritano, acreditamos que para sermos bons samaritanos precisamos apenas socorrer quem está jogado nas ruas, fazer algo pelos pobres – e isso nós precisamos fazer sempre. Mas, o bom samaritano é aquele que sabe usar do perdão, da misericórdia para com seu próximo em todas as situações da vida.
O bom samaritano, na verdade, o bom cristão, não é aquele que usa da vingança, não é aquele que usa do ressentimento, não é aquele que usa da mágoa. Mas, é aquele que usa do perdão, da misericórdia para quem o feriu, para quem o machucou, para aquele que, em alguma situação de sua vida, lhe fez mal.
A resposta dele é diferente [o bom samaritano]. Ele usa do bálsamo, da misericórdia divina e gasta o “algo a mais”, gasta de si próprio, do seu tempo, do seu dinheiro, da sua disposição, seja do que for, para cuidar daquele que o feriu.
Alguém pode até dizer: ‘Isso é impossível!’ Pode ser impossível para quem não conhece a bondade de Deus e o tamanho da misericórdia de Jesus para conosco, para quem, de fato, não experimenta na sua vida a misericórdia divina que Ele usa para com seu próximo: o remédio da misericórdia.
O mundo precisa de bons samaritanos! A Igreja, a sociedade, espera muito dos bons cristãos! Onde é que eles estão?
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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