terça-feira, 13 de setembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho Lc 2,33-35 - 15.09.2022

Liturgia Diária


15 – QUINTA-FEIRA 

NOSSA SENHORA DAS DORES


(branco, sequência facultativa, prefácio de Maria, – ofício da memória)



Simeão disse a Maria: Teu filho será causa de queda e de ressurreição para muitos. Ele será sinal de contradição, e teu coração será transpassado como por uma espada (Lc 2,34s).


A devoção a Nossa Senhora das Dores interpreta as tribulações pelas quais Maria passou na vida. É a expressão do que ela sentiu ao ver o filho, Jesus, sofrendo cruelmente por nós. Esta memória litúrgica foi inserida no calendário romano pelo papa Pio 7º, no século 19. Celebremos pedindo que Maria nos ensine a enfrentar, com sabedoria e oração, as situações difíceis do dia a dia.


Evangelho Lc 2,33-35

Naquele tempo, o pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: «Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição -e a ti, uma espada traspassará tua alma- e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações».

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho Lc 2,33-35

«Uma espada traspassará tua alma»


Dom Josep Mª SOLER OSB Abade de Montserrat

(Barcelona, Espanha)

Hoje, na festa de Nossa Senhora, a Virgem das Dores, escutamos palavras pungentes de boca do ancião Simeão: «E a ti, uma espada traspassará tua alma!» (Lc 2,35). Afirmação que, no seu contexto, não aponta unicamente à paixão de Jesus Cristo, senão que ao seu mistério, que provocará uma divisão no povo de Israel e, por conseguinte uma dor interna em Maria. Ao longo da vida pública de Jesus, Maria experimentou o sofrimento pelo fato de ver a Jesus rejeitado pelas autoridades do povoado e ameaçado de morte.


Maria, como todo discípulo de Jesus, teve de aprender a colocar as relações familiares em outro contexto. Também Ela, por causa do Evangelho, tem que deixar ao Filho (cf. Mt 19,29), e há de aprender a não valorizar a Cristo segundo a carne, ainda quando tinha nascido dela segundo a carne. Também Ela há de crucificar sua carne (cf. Ga 5,24) para poder ir se transformando a imagem de Jesus Cristo. Mas, o momento forte do sofrimento de Maria, no que Ela vive mais intensamente a cruz, é o momento da crucificação e a morte de Jesus.


Também na dor, Maria é modelo de perseverança na doutrina evangélica ao participar nos sofrimentos de Cristo com paciência (cf. Regra de São Bento, Prólogo 50). Assim tem sido perante sua vida toda e, sobre tudo, no momento do Calvário. Assim, Maria transforma-se em figura e modelo para todo cristão. Por ter estado estreitamente unida à morte de Cristo, também está unida a sua ressurreição (cf. Rm 6,5). A perseverança de Maria na dor, fazendo a vontade do Pai, lhe dá uma nova irradiação no bem da Igreja e da Humanidade. Maria nos precede no caminho da fé e do seguimento de Cristo. E o Espírito Santo nos conduz a nós a participar com Ela nessa grande aventura.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Assim como devemos estar agradecidos a Jesus pela Sua Paixão, suportada pelo Seu amor por nós, assim também devemos estar cheios de gratidão a Maria Santíssima pelo martírio que, ao morrer o Seu Filho, quis suportar voluntariamente para nos salvar» (Santo Alberto Magno)


«Aos pés da cruz, Maria junto a João, é testemunha das palavras de perdão que saem da boca de Jesus. Dirijamos a Ela a antiga e sempre nova oração da Salve Rainha, para que, nunca se canse de volver a nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, o seu Filho, Jesus» (Francisco)


«Maria é a orante perfeita, figura da Igreja. Quando Lhe oramos, aderimos com Ela ao desígnio do Pai, que envia o seu Filho para salvar todos os homens. Como o discípulo amado, nós acolhemos em nossa casa a Mãe de Jesus que se tornou Mãe de todos os viventes. Podemos orar com Ela e orar-Lhe a Ela. A oração da Igreja é como que sustentada pela oração de Maria. Está-lhe unida na esperança» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.679)

Fonte https://evangeli.net/


Maria sofre as nossas dores

HOMILIA


Em todas as suas dores de mãe e mulher, a Virgem Mãe e Senhora das Dores está com você


“Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma” (Lucas 2,35).


Hoje, celebramos a Virgem das Dores. Maria, a Mãe de Deus, é aquela que estava de pé junto à cruz quando seu Filho morreu pregado no madeiro. Que dor profunda experimentou o coração dessa Mãe!

Olhamos para o mistério da salvação e vemos que a alegria e o gozo da vida se misturam às dores da vida, iluminam o nosso coração e nos conduzem à glória eterna. As dores da vida não são como alguns querem simplificar: consequência dos pecados. Há dores que são consequências da nossa falta de juízo, dos nossos erros e pecados, mas as dores que experimentamos na vida são consequência de sermos homens e mulheres.

Jesus não cometeu nenhum pecado, mas todo o sofrimento humano recaiu sobre Ele. Maria, a discípula mais fiel de Cristo, concebida sem pecado, que levou uma vida pura e santa, carregou na sua alma todas as dores da humanidade.

Hoje, olhamos para o coração de tantas mães e contemplamos as dores e todos os sofrimentos que nossas mulheres, mães e irmãs passam nesta vida. Por isso, coloco todas as dores humanas, especificamente me refirindo às dores de nossas mulheres, nas dores de Maria.

Maria é a Mãe que leva consigo as dores dos seus filhos. Ela leva, de modo especial, na sua alma feminina, aquilo que a mulher sofre por ser mulher: rejeição, incompreensão, pouco amor, descaso, maldades humanas. E tudo isso doí profundamente! Maria foi mal compreendida, ela foi mãe e experimentou a rejeição no primeiro momento quando gerou Jesus. Mas mesmo sendo mal compreendida, no momento em que Jesus se encarnou em seu ventre, uma profunda alegria tomou conta dela. Vieram também as inquietações e consequências; e desde a fuga para o Egito até seu Filho ser morto de forma cruel e tortuosa numa cruz, podemos contemplar as dores dessa Mãe.

Você, mulher e mãe, não se sinta abandonada nem pecadora, não sinta que Deus se esqueceu de você. Ele acompanhou e esteve presente em todas as dores da Virgem Maria. Em todas as suas dores de mãe e mulher, a Virgem Mãe e Senhora das Dores está com você. Ela sofre com seus filhos, ela sofre com as dificuldades e lutas. Por isso, eu lhe digo: nunca sofra sozinha, tenha sempre a Mãe que sofre com você, consolando, confortando e cuidando de todas as suas dores, enxugando todas as suas lágrimas.

Deus abençoe você!

Fonte Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

 

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