Liturgia Diária
9 – TERÇA-FEIRA
19ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Considerai, Senhor, vossa Aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).
O Senhor nos manda saciar-nos de sua Palavra, para podermos transmiti-la aos outros. Sejamos dóceis e frequentadores diários desse alimento salutar, que forma em nós um olhar de amor para os pequeninos de Deus.
Evangelho: Mateus 18,1-5.10.12-14
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, / que sou de coração humilde e manso! (Mt 11,29) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 18,1-5.10.12-14
«O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos»
Rev. D. Valentí ALONSO i Roig
(Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho volta a nos revelar o coração de Deus que nos faz entender com que sentimentos atua o Pai do céu em relação a seus filhos. A solicitude mais fervorosa é para com os pequenos, aqueles com os quais não se presta atenção, aqueles que não chegam aonde todo mundo chega. Sabíamos que o Pai, como bom Pai que é, tem predileção pelos filhos pequenos, mas hoje, nos damos conta de outro desejo do Pai, que se converte em obrigação para nós: «Se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus» (Mt 18,3).
Portanto, entendemos que o Pai não valoriza tanto o “ser pequeno”, mas o “fazer-se pequeno”. «Quem se faz pequeno (...), esse é o maior no Reino dos Céus» (Mt 18,4). Por isso, devemos entender nossa responsabilidade nesta ação de nos diminuirmos. Não se trata tanto de ter sido criado pequeno ou simples, limitado ou com mais ou menos capacidade, mas de saber prescindir da possível grandeza de cada um, para nos mantermos no nível dos mais humildes e simples. A verdadeira importância de cada um está em nos assemelharmos a um destes pequenos que Jesus mesmo nos apresenta com cara e olhos.
Para terminar, o Evangelho ainda nos amplia a lição de hoje. Há, e muito perto de nós!, uns “pequenos” que estão mais abandonados do que os outros: aqueles que são como ovelhas que se desgarraram; e o Pai as busca e, quando as encontra, se alegra porque as faz voltar para casa e já não se perdem. Talvez, se contemplássemos a quem nos rodeia como ovelhas procuradas pelo Pai e devolvidas, mais do que desgarradas, seriam capazes de ver, mais freqüentemente, e mais de perto, o rosto de Deus. Como diz Santo Asterio de Amasea: «A parábola da ovelha perdida e do pastor nos ensina que não devemos desconfiar precipitadamente dos homens, nem desistir de ajudar aos que se encontram em risco».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Sou uma alma muito pequenina que apenas pode oferecer a Deus pequenas coisas» (Santa Teresinha de Lisieux)
«Em que consiste exatamente, ser-se criança? No sentido de Jesus Cristo, significa aprender a dizer “Pai”. Só se conservar a existência filial vivida por Jesus, o homem poderá entrar com o Filho na divindade» (Bento XVI)
«Jesus lembrou-o ao terminar a parábola da ovelha perdida: «Assim, não é da vontade do meu Pai, que está nos céus, que se perca um só destes pequeninos» (Mt 18, 14) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 605)
Fonte https://evangeli.net/
SENHOR LIVRA-ME DA TENTAÇÃO DE QUERER SER GRANDE Mt 18,1-5.10.12-14
HOMILIA
Quem é o mais importante no Reino do Céu? Ante a pergunta do discípulo, em três partes Jesus divide o seu discurso. Primeira: Desmonta as grandezas dos pensamentos dos seus discípulos. Pois o Reino não é para aqueles que se fazem grandes mas sim para os pequeninos. Depois Ele ameaça a quem fizer qualquer mal a um pequenino. E, por fim, fala como Deus se agrada de reaver um pequenino que estava perdido. Isso leva os discípulos de uma posição de superiores, para uma posição de igualdade aos pequeninos. Ao invés de valorizarem o poder, a vaidade, são levados a se colocarem à disposição. E Jesus faz tudo isso porque percebe a grande vontade deles em participar do Reino dos Céus!
O Evangelho conclui falando ainda que Deus se agrada mais de um pequenino que é resgatado, do que de 99 que não precisaram ser resgatados. Eis uma boa pista para quem quer agradar a Deus e garantir um bom lugar no Reino dos Céus. Ir ao encontro do irmão, da irmã, do filho, da filha, do marido ou esposa que qual ovelha perdida anda longe do rebanho e até mesmo fora de si mesmo.
Jesus dividiu o seu discurso em três partes bem claras. Primeiramente Ele tira a vontade dos discípulos serem grandes. A razão é simples. É que o Reino dos Céus é daqueles que se fazem pequeninos. Assim, todo o atentado contra eles não se deixará impune, ao ofensor. E, por fim, Deus manifesta a grande alegria que sente ao reencontrar um pequenino que estava perdido, um filho que estava morto e que agora ressuscitou, vive. Esta mensagem é para mim e para ti que somos os discípulos de hoje. Temos de nos mover dos conceitos que formamos sobre nós mesmos criados pelas posições que ocupamos dentro da Igreja, que muitas vezes nos leva a nos considerarmos os melhores de todos e por isso merecedores de um lugar de destaque e consequentemente superiores, para uma posição de igualdade aos pequeninos. Ao invés de valorizarmos o poder, a vaidade, Jesus leva a nos colocarmos à disposição como servidores dos outros. É preciso que, por exemplo, eu que tomei como meu lema sacerdotal “em tudo servir para a maior glória de Deus”, realmente me dobre e com a toalha à cintura lave os pés dos homens e mulheres despidos de sua dignidade. Jesus nos dirige estas palavras, porque percebe a grande vontade dos discípulos (e hoje nossa) em participar do Reino dos Céus!
Portanto, a lição prática que podemos levar conosco para a nossa vida hoje e sempre:
1) A humildade e simplicidade, ingenuidade no pecado e pureza do coração representados pela criança símbolo dos órfãos, excluídos, pobres e marginalizados pela sociedade; 2) A acolhida que se deve dar a estes excluídos condenados à comer o pão que o diabo amassou ou seja acolhida aos pequeninos; 3) E, por último, não só acolher mas (e sobretudo) sair em busca dos pequeninos que se perderam e resgatá-los.
Pai, poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário