Liturgia Diária
8 – SEGUNDA-FEIRA
SÃO DOMINGOS
PRESBÍTERO E FUNDADOR
(branco, pref. comum, ou dos pastores, – ofício da memória)
Estes são os santos que receberam a bênção do Senhor e a misericórdia de Deus, seu salvador. É a geração dos que buscam a Deus (Sl 23,5s).
Domingos nasceu na Espanha em 1170 e faleceu na Itália em 1221. Foi ordenado presbítero, aprofundou seus conhecimentos bíblicos e dedicou-se, de modo incansável, à pregação do Evangelho e à defesa da fé em Cristo. Fundou a Ordem dos Frades Pregadores – os Dominicanos – e foi grande promotor da oração popular do rosário. A seu exemplo, busquemos conhecer cada vez mais o Senhor, a fim de torná-lo conhecido em toda parte.
Evangelho: Mateus 17,22-27
Aleluia, aleluia, aleluia.
Pelo Evangelho o Pai nos chamou, / a fim de alcançarmos a glória / de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do templo?” 25Pedro respondeu: “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se e perguntou: “Simão, que te parece: os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem, dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 17,22-27
«Quando estava reunido com os discípulos na Galiléia»
P. Joaquim PETIT Llimona, L.C.
(Barcelona, Espanha)
Hoje, a liturgia oferece-nos diferentes possibilidades para nossa consideração. Entre elas, podemos deter-nos em algo que está presente no texto todo: o trato familiar de Jesus com os discípulos.
Diz São Mateus que Jesus «estava reunido com os discípulos na Galileia» (Mt 17,22). Pareceria evidente, mas o fato de mencionar que estavam juntos demonstra a proximidade de Cristo. Depois, abre-lhes seu Coração para confiar-lhes o caminho de sua Paixão, Morte e Ressurreição, ou seja, algo que Ele tem no seu interior e, não quer que aqueles que ama tanto, ignorem-no. Posteriormente, o texto comenta o episódio do pagamento dos impostos, e o evangelista também nos amostra o trato de Jesus que, coloca-se ao mesmo nível do que Pedro, contrapondo aos filhos (Jesus e Pedro) isentos de pagar os impostos e dos estranhos obrigados a pagá-los. Cristo, afinal, mostra-lhe como conseguir o dinheiro necessário para pagar não só por Ele, mas por os dois e, evitar ser motivo de escândalo.
Em todos estes fatos descobrimos uma visão fundamental da vida cristã: é o afã de Jesus por estar conosco. Diz o Senhor no livro dos Provérbios: «alegrando-me em estar com os filhos dos homens» (Prov 8,31). Como muda, a nossa realidade, o nosso enfoque da vida espiritual na qual às vezes pomos apenas a atenção nas coisas que fazemos como se fosse o mais importante! A vida interior deve centrar-se em Cristo, em seu amor por nós, em sua entrega até a morte por mim, na sua persistente busca do nosso coração. Muito bem o expressava João Paulo II em um dos seus encontros com os jovens: o Papa exclamou com voz forte: «Olhe Ele!».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«A Paixão é a nossa ressureição» (Santo Inácio de Antioquia)
«Surge um novo culto num templo não construído por homens: o seu Corpo —sacrificado e ressuscitado— que congrega a todos os povos e os une no sacramento da Eucaristia» (Bento XVI)
«Jesus venerou o templo, subindo a ele nas festas judaicas de peregrinação e amou com amor zeloso esta morada de Deus entre os homens. O templo prefigura o seu mistério. Quando anuncia a sua destruição, fá-lo como revelação da sua própria morte e da entrada numa nova idade da história da salvação, em que o seu Corpo será o Templo definitivo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 593)
Fonte https://evangeli.net/
Os filhos de Deus devem cumprir as leis do Senhor
HOMILIA
Temos o direito de contestar e reivindicar as leis, mas não temos o direito de não as cumprir
“Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti” (Mateus 17, 27).
Por que Jesus está mandando Pedro fazer isso? Porque Pedro foi questionado se o Mestre Jesus e Seus discípulos pagavam os impostos. Pedro respondeu: “Sim, o Mestre paga os impostos!”.
Jesus foi ao encontro de Pedro e já sabia do ocorrido, por isso fez este ensinamento: “Os reis e senhores deste mundo cobram os impostos de quem? De seus filhos ou dos estrangeiros?”. Pedro responde: “Dos estrangeiros”. Jesus replica: “Portanto, os filhos estão livres” (cf. Mateus 17, 24-25).
Na verdade, os ‘filhos’ a que Jesus se refere são filhos de Deus, que deveriam estar livres de pagar isso ou aquilo, mas, como o Reino não pertence a este mundo e como para este somos estranhos e ele [o mundo] não nos têm como filhos de Deus, pagamos os nossos impostos, cumprimos os nossos deveres e obrigações.
Deixe-me dizer a você: nós, filhos e filhas de Deus, temos o direito de questionar as leis, os tributos, impostos, taxas e pedágios, dizer se isso é justo ou não, correto ou não; temos o direito de reivindicar impostos mais justos, uma vida mais correta.
Tudo isso é um direito de que não podemos abrir mão! Aqueles que participam de sindicatos e associações lutam por uma vida melhor e mais digna. Graças a Deus, muitos direitos, que antes não tínhamos, passamos a ter, porque pessoas lutaram, correram atrás, reivindicaram, e a Igreja está do lado de seus filhos que lutam por uma vida mais digna e mais justa, por salários e impostos dignos. Temos o direito de contestar e reivindicar as leis, mas não temos o direito de não as cumprir.
Acho que alguns pedágios têm preços absurdos, posso até contestá-los, mas não tenho o direito de não os pagar, de não pagar os impostos e assim por diante.
Precisamos ser os primeiros a dar exemplos para os outros! Nada de cairmos naquela tentação terrível de darmos um jeitinho, de burlarmos as leis e assim por diante, a não ser que essas leis sejam contra as de Deus. Aqui não é um meio de medir se as leis são injustas e contrárias a Deus, pois existem muitas que são injustas, mas não ferem diretamente o direito à vida. Mas se um Estado proclama ou dá liberdade para que alguém pratique o aborto, isso fere a Lei de Deus, por isso não vamos praticar.
Precisamos ser obedientes, porque os filhos de Deus não são rebeldes. A rebeldia não vem de Deus. Podemos contestar? Sim, podemos! Podemos propor? Podemos lutar por uma vida melhor? Podemos e devemos, mas não podemos deixar de cumprir as leis e as obrigações, não podemos deixar de pagar nossos impostos.
Deus abençoe você!
Fonte Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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