sexta-feira, 12 de agosto de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA _ Evangelho: Lucas 12,49-53 - 14.08.2022

Liturgia Diária


14 – DOMINGO 

20º DO TEMPO COMUM


(verde, glória, creio – 4ª semana do saltério)



Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar e contemplai a face do vosso ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil (Sl 83,10s).


Cristo, que foi até as últimas consequências em sua opção pela vida, nos convida a uma decisão em favor do seu Evangelho. Nossa fidelidade a ele pode provocar conflitos, mas também nos dá forças para perseverar no combate contra o antirreino. Celebremos a vocação para a vida em família, com atenção especial aos pais, neste seu dia.


Evangelho: Lucas 12,49-53


Aleluia, aleluia, aleluia.


Minhas ovelhas escutam minha voz, / minha voz estão elas a escutar; / eu conheço, então, minhas ovelhas, / que me seguem, comigo a caminhar (Jo 10,27). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo e como estou ansioso até que isso se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 12,49-53

Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 


A linguagem do texto do Evangelho é um pouco provocadora e enigmática. O fogo que Jesus traz não é fogo destruidor, mas o fogo do Espírito Santo, com sua força purificadora e inovadora. Sua mensagem arde no coração das pessoas que optam por ele, transformando-as em novas criaturas. No Pentecostes, o Espírito pousou em forma de línguas de fogo sobre as pessoas presentes na sala, fogo que não se apagará e continuará ardendo ao longo dos tempos. O batismo de que fala Jesus é sua morte e glorificação, pleno cumprimento de sua obra de salvação. O fogo do Espírito infundirá vida e dinamismo nos seguidores de Jesus, que vão continuar o que ele começou. A mensagem do Evangelho é uma provocação, ou seja, a vida do cristão não é um mar de rosas, um refúgio cômodo para pessoas medrosas e tímidas. O cristão é chamado a viver a decisão de seguir Jesus até a cruz. O projeto de Jesus, selado com seu sangue na cruz, vem abalar os fundamentos da sociedade injusta. O Mestre não veio trazer divisão, mas a opção por ele é que pode provocar conflito na comunidade e até na família. Jesus rompe com a falsa paz da propalada “ordem estabelecida”. Quem aceita a novidade do Reino de Deus, assume a prática do amor, tão revolucionária que acaba provocando divisões.

Fonte https://www.paulus.com.br/


DIVISÃO POR CAUSA DE JESUS Lc 12,49-53

HOMILIA


Neste evangelho, Jesus mais uma vez nos mostra o seu amor, convidando-nos a conhecer sua missão em meio às alegrias e dificuldades. Jesus veio nos trazer o Espírito Santo, o Espírito de amor, o Consolador, Aquele que nos ensina todas as coisas.


Jesus nos deixa o exemplo: Ele que é o Rei se fez pequeno quando pediu a João Batista para o batizar, batismo esse que nos dá força em meio ao combate espiritual, onde a carne e o espírito conseguem vivenciar dentro de uma fraternidade de amor e paz. Após o batismo, somos chamados a vivenciar os frutos do Ressuscitado para que possamos ter uma vida plena e cheia do Espírito Santo.


Jesus era consciente de que um efeito (ainda que não desejado) do seu trabalho ia ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso inflamou a ira dos funcionários do templo e de todos os que se consideravam donos da verdade. O fogo da Palavra de Deus não era para funcionários lúgubres saturados de doutrinas e sedentos de poder.


Mas o fogo de Jesus não é o fogo das paixões políticas. É o fogo do Espírito que tem que ser aprovado na entrega total, no batismo da doação pessoal. É um fogo que prende aí onde se abandonaram os interesses pessoais e se busca um mundo de irmãos.


A paz de Jesus é um fogo purificador que não se confunde com a “Pax Romana”, aquela paz que Roma (e qualquer império) se esforça por proclamar. Esta é só uma tranquilidade institucional que garante a vantagem dos opressores sobre os oprimidos, do império sobre os subalternos, da injustiça sobre o direito.


O fogo purificador de Jesus faz amadurecer os mensageiros, os discípulos, os profetas, os apóstolos. O destino deles, como o do mestre, é sair ao encontro da obscuridade com um clarão que põe às claras tudo o que a ordem atual esconde. O fogo põe as claras também as deficiências pessoais, as ambições subterrâneas, os desejos reprimidos. O fogo que se prova com a entrega total ao serviço do evangelho.


Devemos observar que o Senhor Jesus Cristo não está atacando o relacionamento familiar, mas indica que nenhum laço terreno, embora muito íntimo, poderá diminuir a lealdade a Ele.


Essa lealdade pode até mesmo causar em determinados membros de uma familia que eles sejam afastados ou ignorados pelos outros por terem escolhido seguir a Cristo Jesus.


Podemos resumir que o Senhor Jesus Cristo se refere a espada por ser um instrumento cortante e que na qual a sua vinda causará separação em muitas pessoas, não porque Ele quer, mas pela opção de cada um em seguí-lo como Senhor e salvador.


Pai, que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

 

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