Liturgia Diária
27 – SÁBADO
SANTA MÔNICA
ESPOSA, MÃE E VIÚVA
(branco, pref. comum, ou dos santos, – ofício da memória)
A mulher que teme a Deus será louvada; seus filhos a proclamam feliz e seu marido a elogia (Pr 31,30.28).
Mônica, mãe de Santo Agostinho, nasceu em Tagaste, na atual Argélia, no ano 331 e faleceu na Itália em 387. Mulher determinada, por meio de sentidas lágrimas e preces, alcançou a conversão do filho, o qual, no livro Confissões, habilmente descreveu a personalidade e as nobres atitudes de sua mãe. Deixemo-nos impulsionar pelo admirável exemplo dessa zelosa mãe e esposa cristã.
Evangelho: Mateus 25,14-30
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos dou novo preceito: / que uns aos outros vos ameis, / como eu vos tenho amado (Jo 13,34). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 14“Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida, viajou. 16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 22Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? 27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. 28Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali haverá choro e ranger de dentes!'” – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 25,14-30
«Um homem que ia viajar para o estrangeiro, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens»
Rev. D. Albert SOLS i Lúcia
(Barcelona, Espanha)
Hoje contemplamos a parábola dos talentos. Em Jesus apreciamos uma mudança do estilo na sua mensagem: o anúncio do Reino, já não se limita tanto em assinalar a sua proximidade, mas a descrever seu conteúdo através de narrações: é hora das parábolas!
Um grande homem decide empreender uma longa viagem, e confia todo seu patrimônio a seus servos. Podia tê-lo distribuído em partes iguais, mas não o fez assim. Deu a cada um conforme a sua capacidade (cinco, dois e um talentos). Com aquele dinheiro, cada criado podia capitalizar o início de um bom negócio. Os dois primeiros se lançaram à administração de seus depósitos, mas o terceiro —por medo ou por preguiça— preferiu guardá-lo, eludindo todo investimento: se fechou na comodidade de sua própria pobreza.
O senhor regressou e... Exigiu a prestação de contas (cf. Mt 25,19). Premiou a valentia dos dois primeiros, que duplicaram o depósito confiado. O trato com o criado “prudente” foi muito diferente.
Dois mil anos depois, a mensagem da parábola continua tendo atualidade. As modernas democracias caminham para uma separação progressiva entre a Igreja e os Estados. Isto não é mau, pelo contrário. Não obstante, esta mentalidade global e progressiva esconde um efeito secundário, perigoso para os cristãos: ser a imagem viva daquele terceiro servo a quem o amo (figura bíblica de Deus Pai) repreendeu com grande severidade. Sem malícia, por mera comodidade ou medo, corremos o perigo de esconder e reduzir a nossa fé cristã ao meio familiar e amigos íntimos. O Evangelho não pode ficar numa leitura e estéril contemplação. Devemos administrar com valentia e risco a nossa vocação cristã no próprio ambiente social e profissional, proclamando a figura de Cristo com as palavras e o testemunho.
Santo Agostinho comenta: «Quem predica a palavra de Deus aos povos, não está tão longe da condição humana e da reflexão apoiada na fé, que não possa advertir os perigos. Porém, “consola saber que onde resida o perigo por causa do ministério, aí temos a ajuda de vossas orações».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Um pouco desse amor puro é mais precioso perante Deus e a alma, e é mais proveitoso para a Igreja, embora parecendo nada fazer, do que todas estas obras juntas» (S. João da Cruz)
«O Senhor não dá a todos as mesmas coisas nem da mesma maneira: conhece-nos pessoalmente e confia-nos aquilo que é justo para nós; mas a todos atribui a mesma imensa confiança. Não O defraudemos!» (Francisco)
«Estas diferenças fazem parte do plano de Deus que quer que cada um receba de outrem aquilo de que precisa e que os que dispõem de «talentos» particulares comuniquem os seus benefícios aos que deles precisam (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.937)
Fonte https://evangeli.net/
Usemos os talentos que Deus nos deu
HOMILIA
Temos dons e capacidades. Precisamos nos ocupar com o essencial, para colocarmos para fora os dons e os talentos que Deus nos deu
“Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!” (Mateus 25,21).
A parábola dos talentos – em que o administrador confia a uma pessoa cinco talentos, a outro dois talentos, e ao terceiro um talento – revela que Deus respeita a capacidade e o dom que cada um pode dar, porque nem todo mundo consegue dar a mesma coisa, fazer a mesma coisa; nem todo mundo consegue ser tudo. Cada um pode dar o pouco ou o muito que tem, mas todos podem dar, todos podem mudar o dom, a capacidade e a entrega que têm.
Não podemos ser o servo preguiçoso, relaxado, descomprometido, muito menos indignado e amargurado. “Por que não sou como fulano?”. Somos o que somos, temos o que temos e fazemos o melhor com o que temos. Se temos, na nossa casa, somente arroz, vamos nos virar com ele, vamos fazer dele o melhor arroz do mundo, porque, se formos chorar pelo fato de, na casa do vizinho ter arroz, feijão e carne, vamos lamentar e desperdiçar o arroz que temos; e viveremos lamuriando na vida. Há pessoas que, com o único arroz que têm, fazem muito mais do que nós, que temos tudo, mas, simplesmente, vivemos na acomodação.
Hoje, Deus está chamando a nossa atenção para que evitemos, de toda e qualquer forma, a acomodação, para que evitemos ficar indignados ou conformados, dizendo: “O que temos é muito pouco. Com muito pouco não se conhece nada, e a vida não nos deu sorte. Não fomos abençoadas nessa vida”.
Todos nós temos uma bênção que, muitas vezes, está clara, está na nossa frente. Outras vezes, parece que ela está enterrada e precisamos descobri-la, puxá-la e transformá-la em dons que se multiplicam.
É tão bom ver pessoas que, humanamente, nem daríamos nada para elas, pareciam incapazes, mas elas correram atrás, empenharam-se, superaram a si mesmas, pegam o dom que receberam e o transformam.
O que você está fazendo com o seu dom? O que está fazendo com a capacidade que você tem? Você vive na reclamação, na indignação, na revolta, na acomodação? Ou você é aquela pessoa que não importa o que tenha, leva adiante aquilo que você pode? Você se esforça? Você dá o seu melhor para que o melhor seja feito com o pouco ou com o muito que você tem?
Ninguém tem o direito de ficar desocupado. Podemos até ficar desempregados, passar por momentos difíceis na vida, mas é maravilhoso ver como as pessoas se viram, mesmo não podendo ter o emprego que gostariam. Muitas não estão no trabalho que gostariam, mas estão se virando na vida. Estão trabalhando na rua, estão correndo atrás.
Deus não nos quer desocupados, porque temos dons e capacidades. Precisamos nos ocupar com o essencial, para colocarmos para fora os dons e os talentos que Ele nos deu.
Deus abençoe você!
Fonte Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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