Liturgia Diária
11 – SEXTA-FEIRA
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(branco, glória, creio, prefácio próprio – ofício da solenidade)
Eis os pensamentos do seu coração, que permanecem ao longo das gerações: libertar da morte todos os homens e conservar-lhes a vida em tempo de penúria (Sl 32,11.19).
A solenidade do Sagrado Coração de Jesus nos revela o grande amor de Deus manifestado em seu Filho, que doou sua vida até à cruz. Esta liturgia, manancial de salvação, nos une no compromisso com Jesus.
Evangelho: João 19,31-37
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tomai sobre vós o meu jugo e de mim aprendei, / que sou de manso e humilde coração (Mt 11,29). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35Aquele que viu dá testemunho, e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: João 19,31-37
«Um soldado golpeou lhe o lado com uma lança»
P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP
(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)
Hoje, oferece-se aos nossos olhos - melhor ainda, aos “olhos interiores”, iluminados pela fé - a figura de Cristo a quem, acabado de morrer na Cruz, o centurião golpeou o lado com uma lança. «E logo saiu sangue e água.» (Jo 19,34). Espectáculo angustiante e, ao mesmo tempo, muito eloquente! Já não há o mínimo lugar para manter a tese de alguns que afirmam tratar-se de uma morte aparente: Jesus está realmente 100% morto. E mais, aquela misteriosa “água”, que não sairia de um corpo saudável, normal, indica-nos, segundo a medicina moderna, que Cristo deve ter morrido por causa de um enfarte ou, como diziam os nossos antepassados, com o coração rebentado. Só nesse caso se verifica a separação entre o soro e os glóbulos vermelhos. Isto explicaria aquele “sangue e água” invulgar.
Portanto, Cristo morreu verdadeiramente, e morreu seja por causa dos nossos pecados seja devido ao seu principal e mais vivo desejo: poder anular os nossos pecados. «Com a minha morte venci a morte e exaltei o homem até à sublimidade do céu» (Melitão de Sardes). Deus, que manteve a promessa de ressuscitar o seu Filho, manterá também a segunda promessa: também nos ressuscitará e nos elevará até à sua própria direita. Mas põe uma condição mínima: crer n’Ele e deixarmo-nos salvar por Ele. Deus não impõe a ninguém o seu amor em detrimento da liberdade humana.
Por fim, sobre aquele Homem que sofreu o golpe da lança no seu coração, «Olharão para aquele que trespassaram» (Jo 19,37), também o Apocalipse nos confirma: «Olhai: Ele vem no meio das nuvens! Todos os olhos o verão, até mesmo os que o trespassaram» (Ap 1,7). Esta é uma sagrada exigência da Justiça divina: finalmente também aqueles que o rejeitaram obstinadamente, terão de O reconhecer. Também o tirano auto-idólatra, o assassino cruel, o ateu soberbo..., todos sem excepção se verão obrigados a ajoelhar-se perante Ele, reconhecendo-O como o verdadeiro, único Deus. Não é melhor, então, ser seus amigos já desde agora?
Fonte https://evangeli.net/
“A MEDIDA DO AMOR É AMAR SEM MEDIDAS” Jo 19,31-37
HOMILIA
A melhor representação do Coração de Jesus é o Senhor crucificado, deixando sair do seu lado, aberto pela lança, o sangue e a água, figura dos sacramentos da Igreja, aí, nesse momento, nascidos como Eva nascera do lado de Adão adormecido.
São João nos manifesta afinidade que os samaritanos vindos do antigo Israel. Jesus entra em conflito com o judaísmo em geral. Tinha chegado a Páscoa judaica e Jesus faz questão de celebrar a sua ceia um dia antes desta para marcar o fim do seu ministério, cheio de amor pleno, e não como uma missão sacrifical.
Com hipocrisia, os judeus se preocupam em retirar os corpos das cruzes, para não profanar o sábado. Os romanos só os retirariam mortos; assim, os judeus pedem que lhes quebrem as pernas para acelerar a morte. No sangue que sai do lado ferido de Jesus, temos a expressão do seu amor, em um dom sem limites; e, na água, temos a expressão
Da origem da vida nova no Espírito, doado por Jesus. É a característica do verdadeiro coração que ama sem medida. Aliás, citando Santo Agostinho diremos: ‘A medida de amar é amar sem medidas’.
Portanto, aproximemo-nos do coração do dulcíssimo Senhor Jesus, N’Ele exultemos e nos regozijemos. Quão bom e doce é habitar nesse coração! É o tesouro escondido, a pérola preciosa, aquilo que encontramos ó Jesus, escavando o campo do Teu corpo. Quem pois rejeitará esta pérola? Bem pelo contrário, por ela eu darei todos os meus bens, trocarei todas as minhas preocupações, todos os meus afetos. Todas as minhas inquietações as abandonarei no coração de Jesus: Ele bastar-me-á e providenciará sem falta a minha subsistência.
É neste templo, neste Santo dos santos, nesta arca da aliança, que virei adorar e louvar o nome do Senhor. «Encontrei o meu coração, dizia Davi, para rezar ao meu Deus». E também eu encontrei o coração do meu Senhor e Rei, do meu irmão e amigo. Portanto, como poderia não rezar? Sim, rezarei, porque, com firmeza o digo, o Seu coração pertence-me.
Ó Jesus digna-Te aceitar e escutar a minha oração. Leva-me toda inteira para o Teu coração. Ainda que a deformidade dos meus pecados me impeça de entrar nele, contudo, dado que por um amor incompreensível, este coração se dilatou e alargou, Tu podes receber-me e purificar-me da minha impureza. Ó Jesus puríssimo lava-me das minhas iniquidades a fim de que, purificado por Ti, possa habitar em Teu coração todos os dias da minha vida, para ver e fazer a Tua vontade. Se o Teu lado foi transpassado, foi para que a entrada nos seja amplamente aberta. Se o Teu coração foi ferido, foi para que, ao abrigo das agitações exteriores, eu possa habitar nele. E é ainda para que, na ferida visível, eu veja a invisível ferida do amor.
Senhor Jesus, que a água e o sangue, jorrados de Teu coração transpassado, revigorem o amor e a fidelidade que estão no meu coração.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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