segunda-feira, 7 de junho de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 5,17-19 - 09.06.2021

Liturgia Diária


9 – QUARTA-FEIRA  

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA


(branco – ofício do dia)



Estes são homens santos, que se tornaram amigos de Deus, gloriosos arautos de sua mensagem.


José nasceu nas Ilhas Canárias, território espanhol, em 1534 e faleceu em Vitória, Espírito Santo, em 1597. Tendo-se tornado padre jesuíta e missionário no Brasil, dedicou-se principalmente a catequizar a população indígena, da qual foi defensor incondicional. Foi também historiador e poeta. Declarado santo pelo papa Francisco em 2014, o “apóstolo do Brasil” interceda em favor dos atuais povos indígenas.


Evangelho: Mateus 5,17-19


Aleluia, aleluia, aleluia.


Fazei-me conhecer vossa estrada, / vossa verdade me oriente e me conduza! (Sl 24,4s) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos céus”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 5,17-19

«Não vim para abolir, mas para cumprir»


Rev. D. Miquel MASATS i Roca

(Girona, Espanha)

Hoje escutamos do Senhor: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas; (...), não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Antigo Testamento é parte da Revelação divina: Deus no início deu-se a conhecer aos homens através dos profetas. O Povo escolhido reunia-se nos sábados na sinagoga para escutar a Palavra de Deus. Assim como um bom israelita conhecia as Escritura e as punha em prática, aos cristãos convêm a meditação freqüente —diária, se fosse possível— das Escrituras.


Em Jesus temos a plenitude da Revelação. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que se fez homem (cf. Jo 1,14), que vem a nós para dar-nos a conhecer quem é Deus e quanto nos ama. Deus espera do homem uma resposta de amor, manifestada no cumprimento dos seus ensinos: «Se me amais, observareis os meus mandamentos» (Jo 14,15).


No texto do Evangelho de hoje encontramos uma boa explicação na Primeira Carta de São João: «Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados» (1Jo 5,3). Observar os mandamentos de Deus garante que lhe amamos com obras e de verdade. O amor não é só um sentimento, senão que —também— pede obras, obras de amor, viver o duplo preceito da caridade.


Jesus nos ensina a malicia do escândalo: «Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus» (Mt 5,19). ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele» (1Jo2,4).


Também ensina a importância do bom exemplo: «Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus» (Mt 5,19). O bom exemplo é o primeiro elemento do apostolado cristão.

Fonte https://evangeli.net/


JESUS DÁ SENTIDO À LEI Mt 5,17-19

HOMILIA


Para Jesus, a lei moral é obra da Sabedoria divina. Por isso, Podemos defini-la, em sentido bíblico, como uma instrução paterna, uma pedagogia de Deus. Ela prescreve ao homem os caminhos, as regras de procedimento que o levam à bem-aventurança prometida e lhe proíbe os caminhos do mal, que desviam de Deus e do seu amor. E, ao mesmo tempo, firme nos seus preceitos e amável nas suas promessas. Eis a razão do porque Jesus diz: o céu e a terra passarão; porém, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento.


Portanto, a questão da obediência aos mandamentos divinos, ou tudo quanto Deus ordena, não visará à salvação, pois entra no campo da santificação, e não da justificação. Entender o papel da lei como meio de salvação seria um uso “ilegítimo” da mesma (1 Timóteo 1:8).


O fracasso espiritual de Israel, que motivou sua rejeição como propriedade de Deus, não estava na lei, que é “perfeita”, “santa, justa, boa, espiritual, prazerosa” (Salmo 19:7; Romanos 7:12, 14, 22). Mas sim na atitude de auto-confiança do povo quanto às suas possibilidades de obedecê-la plenamente.


Por isso é que Jesus dirigindo-se ao povo diz : Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Assim, Ele ressaltou os princípios básicos da lei divina como sendo “amor a Deus sobre todas as coisas” e “amor ao próximo como a si mesmo” (Mateus 22:36-40). Paulo o confirma em Romanos 13:8-10 e ambos estes princípios sempre foram reconhecidos pelos cristãos como a síntese da lei divina tanto na linha “horizontal” ou seja, no amor ao próximo, quanto “vertical” o amor para com Deus, de relacionamento.


Com uma pouca margem de erro diria que há preceitos de caráter cerimonial, civil e moral na lei divina independentemente de ocorrer tal linguagem “técnica” nas páginas bíblicas, fato reconhecido por Confissões de Fé e autoridades cristãs de diferentes confissões do passado e do presente. Em toda a Lei está a defesa da vida que a final é um dom de Deus.


No sermão da montanha (Mateus 5 a 7), bem como no diálogo com o jovem rico (Mateus 19:16ss), ao Cristo tratar do verdadeiro espírito da lei Ele lembra que Deus leva em conta não só a mera obediência ao seu texto, mas as reais e íntimas intenções do indivíduo quanto a tal obediência.


Nenhum dos mandamentos da Lei de Deus tem aplicação limitada a Israel. O próprio princípio do sábado foi estendido aos “filhos dos estrangeiros” (Isaías 56:2-8), e todas as pessoas de todas as nacionalidades têm necessidade de um dia regular de repouso, daí porque “o sábado foi feito por causa do homem” (Marcos 2:27).


No novo concerto os princípios básicos da lei divina são escritos por Deus nos corações e mentes dos Seus filhos, judeus ou gentios, nos moldes do que havia sido prometido ao antigo Israel em Ezequiel 36:26, 27 e Jeremias 31:31-33.


Nos debates de Cristo com os escribas e fariseus sobre o sábado Ele está corrigindo a prática extremada e insensível deles do Decálogo, e não combatendo uma norma estabelecida por Ele próprio como Criador e Legislador (ver Mateus 12:1-12; Heb. 1:2).


João no Apocalipse (1:10) refere-se ao “dia do Senhor” que para nós católicos é o Domingo, como sendo um dia especial dedicado a Deus. Portanto, ele mantinha um dia especial de observância, como estabelecido no 3º mandamento da lei de Deus: Santificar os Domingos e Festas de Guarda.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia


Mensagens de Fé

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