quarta-feira, 18 de julho de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 12,14-21 - 21.07.2018

Liturgia Diária

DIA 21 – SÁBADO   
15ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Inspirada pela prática de Jesus, a missão apostólica implica uma atitude profética que visa ao triunfo do direito e se baseia no amor às pessoas e no respeito sensível à realidade de cada um.

Evangelho: Mateus 12,14-21

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, 14os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. 15Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. 16E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, 17para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 18“Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. 19Ele não discutirá nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. 20Não quebrará o caniço rachado nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. 21Em seu nome as nações depositarão a sua esperança”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 12,14-21
«Ele curou a todos»

Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje, encontramos uma dupla mensagem. De um lado, Jesus nos convida a segui-lo: «Muitos o seguiram e todos foram curados» (Mt 12,15). Se o seguimos, encontraremos soluções às dificuldades do caminho, como nos lembrava há pouco tempo. «Venham a mim os cansados e abatidos, e eu os darei o descanso» (Mt 11,28). Por outro lado, nos mostra o valor do amor manso: «Não disputará, nem gritará» (Mt 12,19).

Ele sabe que estamos cansados e abatidos pelo peso de nossas debilidades físicas e de caráter... E por esta cruz inesperada que nos visitou com toda sua aspereza, pelas contrariedades, pelos desenganos, pelas tristezas. De fato, «conspiraram contra Ele para ver como eliminar-lo» (Mt 12,14). E... Nós que sabemos que o discípulo não é nada mais que o mestre (cf. Mt 10,24), devemos ser conscientes de que também sofremos incompreensão e persecução.

Tudo isso constitui um feixe de lenha que pesa em cima de nós, um feixe que nos manipula. E sentimos como se Jesus nos dissesse: «Deixa teu feixe aos meus pés, e eu me ocuparei dele; dá-me esse peso que te deixa abatido, e eu te levarei; descarrega e entrega-me tuas preocupações...».

É curioso: Jesus nos convida a deixar nosso peso, mas nos oferece outro: seu jugo, com promessa, isso sim, de que é leve e delicado. Quer nos mostrar que não podemos ir pelo mundo sem peso nenhum. Uma ou outra carga terá que levar. Mas que o nosso feixe não seja cheio de materialidade; que seja seu peso, que não preocupa.

Em África, as mães e irmãs mais velhas levam os pequenos nas costas. Uma vez, um missioneiro viu a uma menina que levava o seu irmãozinho... E disse-lhe: «Não achas que é um peso muito grande para ti?». Ela respondeu sem pensar: «Não é um peso, é meu irmãozinho e o amo». O amor, o jugo de Jesus, não só é pesado, e sim nos liberta de tudo aquilo que nos preocupa.

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JESUS, SERVO ESCOLHIDO DE DEUS Mt 12,14-21
HOMILIA

O Verbo de Deus, Aquele que existe desde toda a eternidade, Aquele que é invisível, incompreensível, incorpóreo, o Princípio que procede do Princípio, a Luz que nasce da Luz, a fonte da vida e da imortalidade, Aquele que é a expressão fiel do arquétipo divino, o selo que não se apaga, a perfeita imagem, a Palavra e o pensamento do Pai (Heb 1, 3), é o mesmo que vem em ajuda da criatura feita à sua imagem (Gn 1, 27), e por amor do homem se faz homem. Assume um corpo para salvar o corpo e une-se a uma alma racional por amor da minha alma. Para purificar aqueles a quem Se tornou semelhante, fez-Se homem em tudo, exceto no pecado. Aquele que enriquece os outros faz-Se pobre. Aceita a pobreza da minha condição humana para que eu possa receber as riquezas da sua divindade (2 Co 8, 9). Aquele que possui tudo em plenitude, aniquila-Se a Si mesmo, priva-Se por algum tempo da sua glória para que eu possa participar da sua plenitude.

Porque tantas riquezas de bondade? Que significa para nós este mistério? Eu recebi a imagem divina, mas não soube conservá-la; agora Ele assume a minha condição humana, para restaurar a perfeição daquela imagem e dar imortalidade a esta minha condição mortal. Deste modo, estabelece conosco uma segunda aliança, mais admirável que a primeira. Convinha que o homem fosse santificado mediante a natureza assumida por Deus. Convinha que Ele triunfasse deste modo sobre o nosso tirano, que nos subjugava para nos restituir a liberdade e reconduzir-nos a Si pela mediação de seu Filho. E Cristo realizou, de fato, esta obra redentora para glória de seu Pai, que era o objetivo de todas as suas ações.

Quero abrir a boca, irmãos, para vos falar do altíssimo assunto da humildade. E estou cheio de temor, como quem sabe que deve falar de Deus com a língua dos seus próprios pensamentos.

Porque a humildade é a roupagem da Divindade. Fazendo-se homem, o Verbo revestiu-se de humildade. Através dela, viveu conosco dentro de um corpo. E todo o que vive na humildade torna-se verdadeiramente semelhante Àquele que desceu das alturas e cobriu a sua grandeza e a sua glória com as vestes da humildade, para que, ao vê-lo, a criação não fosse consumida.

Porque a criação não teria podido contemplá-lo se Ele não tivesse tomado sobre si a humildade e não tivesse, assim, vivido com ela. Não teria havido face a face com Ele. A criação não teria ouvido as palavras da sua boca.

Por isso, quando a criação vê um homem revestido da semelhança do seu Mestre, ela o venera e honra, tal como o fez ao Mestre, que viu viver revestido de humildade. Com efeito, que criatura não se deixa enternecer diante do humilde? Contudo, enquanto a glória da humildade não se tinha revelado a todos em Cristo, desdenhava-se desta visão tão cheia de santidade.

Mas agora a sua grandeza elevou-se aos olhos do mundo. Foi concedido à criação receber, na mediação do homem humilde, a visão do seu Criador. Por isso, o humilde não é desprezado por ninguém, nem sequer pelos inimigos da verdade. Aquele que aprendeu a humildade é venerado por causa dela, como se tivesse sobre si uma coroa e vestes de púrpura.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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