quinta-feira, 26 de julho de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 13,18-23 - 27.07.2018

Liturgia Diária

DIA 27 – SEXTA-FEIRA   
16ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

A Palavra lançada encontra as mais diversas disposições de coração. Fortalecendo as raízes da fé, podemos fazer que as sementes do Reino se espalhem e resistam às adversidades que surgem pelo caminho.

Evangelho: Mateus 13,18-23

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18“Ouvi a parábola do semeador: 19todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. 20A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; 21mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando chega o sofrimento ou a perseguição por causa da palavra, ele desiste logo. 22A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto. 23A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Mateus 13,18-23
«Vós, portanto, ouvi o significado da parábola do semeador»

P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat
(Montserrat, Barcelona, Espanha)

Hoje, contemplamos a Deus como um lavrador bom e magnânimo, que semeia com as mãos cheias. Não poupou nada para a redenção do homem, mas gastou tudo em seu próprio Filho, Jesus Cristo, que como grão enterrado (morte e sepultamento) converteu-se em nossa vida e ressurreição graças à sua santa Ressurreição.

Deus é um agricultor paciente. Os tempos pertencem o Pai, porque só Ele sabe o dia e a hora (cf. Mc 13,32) de ceifar e de separar os grãos da palha. Deus espera. Também nós temos de esperar, sincronizando o relógio da nossa esperança com o desígnio salvador de Deus. Diz São Tiago «Olhai o agricultor: ele espera com paciência o precioso fruto da terra, até cair a chuva do outono ou da primavera» (Tg 5,7). Deus espera a colheita fazendo-la crescer com a sua graça. Nós tampouco não podemos dormir, mas devemos colaborar com a graça de Deus prestando a nossa cooperação, sem pôr obstáculos a esta ação transformadora de Deus.

O cultivo de Deus que nasce e cresce assim na terra é um fato visível em seus efeitos; podemos vê-los nos milagres autênticos e nos exemplos clamorosos de santidade de vida. Há muita gente que depois de haver escutado todas as palavras e o ruído deste mundo, tem fome e sede de ouvir a autêntica Palavra de Deus, ali onde ela se encontra viva e encarnada. Há milhões de pessoas que vivem a sua pertença a Jesus Cristo e à Igreja com o mesmo entusiasmo inicial do Evangelho, pois a palavra divina «encontra a terra onde germinar e dar fruto» (São Agostinho); o que temos que fazer é levantar a nossa moral e olhar o futuro com olhos de fé.

O êxito da colheita não se encontra nas nossas estratégias humanas nem no marketing, mas na iniciativa salvadora de Deus “rico em misericórdia” e na eficácia do Espírito Santo, que pode transformar as nossas vidas para que demos frutos saborosos de caridade e de contagiosa alegria.

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O TERRENO DO TEU CORAÇÃO Mt 13,18-23
HOMILIA

Estamos diante de duas realidades: de um lado o nosso coração e do outro o Coração de Jesus. O meu e o teu coração são comparáveis aos quatro terrenos da história: “o terreno do caminho”, “o solo cheio de pedras”, “a terra cheia de espinheiros” e “o terreno lavrado e bom”. Jesus é o Divino Semeador. A semente é a Sua Palavra de bondade e de sabedoria. E os diversos terrenos são os nossos corações, os nossos espíritos, onde Ele semeia Seus ensinamentos, cheio de bondade para conosco.

Permita que te faça esta pergunta: Como procedes para com Jesus? Como respondes à Sua bondade? O modo como damos resposta ao amor cuidadoso do Divino Mestre é que nos classifica espiritualmente, isto é, mostra que espécie de terreno existe em nossa alma. Cada coração humano é uma espécie de terra, um dos quatro solos da parábola.

Quando alguém ouve a palavra do Evangelho e não procura compreendê-la, nem lhe dá valor, aparecem as forças do mal e arrebatam o que foi semeado no seu coração, tais como os passarinhos comeram as sementes. E sabe de que modo? Fazendo com que a alma esqueça o que ouviu, dando outros pensamentos à pessoa, fazendo com que ela se desinteresse das coisas espirituais. E a alma fica indiferente aos ensinamentos divinos. O coração dessa pessoa é semelhante ao “terreno do caminho”, aonde a semente não chegou a penetrar.

E o que é dito do pedregoso? Ele é a imagem da pessoa que recebe os ensinamentos de Jesus com muita alegria. São exemplos as pessoas entusiasmadas com o serviço cristão, mas cuja animação dura pouco. Quando surgem as zombarias, as perseguições ou os sofrimentos, a alma, que é inconstante, abandona o caminho do Evangelho e logo definham e páram de rezar deixando cair tudo para o chão ou jogando na água as graças que haviam recebido de Deus.

O solo é a “terra cheia de espinheiros”. É o caso das pessoas que recebem a palavra do Evangelho, mas, depois abandonam o caminho cristão por causa das grandezas falsas do mundo e da sedução das riquezas. Ouviram o Evangelho, mas se interessaram mais pelos negócios, pelos lucros, pelas vaidades da vida, pelo cuidado exclusivo das coisas da terra. Só pensam em automóveis de luxo, sonham com caminhões, imaginam-se ricos. A princípio, sabiam repartir com os pobres o seu dinheirinho, porém, agora só pensam em juntá-lo: a caridade morreu nos seus corações. O mundo, com suas riquezas falsas, seduziu suas almas e sufocou a plantinha de Deus em seus espíritos. Trocaram Jesus pelos sonhos e ambições de carros de luxo, de figurinos, de roupas elegantes, de campos de esporte, de concursos de beleza, de grandezas sociais. A plantinha de Deus foi sufocada pelos espinhos do egoísmo e das ilusões da vida material. E parece que morreu em seus corações. Você é um destes? E senão for com certeza na tua família existem pessoas assim.

O quarto terreno, “a terra lavrada e boa”, é o símbolo do coração que escuta o Evangelho, procurando compreendê-lo e praticá-lo na vida. É a alma que estuda a palavra do Senhor, percebendo que está neste mundo para aprender a Verdade e o Bem. E, assim, dá frutos de bondade e eleva-se para Deus. Abandona seus vícios e maus hábitos, dedicando-se à prática das virtudes, guardando a fé no coração, socorrendo carinhosamente os necessitados e sofredores e buscando os conselhos de Deus no Evangelho de Cristo.

O coração de uma criança verdadeiramente cristã é o bom terreno da parábola: cada semente de Jesus se transforma em trinta, sessenta ou cem bênçãos de bondade, de fé e de auxílio ao próximo. O coração dessa criança deseja conhecer sempre mais e melhor os ensinos cristãos. E se esforça sinceramente para fazer a Vontade Divina: amar e perdoar, crer e ajudar, aprender e servir. Que tu guardando a humildade de coração te esforces para seres, se ainda não o és, o bom terreno, que recebe os grãos de luz do Divino Semeador e dá muitos frutos de sabedoria e bondade.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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