quarta-feira, 18 de julho de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 6,30-34 - 22.07.2018

Liturgia Diária

DIA 22 – DOMINGO   
16º DO TEMPO COMUM

(verde – 4ª semana do saltério)

O Senhor é o pastor que nos reúne em sua casa para nos cumular da felicidade e do bem que só ele nos pode proporcionar. Defensor de nossa vida, ele nos conduz por caminhos retos e seguros. Ansiosos o buscamos, pois sacia nossa fome e sede de justiça e fraternidade. Nesta Eucaristia, acolhamos o seu convite – “vinde e descansai” – e demos graças a Deus pela paz que sempre encontramos em seu Filho.

Evangelho: Marcos 6,30-34

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo, que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. ­­­

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 6,30-34
«Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!»

Rev. D. David AMADO i Fernández
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos convida a descobrir a importância de descansar no Senhor. Os apóstolos voltavam da missão que Jesus lhes havia dado. Haviam expulsado demônios, curado doentes e pregado o Evangelho. Estavam cansados e Jesus lhes disse: «vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco!» (Mc 6, 31).

Uma das tentações a que pode sucumbir qualquer cristão é a de querer fazer muitas coisas descuidando do trato com o Senhor. O Catecismo recorda que, na hora de fazer oração, um dos maiores perigos é pensar que há outras coisas mais urgentes e, dessa forma, se acaba descuidando do trato com Deus. Por isso Jesus, a seus Apóstolos, que trabalharam muito, que estavam esgotados e eufóricos porque tudo lhes correu bem, manda que descansem. E, acrescenta o Evangelho «foram, então, de barco, para um lugar deserto, a sós» (Mc 6,32). Para poder rezar bem são necessárias, ao menos duas coisas: a primeira é estar com Jesus, porque é a pessoa com que vamos falar. Temos que ter certeza de que estamos com Ele. Por isso todo tempo de oração começa, geralmente, e é o mais difícil, com um ato de presença de Deus. Tomar consciência de que estamos com Ele. E a segunda é a necessidade de solidão. Se queremos falar com alguém, ter uma conversa íntima e profunda, escolhemos um lugar isolado.

São Pedro Julião Eymard recomendava descansar em Jesus depois de comungar. E advertia do perigo de encher a ação de graças com muitas palavras ditas de cabeça. Dizia, que depois de receber o Corpo de Cristo, o melhor é estar um tempo em silêncio, para repor nossas forças deixando que Jesus nos fale no silêncio do nosso coração. Às vezes, muito melhor do que explicar a Ele nossos projetos é deixar que Jesus nos instrua e anime.

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OVELHAS SEM PASTOR Mc 6,30-34
HOMILIA

O Evangelho de hoje mostra Jesus cuidando de seus discípulos e em contato com as multidões carentes, atento às suas necessidades e procurando libertá-las de suas carências e opressões, dirigindo-lhes a palavra.

Jesus repete novamente sua preocupação a respeito da falta de operários para a messe, ou de pastores para o rebanho, em outras palavras, hoje seria a falta de padres que sejam verdadeiramente pastores das ovelhas. Muitos e santos ministros ordenados e comprometidos com a vida das ovelhas. Ontem, como hoje também, existem muitas ovelhas precisando de pastores pelo mundo afora! E Cristo nos compromete nesta missão.

O amor de Cristo é tão sincero e afetuoso pelos seus irmãos, que nem mesmo o cansaço ou a fome são capazes de privar as pessoas de Seu convívio. Nesta Palavra de hoje, percebemos duas atitudes de Cristo para com os seus: a primeira, quando Ele chama Seus discípulos ao descanso, sabendo que eles viveram uma batalha espiritual árdua, e para tanto é preciso recolhimento, descanso físico e espiritual. É preciso se fortalecer. A comida, por exemplo, pode ser entendida como alimento material, mas também alimento espiritual, afinal nem só de pão vive o homem. Em muitos momentos dos Evangelhos, o próprio Cristo recolhe-se para orar, para conversar com Deus e Ele nos ensina a, justamente, ter esses tipos de momento, para criar intimidade com o Pai.

Entretanto, aquela multidão que ali se encontra não percebe essa situação, porque estão sedentos de amor, atenção, pois eles estão constantemente sendo excluídos da sociedade, da própria religião que professavam. Em Jesus e nos Seus discípulos se percebe um acolhimento, uma Palavra que é diferente de tudo que eles conheciam uma palavra que une e não separa que perdoa e não se vinga das suas faltas. A razão é simples: Eles eram como ovelhas sem Pastor. Isto significa que eles agiram até agora por ignorância. Sem saber ou distinguir a mão direita da esquerda. Que constatação triste, não existe nada pior que a solidão, não ter com quem contar, com quem conversar, dividir dores e alegrias, não fomos feitos pra viver como ilha, mas juntos. Jesus sente essa solidão em cada pessoa, apesar de estarem numa multidão.

O texto ressalta a compaixão de Jesus para com o povo com uma característica específica: era um povo muito sofrido, rejeitado e desprezado pelos chefes político-religiosos de então, que nem tinha tempo para comer. E quando Ele se retirava, o povo ia atrás dele. O que atraía tanta gente? Com certeza não foi em primeiro lugar a doutrina, nem os milagres, mas o fato de irradiar compaixão, de demonstrar duma maneira concreta o amor compassivo de Deus. Jesus não teve “pena” do povo, não teve “dó” dos sofridos. Teve “compaixão”, literalmente, sofria junto, e tinha uma empatia com os sofredores, que se transformava numa solidariedade afetiva e efetiva. Este traço da personalidade de Jesus desafia as Igrejas e os seus ministros hoje, para que não sejam burocratas do sagrado, mas irradiadores da compaixão do Pai. Infelizmente, muitas vezes as nossas igrejas mais parecem repartições públicas do que lugares do encontro com a comunidade que acredita no amor misericordioso de Deus e na compaixão de Jesus! A frieza humana frequentemente marca as nossas atitudes, pregações e cuidado pastoral. Num mundo que exclui que marginaliza e que só valoriza quem consome e produz, o texto de hoje nos desafia para que nos assemelhemos cada vez mais a Jesus, irradiando compaixão diante das multidões que hoje como nunca estão como ovelhas sem pastor.

Então, mesmo sabendo da necessidade de descanso, Ele sente compaixão, e serve. Ensina-nos que servir ao próximo deve ser prioridade, apesar dos cansaços, apesar das dores, precisamos ver e entender que existem muitas pessoas necessitadas! E pode ter certeza que muitos a nossa volta, que aparentemente não precisam de nada, são carentes de uma palavra, de um ombro amigo, de alguém que os escute. E por isso manifestam a sua carência de várias formas: agressividade, mau comportamento, irritação, puxam o chão dos nossos pés. E tudo o que fazem é só procurar arruinar a vida dos outros. Minha irmã, meu irmão, não existem pessoas difíceis ou que nos roubem tempo. O segredo é levá-las não nos ombros e sim no coração. Pois, as pessoas nos serão pesadas se nós as carreguemos nos ombros. Mas se as levarmos no coração elas se tornam mais leves que o fumo. Basta pedires que Jesus faça do seu coração semelhante ao d’Ele. E verás que estas pessoas são como que ovelhas sem pastor. E então tu serás o pastor que elas estão precisando.

Ó Pai daí-nos a Graça de levar nossos irmãos no coração, de servir acima de nossas próprias necessidades, confiando que, em Jesus, poderemos descansar e entregar nosso peso para que Ele nos ajude a levar o nosso e o dos outros.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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