quarta-feira, 11 de julho de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 10,16-23 - 13.07.2018

Liturgia Diária

DIA 13 – SEXTA-FEIRA   
14ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Se nos voltamos para o Senhor, somos libertos dos falsos ídolos, experimentamos a misericórdia divina e contamos com a força do Espírito para fazer frente aos desafios da missão.

Evangelho: Mateus 10,16-23

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados de como falar ou do que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 23Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, vós não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 10,16-23
«Sereis odiados por todos, por causa do meu nome»

P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat
(Montserrat, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho remarca as dificuldades e as contradições que o cristão haverá de sofrer por causa de Cristo e do seu Evangelho e como deverá resistir e perseverar até o final. Jesus nos prometeu: «Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20); mas não prometeu, aos seus, um caminho fácil, antes pelo contrário, lhes disse: «Sereis odiados por todos, por causa do meu nome» (Mt 10,22).

A Igreja e o mundo são duas realidades de ”difícil” convivência. O mundo, que a Igreja há de converter a Jesus Cristo, não é uma realidade neutra, como se fosse uma cera virgem que só espera o selo que lhe dará forma. Isto só teria sido assim se não tivesse havido uma história de pecado entre a criação do homem e a sua redenção. O mundo, como estrutura afastada de Deus, obedece a outro senhor, que o Evangelho de São João denomina como o senhor deste mundo, o inimigo da alma, o que fez com que o cristão fizesse um juramento— no dia de seu batismo— de desobediência, de dizer não ao inimigo, para pertencer somente ao Senhor e à Mãe Igreja que ela engendrou em Jesus Cristo.

Mas o batizado continua vivendo neste mundo e não em outro, não renuncia à cidadania deste mundo nem lhe nega sua honesta contribuição para mantê-lo e melhorá-lo; os deveres de cidadania cívica são também deveres dos cristãos; pagar os impostos é um dever de justiça para o cristão. Jesus disse que nós, seus seguidores, estamos no mundo, mas não somos do mundo (cf. Jo 17,14-15). Não pertencemos ao mundo incondicionalmente, inteiramente, só pertencemos a Jesus Cristo e à sua Igreja, verdadeira pátria espiritual, que está aqui na terra e que transpassa a barreira do espaço e do tempo para desembarcar-nos na pátria definitiva que é o céu.

Esta dupla cidadania inevitavelmente se choca com as forças do pecado e do domínio que move os mecanismos mundanos. Repassando a história da Igreja, Newman dizia que «a perseguição é a marca da Igreja e talvez a mais duradoura de todas».

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DEPOIS DA TEMPESTADE VEM A BONANÇA Mt 10,16-23
HOMILIA

Neste texto Mateus nos mostra que a vida que Jesus nos promete não é uma vida somente de prazeres. Mas sim de tribulações, tempestades, perseguições, calúnias, injúrias e… por sermos discípulos e missionários d’Ele no mundo moderno. Lembra-nos também que os discípulos não terminarão o seu trabalho sem que venha o Filho do Homem.

Sob ponto de vista do que nos é proposto neste texto concluímos que todo o sofrimento só é aceite diante de Deus quando for por amor a Jesus: Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos governadores e reis para serem julgados e falarão a eles e aos não-judeus sobre o evangelho. Portanto, os sofrimentos por amor a Jesus não são motivo de tristeza, mas de alegria, sabendo que fomos destinados a isto: vocês serão presos, e levados ao tribunal, e serão chicoteados nas sinagogas. Essa alegria não vem do fato de o cristão gostar de ser perseguido ou de ser reputado mártir, mas pelo testemunho que dá e pelo galardão que se segue. Sofrer pelo Evangelho é um tipo de sofrimento por amor a Jesus, assim como sofrimentos por praticar o bem, sofrimentos por causa da justiça e os sofrimentos como servos de Deus. É preciso que tu sofras por amor ao corpo de Cristo, a igreja. E então, no final de tantas tempestades virá da parte de Deus a bonança para todos nós que tivermos sofridos por causa de Jesus e Seu Evangelho!

Sofrimentos suportados com paciência por um cristão servem de exemplo e testemunho para toda a Igreja. O apóstolo Pedro emprega sete vezes a palavra sofrer e sofrimento com referência a Cristo, encorajam os cristãos a seguirem o exemplo de Jesus.

O sofrimento é a escola de simpatia do Espírito Santo, onde aprendemos a consolar e confortar as pessoas da mesma maneira como Deus o faz. Somente quem enfrentou dor, sofrimento e perdas pode genuinamente consolar os que enfrentam tais situações (Hb 4.15).

O sofrimento é um meio que Deus usa para fazer te fazer crescer na fé. Pedro diz que o sofrimento é comparado à ação do fogo, como um elemento purificador, um elemento que torna o objeto aprovado, aperfeiçoado, confirmado. Deus usa o sofrimento para refinar-nos (Sl 66.10; Sl 119.67, 71).

Todo aquele que quer ser discípulo de Jesus deve estar pronto para enfrentar os problemas decorrentes do discipulado. Ser discípulo de Jesus significa não aceitar os contra valores que estão presentes no mundo e que não permitem que haja vida e vida em abundância, mas denunciar esses contra valores como causa de sofrimento e, ao mesmo tempo, anunciar os valores do Evangelho. Ser discípulo de Jesus significa ser profeta da Nova Aliança e arcar com todas as conseqüências do agir profético, ou seja, a perseguição, o sofrimento e até mesmo a morte. A história da Igreja está repleta de mártires, profetas da Nova Aliança que, por acreditarem nos valores do Evangelho, foram perseguidos e derramaram seu sangue como o Cristo.

Portanto, quando passarmos pelo sofrimento, devemos lembrar Deus está conosco e não permitirá que soframos além do que podemos suportar. Deus converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos Deus se importa conosco, independente da severidade das circunstâncias. Nunca devemos permitir que o sofrimento nos leve a pensar que Deus não nos ama, nem afastar-nos de Jesus (Mt 13.20-21). Devemos recorrer a Deus em oração sincera, esperar até que Ele nos liberte da aflição e confiar que Deus nos dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento. Convém lembrar de que sempre somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou (Rm 8.37; Jo 16.33).

Quero que tu saibas de uma vez por todas que quando passarmos pelo sofrimento, devemos lembrar: Deus está conosco (Sl 23.4; Is 43.2; Hb 13.5) e não permitirá que soframos além do que podemos suportar (1 Co 10.13). Deus converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (Rm 8.28; 2 Co 4.17). Como aconteceu com José (Gn 50.20).

Acredite: depois da tempestade virá a bonança. Se não duvidares disso, tu e os da tua casa verão a salvação que vem de Deus por Cristo Nosso Senhor que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina pelos séculos dos séculos. Amén!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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