terça-feira, 28 de abril de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 13,16-20 - 30.04.2015 - Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim

Ó Espírito Santo,
dai-me um coração grande,
desejoso de se tornar semelhante
ao coração do Senhor Jesus!
5ª-feira da 4ª Semana da Páscoa
Cor: Branco

Evangelho - Jo 13,16-20

Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 13,16-20

Depois de lavar os pés dos discípulos,
Jesus lhes disse:
16Em verdade, em verdade vos digo:
o servo não está acima do seu senhor
e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou.
17Se sabeis isto, e o puserdes em prática,
sereis felizes.
18Eu não falo de vós todos.
Eu conheço aqueles que escolhi,
mas é preciso que se realize o que está na Escritura:
'Aquele que come o meu pão
levantou contra mim o calcanhar.'
19Desde agora vos digo isto,
antes de acontecer,
a fim de que, quando acontecer,
creais que eu sou.
20Em verdade, em verdade vos digo,
quem recebe aquele que eu enviar,
me recebe a mim;
e quem me recebe,
recebe aquele que me enviou.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 13,16-20
A configuração da vida do servo ao seu Senhor

A última ceia de Jesus com os seus discípulos é uma ceia de adeus em que ele deixa suas últimas vontades: fração do pão como memorial e o serviço fraterno. É durante a última ceia e depois de lavar os pés dos discípulos que Jesus pronuncia essas palavras que lemos no evangelho de hoje. Máxima semelhante ao enunciado no v. 16 nós encontramos em Mateus 10,24- 25. Um dos aspectos do discurso de Jesus depois de lavar os pés de seus discípulos é apresentar o específico do discípulo. Em nosso caso há dois aspectos a ressaltar: o discípulo é servo e, como tal, renuncia a todo desejo de poder e prestígio. A consciência de sua condição de servo e a vida coerente com essa vocação é o caminho da felicidade. Na configuração da vida do servo ao seu Senhor está a felicidade. Para o relato, a predição da traição de Jesus por parte de um dos discípulos tem por finalidade prevenir os discípulos e, com isso, o leitor contra o escândalo que pudesse levar a certo esmorecimento, ao mesmo tempo em que dá uma chave de leitura para compreender o fato (cf. Sl 41,10). É, inclusive, um modo de dizer que a Escritura se cumpre em Jesus. Até mesmo a traição pode ser ocasião de fé na pessoa de Jesus.
Pe. Carlos Alberto Contieri

Conteúdo publicado em Comece o Dia Feliz. http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho&action=busca_result&data=30%2F04%2F2015#ixzz3Yf0HE7Dl 
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 



CONHEÇO AQUELES QUE ESCOLHI Jo 13,16-20
HOMILIA

Neste trecho do Evangelho de João, ele narra nesta passagem o que Jesus fala sobre a HUMILDADE. Logo após, lavar os pés dos apóstolos, para dar-lhes como exemplo o valor da humildade no Plano do Pai, dizendo-lhes: “Se pois, eu, o Senhor e Mestre vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés, uns dos outros, porque vos dei o exemplo”, e, continuando, “não é o servo maior que o Senhor”. Nos seus três anos de vida pública, Jesus primou em ressaltar o valor das virtudes que devemos cultivar em nossa vida, através do exercício diário, nos contatos sociais , a partir do nosso lar; onde devemos dar o primeiro exemplo que deverá estender-se aos nossos semelhantes em todos os locais em que nos encontrarmos , evidenciando, assim, a presença de Jesus ainda hoje neste mundo.
A humildade é o reflexo claro da nossa alma, do nosso espírito, que emana todo amor interior, às vezes até num simples ato. A humildade é um instrumento que condensa e filtra o amor transformado em felicidade naquele que é o alvo do ato de bondade.. Por isso Jesus sempre insistiu na necessidade de que sejamos humildes, é ela o maior dos instrumentos para conseguirmos um lugar na vida eterna. A pessoa não é humilde de nascença, ela fica humilde à medida em que vive no seu meio social,. onde existem os obstáculos para transporem e tornarem-se humildes. A humildade ,consegue–se no domínio próprio de cada um , nas soluções que surgem nos contatos com os outros e, que são inspiradas pelo bom senso, e, nem sempre são as que desejaríamos e que muitas vezes as aceitamos com compreensão e paciência , tudo por amor a Deus. E, isto é o que nos realiza, que nos distingue dos que não crêem em Jesus, é a força do amor interior que nos faz humildes.
É assim que Jesus nos ensina e, para tanto, provou-nos morrendo crucificado para nos salvar, mesmo sendo Deus , só por amor .
O contexto do evangelho de Jesus é o da última ceia na qual Jesus lava os pés dos discípulos. O mestre lava os pés. Isso mesmo! Ele lava os pés dos seus discípulos. Ele realiza o serviço dos escravos com a máxima humildade e reconhecimento da sua missão como serviço a vida. Serviço a vida, eis a grande bem-aventurança que nosso Senhor proclama na passagem evangélica de hoje – Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes. Como se ver, a maior felicidade está no servir as necessidades do próximo nos quais Deus se identifica. Diante de muitas coisas boas que fazemos experimentamos alegria e bem estar. Mas a verdadeira felicidade não é para este mundo. A verdadeira felicidade é a visão de Deus, a nossa comunhão plena e definitiva. Mas realizar o serviço da justiça é poder saborear antecipadamente o mistério da felicidade que se encontra em Deus da qual os santos nossos irmãos já são herdeiros. Somos conhecidos pelo Senhor, o bom pastor. Nós o conhecemos e o reconhecemos em cada eucaristia na qual ele nos reconhece como discípulos e amigos. Conhecer o outro é uma qualidade que se encontra entre amigos. Ele é nosso amigo e quer continuar servindo a vida através de nós. Ele é nosso amigo e quer continuar partilhando o pão da eucaristia em nossas comunidades. Ele é nosso amigo e por isso nos indica o caminho para a plena felicidade. Ele é nosso amigo e quer ser reconhecido e acolhido nos seus enviados. “Eu conheço aqueles que escolhi!”. Nós os seus amigos, somos por ele conhecidos. Mas nos perguntemos agora: De que jeito ele me conhece? Como me ver? Preciso melhorar em algum ponto da minha vida?
Pai, inculca no meu coração a certeza de que só tu és Senhor, e que entre os seres humanos deve reinar igualdade e solidariedade, sem opressão.
Fonte Padre BANTU SAYLA

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