quinta-feira, 16 de abril de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 6,16-21 - 18.04.2015 - Enxergaram Jesus, andando sobre as águas.

Jesus, divino Mestre,
nós vos adoramos, Filho unigênito de Deus,
vindo ao mundo para dar aos homens a vida em plenitude.
Sábado da 2ª Semana da Páscoa
Cor: Branco

Evangelho - Jo 6,16-21

Enxergaram Jesus, andando sobre as águas.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,16-21

16Ao cair da tarde,
os discípulos desceram ao mar.
17Entraram na barca
e foram em direção a Cafarnaum,
do outro lado do mar.
Já estava escuro,
e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles.
18Soprava um vento forte
e o mar estava agitado.
19Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros,
quando enxergaram Jesus,
andando sobre as águas
e aproximando-se da barca.
E ficaram com medo.
20Mas Jesus disse:
'Sou eu. Não tenhais medo'.
21Quiseram, então, recolher Jesus na barca,
mas imediatamente a barca chegou à margem
para onde estavam indo.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 6, 16-21

Nós podemos nos encontrar com Jesus nas situações e nos momentos em que menos esperamos que isso possa acontecer e, quando isso acontece, podemos nos assustar e até mesmo nos sentir assombrados, com muito medo. Mas a nossa postura deve ser justamente o contrário disso tudo. Quando encontramos Jesus, ele sempre nos mostra algo de concreto para as nossas vidas e para onde devemos chegar, nos revela alguma coisa que nos ajuda na superação das dificuldades que encontramos, ele nos mostra que o seu amor e a sua presença não são algo abstrato nas nossas vidas, mas que a sua presença é sempre amor concreto de Deus, força de superação e conquista do novo que nos revela o Reino definitivo.
Fonte CNBB



NÃO TENHAM MEDO, SOU EU! Jo 6,16-21
HOMILIA

O evangelho de hoje traz o episódio do barco no mar agitado. Jesus se encontra na montanha, os discípulos no mar e o povo em terra. Na maneira de descrever os fatos, João procura ajudar as comunidades a descobrir o mistério que envolvia a pessoa de Jesus. Ele faz isso evocando textos do Antigo Testamento que aludem ao êxodo.
Na época em que João escreve, o barquinho das comunidades enfrentava o vento contrário tanto da parte de alguns judeus convertidos que queriam reduzir o mistério de Jesus ao tamanho das profecias e figuras do Antigo Testamento, como da parte de alguns pagãos convertidos que pensavam ser possível uma aliança entre Jesus e o império.
De tardinha, esta palavra nos remete, à trevas, a escuridão e noite que lhe sucedem imediatamente. Estas por sua vez trazem para nós às realidades das nossas limitações humanas que consistem nos medos e nas dúvidas, nas incertezas e nas tempestades, nas tristezas e nas angústias, nos conflitos interiores, nos casos perdidos e a problemas que humanamente falando parecem não terem solução. E por causa disso, a fé dos discípulos ficou abalada e como que sacudida pelo vento forte e pelas ondas do mar. Até porque o Evangelista João propositadamente nos conduz a este cenário. Os discípulos de Jesus abandonam a terra firme, onde poderiam caminhar sem riscos e perigos. Dirigem-se ao lago onde sem chão por pisar senão a do frágil barco que os transportará para outro lado julgam encontrar segurança.
A palavra atravessar, revela precisamente a efemeridade da contingência humana. Na vida nada é eterno, tudo passa. Só a palavra de Deus não passará. Ora senão vejamos como João descreve o texto. O s discípulos saem de uma cidade e vão para outra. O sair implica uma rotura, uma mudança com o passado. E a mudança implica a aderência ao novo que muitas vezes provoca em nós resistência, dificuldades em acreditar e mudar de vida. E por isso, os discípulos se vêem em dificuldade, em aderir a nova doutrina trazida por Jesus, que deve provocar neles a conversão total através do processo de provações, purificações representadas pela escuridão que se aproximava deles.
Meu irmão, minha irmã, tu que estás sofrendo e passando por situações difíceis, quais são eu não sei. Mas tu sabes. Não fuja da terra firme, não te deixes ficar abandonado, abandonada. Corra para Jesus a terra firme. Não diga já fiz tudo o que tinha por fazer e agora é melhor desistir. Olhe para os discípulos. Eles tinham já remado uns cinco ou seis kilomentos. Tinha esgotado todas as suas forças. Mas não se renderam ao desânimo, não perderam a esperança. Porque logo depois viram Jesus andando sobre a água e então chegou a solução de todos os medos.
Portanto, à expressão não tenham medo, é dirigida para ti. Não na segunda pessoa do plural para na do singular. Ele te conhece profundamente e sabe o que tu precisas. Ele sabe a tua dor, situação por que estás passando. Por isso não tenha medo. Confie n’Ele e tenha coragem. Entrega-t profundamente à confiança, esperança e fé em Deus que tudo pode. Lembra-te com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado.
Faça sua essa oração: Pai, em meio às tempestades, faze-me compreender que o Ressuscitado caminha comigo, incentivando-me a não temer e a permanecer firme no rumo traçado por Ele.

Fonte Padre BANTU SAYLA

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