segunda-feira, 4 de agosto de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 15,1-2.10-14 - 05.08.2014 - 'Toda planta que não foi plantada pelo meu Pai celeste será arrancada'.

Pai,
purifica meu coração
de toda discriminação
e de todo preconceito,
de modo que eu possa levar
os benefícios do Reino
a todos os que de mim precisarem.
Verde. 3ª-feira da 18ª Semana Tempo Comum 

Evangelho - Mt 15,1-2.10-14

'Toda planta que não foi plantada
pelo meu Pai celeste será arrancada'.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 15,1-2.10-14

1Naquele tempo, alguns fariseus e mestres da Lei, 
vindos de Jerusalém, 
aproximaram-se de Jesus, e perguntaram: 
2'Por que os teus discípulos 
não observam a tradição dos antigos? 
Pois não lavam as mãos quando comem o pão!' 
10Jesus chamou a multidão para perto de si 
e disse: 'Escutai e compreendei. 
11Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, 
mas o que sai da boca, isso é que torna o homem impuro.' 
12Então os discípulos se aproximaram e disseram a Jesus: 
'Sabes que os fariseus 
ficaram escandalizados ao ouvir as tuas palavras?' 
13Jesus respondeu: 
'Toda planta que não foi plantada pelo meu Pai celeste 
será arrancada. 
14Deixai-os! São cegos guiando cegos. 
Ora, se um cego guia outro cego, 
os dois cairão no buraco.' 
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB





“Escutai e compreendei”
Reflexão

Jesus nos ensina a cultivar na nossa vida o hábito de viver em harmonia com o Evangelho e nos concede um entendimento espiritual para as nossas ações. “A tradição dos antigos” muitas vezes nos tira das práticas evangélicas porque nos leva a confundir o processo do ser com o fazer. O que fazemos é uma consequência do que somos. As nossas ações, os nossas métodos e obras são resultado do que nós arquitetamos, deliberadamente ou por impulsão. Portanto, o que é impuro está alojado dentro do nosso ser a partir dos nossos pensamentos, julgamentos, imaginação, etc.. “Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca”…… O ato de lavar as mãos, de estar arrumado, asseado, é apenas um costume que independe da substância do nosso coração. Podemos estar sujos (as) por fora, no entanto, ter a nossa alma limpa e em paz. Às vezes nos preocupamos com as aparências e com as etiquetas sociais e esquecemos de que o mais importante é a intenção e a motivação do nosso coração . Não bastam apenas as “práticas exteriores”, que seguem as regras sociais. Os sentimentos que cultivamos dentro de nós dão o tom para o que somos e o que fazemos. Reflita – Você costuma julgar o comportamento das outras pessoas, ou você procura saber o motivo que levam as pessoas a certos comportamentos?- Você se sente olhado (a), observado (a)? – Quais os sentimentos que você cultiva dentro do seu coração? – Eles têm motivado as suas ações?

Fonte Helena Serpa - Comunidade Novo Caminho



LAVAR O CORAÇÃO E NÃO AS MÃOS Mt 15,1-2.10-14
HOMILIA

A planta plantada pelo Pai é aquela que dá frutos de amor e misericórdia, na liberdade dos filhos de Deus que se empenham na construção de um mundo de justiça e paz.
Todo o nosso ser como planta do Pai se estiver virado para Deus, não precisaremos lavar as mãos e também não haverá lugar para as trevas nos nossos corações. Porque a Luz Divina unifica-nos, chama-nos a uma vida sempre mais verdadeira: as máscaras, que permanecem mesmo no casal, no relacionamento entre namorados, entre filhos e pais, entre parentes, colegas, vizinhos e amigos cairão progressivamente. A ambigüidade dos nossos propósitos, dos nossos comportamentos, a distância entre o que dizemos ou fazemos desaparecem naturalmente. Se o desejo profundo que nos faz viver é primeiro que tudo o desejo do alto, o olhar que dirigimos ao nosso cônjuge e sobre todos os que me referi acima, está acima dos outros, vem de Deus, será purificado de qualquer ambição, despojado de vontade e mãos abertas, para se tornar um olhar respeitoso e maravilhado pelo mistério do outro. Agora uma coisa que não pode acontecer comigo e nem contigo é a desconfiança o olhar maliciosamente nas ações dos outros. Ver nelas algo para derrubar, para levar vantagens próprias e egoísticas, aí está o problema. Será que, me pergunto, fico reparando demasiadamente nas ações das outras pessoas? E me esqueço que nem tudo o que brilha é ouro? E que as coisas nem sempre são o que me parecem ser? 
Meu irmão, minha irmã. Não adianta viver de aparências diante dos homens, pois Deus vê a intenção que trazemos no coração. Algumas vezes nos preocupamos com as práticas exteriores como os fariseus no evangelho de hoje: Por que é que os seus discípulos comem sem lavar as mãos, desobedecendo assim aos ensinamentos que recebemos dos antigos?, e esquecemos de olhar para o nosso interior que precisa tanto de conversão. Jesus nos deixa bem claro: Não é o que entra pela boca que faz com que alguém fique impuro. Pelo contrário, o que sai da boca é que pode tornar a pessoa impura. Portanto é o mal que sai do coração. É isso sim que prejudica a vida do homem. Por isso é que Jesus nas bem-aventuranças diz. Felizes os puros de coração. Devemos ter muito cuidado com as palavras que falamos e com as nossas ações. Peçamos sempre a Deus que faça de nós instrumentos de edificação na vida de nossos irmãos, pois fomos chamados para promover o bem que se fundamenta na rocha da fé.
Procura guiar os que estão ao meu redor para qual caminho? A felicidade nunca está onde a pomos, e, nunca a pomos onde estamos. Que tipo de felicidade procura o nosso mundo ? Será que a encontra? Onde ? Em quê? Onde estará o Caminho da felicidade ? Onde o podemos encontrar ? Não está e nem pode estar fora de nós. Ela está dentro de nós mesmo. Santo Agostinho diz que não podemos procurar Deus longe de nós. Deus está dentro de nós no nosso coração, na voz intima da nossa consciência. E se o nosso coração estiver limpo, se a nossa consciência for límpida, nela tudo será puro e sendo puro seremos obedientes à voz da consciência que é a do próprio Deus. É dela que o Profeta Isaías faz o anúncio como sendo aquele que nos trará a felicidade, que nos indicará o caminho para que possamos ser felizes. Vamos, portanto escutar com os ouvidos e com o coração e não com as mãos lavadas como os fariseus induziam o povo.
Senhor daí-me a graça de sempre lavar, não as mãos ao me aproximar da Vossa mesa, mas sim o coração. Para que Tu entrando nele o possas transformar num verdadeiro templo, onde vos possa louvar, adorar, bendizer e agradecer a graças que me tendes concedido todos os dias.
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla

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