sexta-feira, 29 de agosto de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 4,16-30 - 01.09.2014 - Ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres. Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.

Pai,
que as contrariedades da vida
jamais me impeçam de seguir
o caminho que traçaste para mim.
Com Jesus, quero seguir sempre adiante!
Verde. 2ª-feira da 22ª Semana Tempo Comum

Evangelho - Lc 4,16-30

Ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres. Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 4,16-30

Naquele tempo:
16Veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado.
Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado,
e levantou-se para fazer a leitura.
17Deram-lhe o livro do profeta Isaías.
Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito:
18'O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me consagrou com a unção
para anunciar a Boa Nova aos pobres;
enviou-me para proclamar a libertação aos cativos
e aos cegos a recuperação da vista;
para libertar os oprimidos
19e para proclamar um ano da graça do Senhor.'
20Depois fechou o livro,
entregou-o ao ajudante, e sentou-se.
Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
21Então começou a dizer-lhes:
'Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura
que acabastes de ouvir.'
22Todos davam testemunho a seu respeito,
admirados com as palavras cheias de encanto
que saíam da sua boca.
E diziam: 'Não é este o filho de José?'
23Jesus, porém, disse:
'Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio:
Médico, cura-te a ti mesmo.
Faze também aqui, em tua terra,
tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum.'
24E acrescentou:
'Em verdade eu vos digo que nenhum profeta
é bem recebido em sua pátria.
25De fato, eu vos digo:
no tempo do profeta Elias,
quando não choveu durante três anos e seis meses
e houve grande fome em toda a região,
havia muitas viúvas em Israel.
26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias,
senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia.
27E no tempo do profeta Eliseu,
havia muitos leprosos em Israel.
Contudo, nenhum deles foi curado,
mas sim Naamã, o sírio.'
28Quando ouviram estas palavras de Jesus,
todos na sinagoga ficaram furiosos.
29Levantaram-se e o expulsaram da cidade.
Levaram-no até ao alto do monte
sobre o qual a cidade estava construída,
com a intenção de lançá-lo no precipício.
30Jesus, porém, passando pelo meio deles,
continuou o seu caminho.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Lc 4, 16-30

Jesus é o ungido do Pai que veio ate nós com a missão de evangelizar os pobres, ou seja, de tornar membro do Reino dos Céus todos os que colocam a sua esperança no Senhor. A sua vida terrena não foi outra coisa senão o pleno cumprimento dessa missão.Ele anunciou a liberdade dos filhos de Deus e a libertação dos cativos do pecado e da morte, curou os cegos, de modo que todos podem enxergar além do mero horizonte da realidade natural, lutou contra todo tipo de injustiça que é causa de opressão e anunciou a presença do Reino da graça e da verdade. Assim, Jesus também nos mostra o que é necessário para que a Igreja, o seu Corpo Místico, seja fiel à sua missão de continuadora da sua obra.



JESUS EM NAZARÉ Lc 4,16-30
HOMILIA

Jesus de Nazaré foi um judeu da Galileia onde passou quase toda a sua vida e desenvolveu a maior parte da sua atividade pública. Ora, os estudos recentes mostraram as particularidades da Galileia de então nos domínios social, cultural e religioso. No entanto, a interpretação dessas particularidades é objeto de discussão entre os especialistas. Do ponto de vista social, a Galileia parece ter conhecido nesse tempo um processo de urbanização, que afundou o fosso entre as classes detentoras do religioso. O judaísmo da Galileia tinha traços que o distinguiam do judaísmo de Jerusalém ou da Judeia em geral. O enraizamento de Jesus na Galileia talvez não tenha influenciado somente a formulação de sua mensagem.
            Os Evangelhos atribuem a Jesus uma atividade bastante variada que parece supor o desempenho de vários papéis ou funções sócio-religiosas. Jesus proclama a vinda iminente do Reino de Deus como um profeta, ensina como um doutor ou um sábio, cura doentes e exorciza possessos como um homem que está investido do poder de Deus. Parece difícil colar uma etiqueta a Jesus. Os historiadores privilegiam, segundo as suas próprias tendências, ora um ora outro dos papéis que os Evangelhos lhe atribuem, às vezes com a exclusão dos restantes. Ora, tal exclusão não se impõe, podendo um homem de Deus desempenhar ao mesmo tempo mais do que uma função. Tudo indica que os contemporâneos de Jesus viram nele um profeta. Há duas séries de textos evangélicos particularmente significativas a esse respeito. A primeira, que se lê em Mc 6,15 e em Lc 9,8, conta a reação de Herodes perante a fama de Jesus. A segunda, presente nos três Evangelhos sinópticos, relata a chamada confissão de Pedro. As duas séries de textos informam sobre o que a opinião pública pensava de Jesus. Para uns, Jesus era João Batista ressuscitado; para outros, Elias; para outros, enfim, um dos profetas de outrora que ressuscitou. Jesus é ainda chamado profeta pela multidão ou por um ouvinte individual em vários outros textos próprios a um ou a outro evangelho.
            Ao falar na Sinagoga, Jesus assumia as palavras de Is 61, 1-2 as quais anunciavam a todas as nações a Sua missão de ungido do Senhor. Este trecho nos relata o ministério de Jesus aqui na terra que se constitui também na nossa missão, pelo poder do Espírito Santo: anunciar a boa nova, proclamar a libertação dos cativos, recuperar a vista aos cegos, livrar os oprimidos e proclamar o perdão do Senhor! Todos nós que somos batizados em Cristo temos também esta vocação.
Pela palavra que anunciamos, pela oração que fazemos ou pelo nosso testemunho, todas estas coisas acontecem àqueles a quem nós nos dirigimos. Naquele tempo o povo de Nazaré não acreditou em Jesus porque Ele era de casa, mas mesmo assim Ele não desistia dos seus. É difícil para nós também anunciarmos Jesus na nossa casa ou evangelizar as pessoas no lugar onde todos nos conhecem. Nem sempre somos acolhidos e admirados porque seguimos os ensinamentos de Deus. Assim foi também no tempo de Jesus. Por isso é que Ele nos recorda as figuras de Elias que fez prodígios na vida de uma viúva que não pertencia ao povo de Israel e Naamã, o sírio, que procurou Eliseu longe da sua terra para ser curado da lepra. Às vezes não fazemos sucesso onde queríamos, mas o Senhor nos envia a alguém a quem nem imaginamos, para que por nosso meio ela possa obter cura e libertação.
A quem você se sente chamado a evangelizar? Para você o que é evangelizar? O que você tem feito para atrair os seus para uma vida melhor? Você tem visto algum progresso na sua família por causa do seu testemunho de vida? Você continua insistindo? Você sente o poder do Espírito Santo quando fala no nome de Jesus Cristo? Como você acolhe aqueles que lhe anunciam a Palavra da Verdade? Diante dos seus erros e falhas, você aceita de bom coração as correções? Os conterrâneos de Jesus não o acolheram. E você?
Pai, que as contrariedades da vida jamais me impeçam de seguir o caminho que traçaste para mim. Com Jesus, quero seguir sempre adiante!
Fonte Bantu Mendonça Katchipwi Sayla

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