quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 8,34-9,1 - 21.02.2014 - Quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la.

Pai,
transforma-me num seguidor fiel de Jesus,
que saiba carregar a própria cruz
e pôr-se no seguimento dele,
mesmo devendo suportar
humilhação e até a morte.
Verde. 6ª-feira da 6ª Semana Tempo Comum

Evangelho - Mc 8,34-9,1

Quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 8,34-9,1

Naquele tempo:
34Chamou Jesus a multidão com seus discípulos
e disse: 'Se alguém me quer seguir,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.
35Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la;
mas quem perder a sua vida por causa de mim
e do Evangelho, vai salvá-la.
36Com efeito, de que adianta ao homem
ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?
37E o que poderia o homem dar
em troca da própria vida?
38Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras
diante dessa geração adúltera e pecadora,
também o Filho do Homem se envergonhará dele,
quando vier na glória do seu Pai
com seus santos anjos.'
9,1Disse-lhes Jesus: 'Em verdade vos digo,
alguns dos que aqui estão,
não morrerão sem antes terem visto o Reino de Deus
chegar com poder.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Mc 8, 34 - 9,1

O Evangelho de hoje nos mostra um significado fundamental para entendermos o mistério da cruz. Jesus diz: "renuncie a si mesmo e tome a sua cruz". A cruz significa antes de tudo não ser mais nada para si e ser tudo para os outros. De fato, Jesus no alto da cruz já não tinha nada que fosse seu, a não ser a sua própria vida, e até ela nos é dada conforme ele mesmo nos diz: "Ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente". Mas esse fato é o coroamento de toda a vida de Jesus que não se apegou ciosamente à sua condição divina, mas se fez homem, obediente até a morte e morte de cruz, vivendo totalmente para servir ao seu Pai e aos seus irmãos e irmãs, numa total oblação.
Fonte CNBB




O CAMINHO DA CRUZ E DA RESSUREIÇÃO Mc 8,34-9,1
HOMILIA

O discipulado comporta três atitudes radicais. Tudo começa com a renúncia de si mesmo. E preciso abrir mão dos projetos pessoais e submetê-los às exigências do Reino. Romper com o próprio egoísmo, que faz o indivíduo ensimesmar-se, e colocar o próximo e suas carências no centro de suas preocupações. Deixar de lado os preconceitos e as formas de pensar que não estão de acordo com o projeto do Reino. Positivamente, d renúncia do discípulo supõe aceitar a liberdade própria do Reino, que lhe descortina um horizonte infinito de possibilidades de amar e fazer o bem.
O passo seguinte consiste em tomar a sua cruz. Ou seja, ser capaz de enfrentar as conseqüências de sua opção, sem se intimidar ou deixar arrefecer o entusiasmo inicial. A cruz do discípulo é a cruz do testemunho verdadeiro de sua fé que, ao defrontar-se com a iniqüidade, provoca reações de hostilidade, cujo ápice é a morte cruel e violenta. E também a cruz do desprezo, da rejeição, da zombaria e da exclusão, por causa da fidelidade ao Reino e pela coragem de não pactuar com as solicitações do mal.
Por fim, o discípulo está em condições de aceitar o convite “siga-me”, e fazer do caminho de Jesus seu próprio caminho e do projeto dele seu próprio projeto. Quem perde a própria vida, acaba encontrando a verdadeira vida, a que Jesus tem para oferecer.
Jesus foi bem claro quando nos revelou qual a condição para que sejamos Seus discípulos: renunciar a nós mesmos (as) e tomar a nossa cruz a fim de segui-Lo. À primeira vista esta expressão de Jesus é muito dura, porém, se nós pararmos para meditar na profundidade das Suas palavras iremos descobrir que aí há uma promessa de salvação incontestável. Jesus nos garante o fim de toda a nossa luta para nos salvar: basta apenas que nos ponhamos a segui-Lo sem querer tomar para nós a responsabilidade de sozinhos, conquistarmos a felicidade eterna.
A renúncia a nós mesmos implica na abdicação das nossas opiniões próprias, dos nossos julgamentos e “maneira de ver as coisas”. Renunciar a si mesmo é não seguir a própria razão humana que não entende as coisas de Deus. É deixar-se conduzir com segurança e libertar-se de si mesmo para ganhar a vida. Seguir a Jesus é seguir os Seus ensinamentos abandonando as sugestões que o mundo dita e tudo o que a nossa carne decaída projeta. Se tomarmos o rumo contrário nunca poderemos ser discípulo (a) de Jesus. Tomar a Cruz significa passar pelas dificuldades assumindo os encargos e não querendo fugir das responsabilidade por causa do sofrimento.
Muitas pessoas hoje estão preocupadas com os males do mundo moderno e querem por força e de qualquer maneira se livrarem do que consideram desgraça. Não querem expor-se nem assumir compromissos e fogem dos encargos que podem pesar sobre os seus ombros. Quem não quer sofrer pouco, acaba sofrendo muito e toda a pessoa que quer se livrar de qualquer maneira dos seus percalços está procurando salvar a sua própria vida.Não tem vergonha de Jesus aquele ou aquela que tem coragem de assumir publicamente as suas dificuldades confiando no Seu livramento.
Você é daquelas pessoas que polemizam a Palavra de Deus e dão a sua própria interpretação segundo lhe convem? – Você tem usado de algum método ou meio que vai de encontro ao que Jesus ensinou? – Você tem feito mais para ganhar a vida ou para ganhar o mundo inteiro? – Você tem medo de enfrentar barreiras e de assumir compromissos? Você se envergonha de falar de Jesus no meio em que você freqüenta.
Pai, transforma-me num seguidor fiel de Jesus, que saiba carregar a própria cruz e pôr-se no seguimento dele, mesmo devendo suportar humilhação e até a morte.
Fonte Homilia Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla



LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL

Invoco a luz do Espírito Santo para a minha leitura Orante da Palavra.
Ó Espírito Santo,
dá-me um coração grande,
aberto à tua silenciosa e forte palavra inspiradora.



1- LEITURA (VERDADE)

- O que a Palavra diz? Leio na Bíblia o texto Mc 8,34-9,1
Jesus convida a segui-lo e indica o itinerário:
Primeiro, renunciar a si mesmo. O que significa isto? Significa renunciar a toda ambição de poder, domínio, prestígio.
Em segundo lugar, o discípulo deve tomar a sua cruz e segui-lo. Quer dizer: aceitar, até às últimas conseqüências, as dificuldades, limites, barreiras.


2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

- O que a Palavra diz para mim?
Como discípulo/a de Jesus, sou capaz de renunciar a mim mesmo/a, ou seja, não usar a fé, cargos e posições na comunidade para alimentar minha vaidade e poder? Sou capaz de sofrer, renunciando ao meu bem-estar em favor de outras pessoas? Em Aparecida, disseram os bispos: "
" A própria vocação, a própria liberdade e a própria originalidade são dons de Deus para a plenitude e a serviço do mundo.
Diante da exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e a vida digna de todo ser humano. De seu Mestre, o discípulo tem aprendido a lutar contra toda forma de desprezo da vida e de exploração da pessoa humana48. Só o Senhor é autor e dono da vida. O ser humano, sua imagem vivente, é sempre sagrado, desde a sua concepção até a sua morte natural; em todas as circunstâncias e condições de sua vida. Diante das estruturas de morte, Jesus faz presente a vida plena. "Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em abundância" (Jo 10,10). Por isso, cura os enfermos, expulsa os demônios e compromete os discípulos na promoção da dignidade humana e de relacionamentos sociais fundados na justiça" (DAp 11-112).



3- ORAÇÃO (VIDA)

Rezo com o Bem-aventurado Alberione:
Mestre: a tua vida me traça o caminho;
a tua doutrina confirma e ilumina os meus passos;
a tua graça me sustenta e me conduz no caminho do céu.
Tu és perfeito Mestre: dás o exemplo,
me ensinas e me animas a seguir-te.


4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Renovo o compromisso de seguimento de Jesus e peço-lhe que abençoe o meu desejo de testemunhar e fazer o bem.


BÊNÇÃO

"O Senhor te abençoe e te guarde.
O Senhor faça brilhar sobre ti sua face, e se compadeça de ti.
O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz" (Nm 6, 24-26).



Fonte Leitura Orante Irmã Patrícia Silva, fsp

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