terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 8,22-26 - 19.02.2014 - O cego ficou curado, e enxergava todas as coisas com nitidez.

Pai,
abre meus olhos
para que, pela fé,
eu reconheça teu filho Jesus,
e possa beneficiar-me
da força libertadora que dele provém.
ORAÇÃO INICIAL

Preparo-me para a leitura Orante de hoje,
fechando os olhos por uns instantes e,
colocando-me na presença de Deus,
peço a Ele que toque em mim,
que toque no coração de todos que circulam pela rede virtual.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua palavra,
à tua oração,
à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.
Fonte: Paulinas



Verde. 4ª-feira da 6ª Semana Tempo Comum

Evangelho - Mc 8,22-26

O cego ficou curado, e enxergava todas as coisas com nitidez.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 8,22-26

Naquele tempo:
22Jesus e seus discípulos chegaram a Betsaida.
Algumas pessoas trouxeram-lhe um cego
e pediram a Jesus que tocasse nele.
23Jesus pegou o cego pela mão,
levou-o para fora do povoado,
cuspiu nos olhos dele,
colocou as mãos sobre ele, e perguntou:
'Estás vendo alguma coisa?'
24O homem levantou os olhos e disse:
'Estou vendo os homens.
Eles parecem árvores que andam.'
25Então Jesus colocou de novo as mãos sobre os olhos dele
e ele passou a enxergar claramente.
Ficou curado,
e enxergava todas as coisas com nitidez.
26Jesus mandou o homem ir para casa,
e lhe disse: 'Não entres no povoado!'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Mc 8, 22-26

Jesus retira o homem do povoado, não o cura totalmente na primeira vez que lhe impõe as mãos, o deixa totalmente curado na segunda vez que lhe impõe as mãos e diz para ele não entrar no povoado. Esses elementos nos ajudam numa reflexão sobre o Evangelho de hoje. As pessoas vivem em sociedade e, geralmente, assumem integralmente os seus valores. Esses valores muitas vezes se tornam um obstáculo para a atuação da graça e para a verdadeira libertação dessas pessoas. Depois que a libertação acontece, essas pessoas não podem assumir novamente todos os valores da sociedade, pois voltarão a viver na escuridão do erro e do pecado.
Fonte CNBB



JESUS E O CEGO DE BETSAIDA Mc 8,22-26
HOMILIA

Temos neste texto uma narrativa bem característica do evangelista Marcos, rica em detalhes, destacando os toques, particularmente no uso da saliva. Marcos a introduz como prefácio da caminhada de Jesus com os discípulos de Cesaréia de Filipe até Jerusalém.
Depois de curas que causaram grande repercussão no território pagão da Palestina, Jesus e seus discípulos continuaram o itinerário até a região da Judéia, onde realiza a segunda multiplicação dos pães. Segue adiante o caminho exortando-os a não pensarem como pensam os fariseus e repreendendo-os para que se guardassem do fermento de Herodes. Atravessam a Judéia e retornam à Galiléia “e chegaram a Betsaida”. Esta cidade, vizinha de Cafarnaum, situava-se a noroeste do mar da Galiléia e foi berço de Pedro, André e Filipe. Aí nasceram, brincaram, cresceram, aprenderam os primeiros rudimentos da pesca e depois...
Pedro e André eram irmãos. André – de índole mais religiosa e mais contemplativa – era discípulo de João Batista. Um dia, estando em conversa com dois de seus discípulos, João viu Jesus que passava ao longe e exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus”. Eles o deixaram e seguiram Jesus, passando com ele aquele dia. Um deles era André. No dia seguinte foi ao encontro de Simão para lhe transmitir a notícia maravilhosa; “Encontramos o Messias (que quer dizer o Cristo); e ele o conduziu até a presença de Jesus.
            Marcos continua o seu relato dizendo que “trouxeram-lhe então um cego, rogando que ele o tocasse”. No capítulo seis do Evangelho narrado por Mateus (referindo-se ao tesouro), Jesus faz uma associação nos versículos 22 e 23 com a visão, dizendo: “O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado. Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará nas trevas. Se a luz que está em ti são trevas, quão espessas serão as próprias trevas!”
            A visão é um tesouro precioso que Deus nos deu. Os nossos olhos sadios podem contemplar a beleza do nascer e do por do sol; podem ver o desabrochar de um botão em flor; podem se extasiar diante do milagre da vida que resplandece a cada instante; como podem refletir a dor de uma perda, através de lágrimas que escorrem num rosto vazio de esperança; ou refletir o que transborda do nosso coração, porque – como dizia o poeta – “os olhos são o espelho da alma”.
            Esse homem era cego. A ansiedade que tomava conta de sua alma era indecifrável. Naquele instante ele sentia que estava frente a frente com Jesus – aquele que dissera certa vez: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12). Os seus olhos eram trevas, mas o seu coração começara a irradiar um tênue raio de luz.
            “Tomando o cego pela mão, Jesus levou-o para fora do povoado e cuspindo-lhe nos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: - Percebes alguma coisa?” E eu fico aqui imaginando o que se passava na mente daquele homem! A dúvida, a insegurança, o medo, a frustração, a decepção, os questionamentos interiores da fé: _E se eu abrir os olhos e não enxergar nada? Se a escuridão continuar, o que será de mim? O que dirão os que me trouxeram até ele?          
            O cego de Betsaida era um homem de carne e osso semelhante a nós, sujeito a todas essas dúvidas, embora nutrisse seu coração com minúsculas gotas de fé e de esperança. “Percebes alguma coisa? E ele começando a ver, disse: “Vejo as pessoas como se fossem árvores andando”. Que emoção! Que contentamento! São pobres palavras para expressar o sentimento de felicidade que perpassava pelo espírito radiante daquele homem. Ainda não estava vendo com nitidez, mas já sentira a luz atravessar todo o seu globo ocular e deixar aquela imagem, embora distorcida, gravada na sua retina.      “Em seguida ele colocou novamente as mãos sobre os olhos do cego que viu distintamente e ficou restabelecido e podia ver tudo nitidamente e de longe”. São palavras e gestos que curam o corpo, a alma e o coração.
            Tanto a cura da cegueira física quanto a cura da cegueira que envolve o espírito, se inserem dentro de um processo lento e gradativo. A conversão não acontece num passe de mágica ou num estalar de dedos. É um exercício constante, doloroso, é um exercício de poda. Jesus poderia ter curado este cego de uma vez; mas o curou em duas etapas para nos mostrar que devemos perseverar na fé e na esperança e acolher a sua vontade em nossa vida.
            A cura de nossa cegueira virá quando enxergarmos Jesus que vem até nós trazendo a Água Viva para lavar os nossos olhos contaminados pela concupiscência da carne e se fazendo Eucaristia para tocar em cada um de nós, fazendo brilhar a sua luz.
            Pai, abre meus olhos para que, pela fé, eu reconheça teu filho Jesus, e possa beneficiar-me da força libertadora que dele provém.
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla



1- LEITURA (VERDADE)

- O que a Palavra diz? Leio, na Bíblia, o texto do dia: Mc 8,22-26.
Agora procuro compreender melhor o texto do Evangelho. Algumas pessoas com visão levaram o cego a Jesus. O cego assumiu sua cegueira. Deixou-se conduzir pela mão por Jesus; deixou que o levasse para fora do povoado, e cuspisse nos seus olhos, impondo-lhe as mãos. "Estou vendo as pessoas como se fossem árvores andando", disse o homem. Ele via de forma confusa. Parece que lhe faltava mais luz, nitidez. Então, Jesus impôs de novo as mãos sobre os olhos dele e ele começou a enxergar perfeitamente. A conversão de qualquer pessoa passa também por um processo - vai enxergando aos poucos. Só se converte quem se deixa conduzir por Jesus Cristo, que se deixa tomar pelas mãos por Ele.
Fonte: Paulinas




2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

- O que a Palavra diz para mim? Também eu, você, confundimos pessoas com árvores, ou seja: ideal com realidade, pessoas com coisas.O homem via sem nitidez. Às vezes, no olhar da vida, perdemos a nitidez, quando somos permissivos, damos um "jeitinho" e a nossa fé vai ficando descolorida, sem brilho, sem expressão, sem luz, sem clareza. O apóstolo Paulo, quando perseguia os cristãos, caiu por terra e nada enxergava. Precisou da ajuda de Ananias, esteve três dias sem comer ou beber e sem enxergar. Às vezes, não enxergamos bem dentro de nós. Temos uma espécie espécie de embaçamento que pode ser causado pelo nosso egoísmo, superstições, nossas fraquezas, falta de perdão, inseguranças, mistura de crenças, inconstância, falta de solidariedade. São como "escamas", como aconteceu com Paulo. Disseram os bispos, em Aparecida: "Nossa maior ameaça é "a fé que vai se desgastando e degenerando em mesquinhez" A todos nós toca "recomeçar a partir de Cristo". (DAp 12). É preciso romper tudo isto que nos impede de ver e caminhar. Deixemos que Jesus nos tome pela mão.
Fonte: Paulinas




3- ORAÇÃO (VIDA)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com Paulo VI:
Oração para pedir a Fé
Senhor, eu creio, eu quero crer em Ti.
Senhor, faze que a minha fé seja total, sem reserva;
que ela penetre no meu pensamento e na minha maneira de
julgar as coisas divinas e as coisas humanas.
Fonte: Paulinas




4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? Um novo olhar e nova disposição:
Quero olhar o mundo e as pessoas como são, com o olhar transparente, limpo,
livre de distorções.
Fonte: Paulinas




BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Um comentário:

  1. Muito bom os esclarecimentos e real compreensão dos milagres.Que possamos,ver,ouvir com as palavras do Senhor,meu irmão,seja na família,na casa munida de ,ou melhor em todos os lugares donmundo com os olhos de Cristo .Amém

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