Pai,
que os casais cristãos,
unidos pelo sacramento do matrimônio,
saibam reconhecer e realizar
o mistério de comunhão
que os chama a viver.
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Verde. 6ª-feira da 7ª Semana Tempo Comum
Evangelho - Mc 10,1-12
O que Deus uniu, o homem não separe!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São
Marcos 10,1-12
Naquele tempo:
1Jesus foi para o território da Judéia,
do outro lado do rio Jordão.
As multidões se reuniram de novo, em torno de Jesus.
E ele, como de costume, as ensinava.
2Alguns fariseus se aproximaram de Jesus.
Para pô-lo à prova,
perguntaram se era permitido ao homem
divorciar-se de sua mulher.
3Jesus perguntou:
'O que Moisés vos ordenou?'
4Os fariseus responderam:
'Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio
e despedi-la'.
5Jesus então disse:
'Foi por causa da dureza do vosso coração
que Moisés vos escreveu este mandamento.
6No entanto, desde o começo da criação,
Deus os fez homem e mulher.
7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe
e os dois serão uma só carne.
8Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!'
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente,
perguntas sobre o mesmo assunto.
11Jesus respondeu:
'Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra,
cometerá adultério contra a primeira.
12E se a mulher se divorciar de seu marido
e casar com outro, cometerá adultério.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Mc 10,
1-12
A nossa vida é condicionada por leis que os homens fizeram,
às quais nós devemos nos submeter para viver na legalidade. Porém, devemos ter
consciência do fato de que, nem tudo o que é legal, é justo, no sentido pleno
da palavra. Podemos citar alguns exemplos como a questão dos juros: é legal
para o banco pagar menos de 1% ao mês para cadernetas de poupança e cobrar mais
de 10% ao mês por empréstimos que realiza. É legal na sociedade brasileira o
divórcio que, perante os olhos de Deus, não conduz o homem à justiça, mas sim
ao pecado e à morte, pois desrespeita compromissos e direitos de cônjuges,
filhos, da comunidade eclesial e da própria sociedade.
Fonte CNBB
JESUS FALA SOBRE O
DIVÓRCIO Mc 10,1-12
HOMILIA
Estamos diante dos fariseus que já tinham uma opinião
formada sobre a questão do divórcio. Eles não buscavam uma resposta, mas
armavam uma cilada para Jesus. Eles não estavam focados nos princípios de Deus
sobre o casamento, mas na concessão mosaica para o divórcio. O que queriam era
colocar Jesus contra Herodes. Foi nessa mesma região que João Batista foi preso
e degolado por denunciar o divórcio ilegal e o casamento ilícito de Herodes com
sua cunhada Herodias. Os fariseus instigavam Jesus a ter a mesma atitude de
João, pensando que com isso, teria o mesmo destino. O que os fariseus queriam
era que Jesus se tornasse intolerável em termos políticos e religiosos. Por
outra, eles queriam colocar à prova a ortodoxia de Jesus, para poderem acusá-lo
de heresia. Se Jesus dissesse que era lícito, ele afrouxaria o ensino de Moisés
sobre o divórcio. Mateus registra essa mesma pergunta acrescentando um dado
importante: “É lícito ao marido repudiar sua mulher por qualquer motivo”? (Mt
19.3). Moisés havia ensinado que se o homem encontrasse alguma coisa indecente
na mulher, lavraria carta de divorcio e a despediria (Dt 24.1). A grande
questão é entender o que significa essa “coisa indecente”.
Jesus não caiu na armadilha dos fariseus. Ele respondeu a
pergunta deles com outra pergunta, abrindo a porta para a verdadeira
interpretação sobre a concessão de Moisés acerca do divórcio. Algumas verdades
são destacadas aqui:
Deus instituiu o casamento, não o divórcio. O casamento é a
expressa vontade de Deus, não o divórcio. No princípio, quando Deus instituiu o
casamento (Gn 1.27; 2.24), antes da queda humana, não havia nenhuma palavra
sobre divórcio. Ele é fruto do pecado. Ele é resultado da dureza do coração.
Enquanto o casamento é digno de honra entre todos (Hb 13.4), Deus odeia o
divórcio (Ml 2.16).
Jesus como supremo intérprete da Escritura diz que Moisés
não mandou divorciar por qualquer motivo, ele permitiu por um único motivo, a
dureza de coração (10.4,5; Mt 19.8). Mateus registra a pergunta dos fariseus
assim: “Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar”? (Mt
19.7). Na verdade, Moisés nunca mandou. O divórcio nunca é um mandamento ou
ordem, mas uma permissão e uma permissão regida por balizas bem estreitas, ou
seja, a dureza da coração.
O casamento foi instituído por Deus, o divórcio não. O
casamento é ordenado por Deus, o divórcio não. O casamento agrada a Deus, o
divórcio não. Deus ama o casamento, mas odeia o divórcio. Deus permite o
divórcio, mas jamais o ordena. Ele jamais foi o ideal de Deus para a família.
“Vocês ouviram a apelação dos mestres judeus sobre
Deuteronômio 24:1, com a intenção de consubstanciar uma prática que permita aos
maridos divorciar-se, livremente e a seu bel-prazer, de suas esposas,
fornecendo-lhes simplesmente um estúpido documento legal de transação”. “Mas eu digo a vocês”, continuou Jesus, que
tal comportamento irresponsável da parte do marido fará com que ele, sua esposa
e os novos parceiros tenham uniões que não constituem casamentos, mas
adultérios. Neste princípio geral, temos uma exceção. A única situação em que o
divórcio e o novo casamento são possíveis sem transgredir o sétimo mandamento é
quando o casamento já foi quebrado por algum sério pecado sexual.
Não
podemos esquecer que o divórcio existe por causa da dureza do coração humano.
Tanto o contexto anterior como todo ensino da Bíblia fala de reconciliação
[arrependimento e perdão]. O padrão é o coração de Deus, não o coração duro do
homem. Antes de falarmos de divórcio temos que falar sobre o que é casamento e
sobre reconciliação. Depois dessa compreensão é que podemos achar espaço para
falarmos de divórcio. O divórcio por questões banais: o amor acabou, achou
alguém mais atraente, não sinto mais nada, não há comunicação. Se você entrar
para o divórcio, se houver outro casamento haverá adultério, pois mesmo se
legalmente for aprovado, diante do Senhor você é casado com o cônjuge. O
divórcio não é a resposta, abre ferida. As conseqüências são terríveis para
todos.
A solução é o perdão não o divórcio. Conclusão: Dicas para proteger seu
matrimônio: 1. Ponha Deus em primeiro lugar. 2. Ponha Seu Cônjuge em primeiro
depois de Deus. Não são os filhos. 3.
Comunique-se Diariamente com Seu Cônjuge. Fale de suas necessidades. 4. Gaste
Tempo a sós com seu cônjuge. 5. Elogie Seu Cônjuge Regularmente, Reservadamente
e Publicamente. 6. Tenha expectativas realistas. 7. Tenha determinação de
permanecer casado. 8. Pese o Custo humano de Divórcio - Advogado, pensão, os
efeitos nas crianças, reputação. 9.
Aprenda a Crescer nas Dificuldades. 10. Peça ajuda de alguém na crise.
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do
matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a
viver.
Fonte Homilia Padre Bantu
Mendonça Katchipwi Sayla
LEITURA ORANTE
ORAÇÃO INICIAL
Preparo-me para a leitura Orante, rezando,
com todos que se encontram neste ambiente virtual
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
1- LEITURA (VERDADE)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 10,1-12, e observo
as recomendações de Jesus.
Jesus recorda neste trecho que a lei de Moisés (Dt 24,1-3)
tentava proteger os direitos da mulher, mesmo concedendo vantagem ao homem. Os
fariseus querem "conseguir uma prova contra ele, Jesus". Apresentam-lhe
a questão, partindo de Moisés, supondo que Jesus negue a lei. Jesus aceita o
desafio. Refere-se ao Gênesis e ao Deuteronômio. Reporta-se ao projeto original
de Deus (Gn 1,27) que busca a igualdade entre os cônjuges e a entrega total e
duradoura que une. "Ninguém separe o que Deus uniu", diz Jesus.
Cônjuge vem de conjugar, significa "unir sob um jugo", apegar-se e
aderir.
2- MEDITAÇÃO
(CAMINHO)
O que o texto diz para mim, hoje?
Fala-me de ensinamentos e gestos de Jesus que são
fundamentais para uma vida cristã. Os bispos, em Aparecida, recordaram:
"O fato de sermos amados por Deus enche-nos de alegria.
O amor humano encontra sua plenitude quando participa do amor divino, do amor
de Jesus que se entrega solidariamente por nós em seu amor pleno até o fim (cf.
Jo 13,1; 15,9). O amor conjugal é a doação recíproca entre um homem e uma
mulher, os esposos: é fiel e exclusivo até a morte e fecundo, aberto à vida e à
educação dos filhos, assemelhando-se ao amor fecundo da Santíssima Trindade. O
amor conjugal é assumido no Sacramento do Matrimônio para significar a união de
Cristo com sua Igreja. Por isso, na graça de Jesus Cristo ele encontra sua
purificação, alimento e plenitude ( Ef 5,23-33)." (DAp 117).
3- ORAÇÃO (VIDA)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, a Oração da Paz pedindo esta paz para as famílias.
Senhor,
Fazei-me um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado,
Pois é dando que recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA
E MISSÃO)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar e oração é orientado para as famílias que
sofrem a desintegração e se encontram perdidas.
BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito
Santo. Amém.
Fonte Leitura Orante Ir.
Patrícia Silva, fsp – Paulinas
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