Vermelho. 6ª-feira da 24ª Semana Tempo Comum
Ss. André Kim Taegon Presb, Paulo Chong Hasang e Comps. Mts.
memória
Evangelho - Lc 8,1-3
Andavam com ele várias mulheres que ajudavam a Jesus
e aos discípulos com os bens que possuíam.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
8,1-3
Naquele tempo:
1Jesus andava por cidades e povoados,
pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus.
Os doze iam com ele;
2e também algumas mulheres
que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças:
Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios;
3Joana, mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes;
Susana, e várias outras mulheres
que ajudavam a Jesus e aos discípulos
com os bens que possuíam.
Palavra da Salvação.
Reflexão - Lc 8, 1-3
Assim como Jesus não parava, mas vivia caminhando de um lado
para o outro anunciando a chegada do Reino de Deus, a sua Igreja não pode ficar
parada. Ela deve ir sempre ao encontro do outro, abrir novas fronteiras no
trabalho evangelizador para que todos possam ter a oportunidade de conhecer o
Reino de Deus, assim como livremente optar por ele. Para realizar a sua missão,
a Igreja deve, assim como o divino Mestre, envolver o maior número possível de
pessoas, sem distinção entre elas, que queiram colocar a sua vida a serviço do
Reino de Deus, como fizeram as mulheres, conforme nos narra o Evangelho de hoje.
A MULHER NÃO É
PRODUTO DE COMÉRCIO Lc 8,1-3
HOMILIA
Jesus tinha um grupo de discípulas, formado de mulheres que
o seguia por dois motivos: Primeiro,
eram mulheres que foram curadas por Jesus, e em sinal de gratidão o seguiam
para ajudá-lo em sua caminhada, pois eram mulheres ricas. Vejam que uma delas era nada mais nada menos
a Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes. Não era fraca não! O segundo
motivo destas mulheres seguirem Jesus, é que a situação da mulher naqueles
tempos era de grande humilhação, inferioridade
e discriminação por parte dos homens, não havendo nenhuma consideração
de igualdade entre marido e mulher, muito pelo contrário a mulher servia apenas
para procriar.
Como
Jesus, era contra todo tipo de discriminação e preconceito, defendia a
igualdade da mulher em relação ao seu marido. Mais uma motivo de gratidão
daquelas mulheres para seguir o Mestre e o ajudar em sua caminhada. Assim O grupinho das discípulas de Jesus
estava ligado a ele por laços de afeto e gratidão. Não se tratava de fãs, nem
de paquera, como alguém possa pensar. Jesus aceita essa colaboração do grupo
feminino, vendo isso de uma forma sadia e como uma ajuda muito bem-vinda. E essas mulheres são tratadas em pé de
igualdade com os discípulos e sua tarefa consistia em prestar assistência a
Jesus com seus bens, e, assim, aliviá-lo de certas preocupações materiais,
inevitáveis para qualquer ser humano.
Comparando
aquelas mulheres com as de hoje, percebemos que todo extremismo acarreta uma
situação oposta. A posição de
inferioridade da mulher em relação ao homem gerou o movimento de libertação
feminina que analisado nos mínimos detalhes, resultou em um movimento de
desvalorização feminina. Isto porque,
libertação feminina não pode ser interpretada como libertinagem feminina. Constantemente vemos garotas dizendo e
gritando palavrões pela rua. Certamente, isto não é libertação
feminina, mais sim desvalorização da menina.
Por outro lado, ser livre, não é ser promíscua, não é fazer
o que lhe vem na cabeça. Ser livre não é fugir do casamento, fugir de construir
uma família, e botar filhos no mundo sem pensar nas consequências. Ser livre não é promover os famosos encontros
de “ficar por ficar” com um rapaz sem compromisso. Isto é tornar-se coisa, é
instrumentalizar-se, para não dizer escravizar-se. É tornar-se objeto de prazer
dos homens. É isso que quer dizer emancipação? Liberdade e igualdade de
direitos? O que é ser mulher para ti? Não tenho nada contra estas meninas que
agem assim, pois elas não têm culpa, pois são vítimas de uma mídia que as
ensinou que liberdade da mulher significa vulgarizar a mulher, significa
comercializar o seu próprio corpo e personalidade. Sabia de alguma coisa? A
mulher não tem de ser submissa nem de ser vista como objeto de prazer, ou de
procriação. Mas precisa se valorizar, e ser valorizada pela sociedade a partir
dela mesma. Você que é mulher não se conceder uma melancia, mulher produto.
Porque estando no mercado serás comercializada. E quanto mais saturação do
mercado, menos valor terá. Sabemos que no mundo as mulheres são mais do que os
homens. Mas isso não significa que você se coloque nas prateleiras do
supermercado, da feira e do shopping Center! É você que tem que trabalhar a sua
própria personalidade e personeidade. Precisa ser tratada em pé de igualdade
pelos homens. E não em pé de mercadoria ou comida, carro, casa, material de
higiene etc.
É verdade que existem moças que por causa deste ou de outro
motivo se tornaram escravas do sexo, o que não justifica a sua conduta. Mas
também, mãe solteira, por exemplo, não pode ser discriminada, pois são nossas
irmãs em Cristo e precisam ser acolhidas, orientadas e se possível,
evangelizadas. Desse jeito, estamos dando à mulher, o valor que ela merece,
assim como nós gostaríamos que fosse tratada a nossa mãe. E não nos esqueçamos
que sempre atrás de um grande homem, está sempre uma grande mulher.
Pai, reveste-me do amor e da fidelidade necessárias para ser
servidor do Reino. Que eu demonstre meu reconhecimento a ti, colocando minha
vida a serviço do meu próximo.
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
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