Verde. 6ª-feira da 21ª Semana Tempo Comum
Evangelho - Mt 25,1-13
O noivo está chegando. Ide ao seu encontro.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
25,1-13
Naquele tempo,
disse Jesus, a seus discípulos, esta parábola:
1'O Reino dos Céus é como a história das dez jovens
que pegaram suas lâmpadas de óleo
e saíram ao encontro do noivo.
2Cinco delas eram imprevidentes,
e as outras cinco eram previdentes.
3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas,
mas não levaram óleo consigo.
4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo
junto com as lâmpadas.
5O noivo estava demorando
e todas elas acabaram cochilando e dormindo.
6No meio da noite, ouviu-se um grito:
`O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!'
7Então as dez jovens se levantaram
e prepararam as lâmpadas.
8As imprevidentes disseram às previdentes:
`Dai-nos um pouco de óleo,
porque nossas lâmpadas estão se apagando.'
9As previdentes responderam:
`De modo nenhum,
porque o óleo pode ser insuficiente
para nós e para vós.
É melhor irdes comprar aos vendedores'.
10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou,
e as que estavam preparadas
entraram com ele para a festa de casamento.
E a porta se fechou.
11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram:
`Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!'
12Ele, porém, respondeu:
`Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!'
13Portanto, ficai vigiando,
pois não sabeis qual será o dia, nem a hora.
Palavra da Salvação.
Reflexão - Mt 25,
1-13
A Igreja, que somos todos nós, é a esposa de Cristo, e
realiza sua maior felicidade no relacionamento com ele, relacionamento que
exige de todos nós fidelidade, amor e sensatez, ou seja, uma fé vigilante, que
faz com que vivamos constantemente na presença de Jesus, Luz que ilumina nossa
vida e não permite que vivamos nas trevas do erro. Como vivemos na presença de
Jesus e somos iluminados por ele, nossa fé é cada vez mais ativa e torna-se luz
para as pessoas, de modo que todos possam descobrir-se amados por Deus, busquem
constantemente um relacionamento com ele, e assim estejam sempre prontos para o
momento em que esse relacionamento atingirá sua plenitude, quando seremos todos
um só em Cristo.
AS DEZ MOÇAS Mt
25,1-13
HOMILIA
As bodas
nupciais naquele tempo era uma cerimônia sem pompa realizada pelos pais dos
nubentes, mas com efeito jurídico, isto é, já eram marido e esposa, mas sem
efeito social, porque cada nubente continuava na casa dos pais, durante o
período aproximado de um ano, até o marido ter a casa pronta. O dia das
núpcias, em que começavam a viver juntos, era solene de acordo com as posses. A
esposa com um grupo de amigas, depois do sol posto, esperava em sua casa o
marido, que também vinha acompanhado de pajens. À sua chegada, as jovens
saíam-lhe ao encontro com lamparinas ou tochas acesas, e o cortejo todo, ao som
de instrumentos e cânticos, dirigia-se para a sala do festim. A sogra punha na
cabeça do moço uma coroa; traziam-lhe a noiva, fechavam definitivamente a porta
e começava o banquete com homens separados das mulheres.
O esposo é Cristo, que celebra as núpcias, trata-se de uma
aliança eterna, com seus seguidores no cristianismo, na Igreja. As dez jovens
representam a universalidade dos cristãos. As lâmpadas simbolizam a fé. O óleo
é o amor a Deus traduzido nas boas obras em favor do próximo. A espera na casa
da noiva é o tempo da vida presente. O cochilo imprevidente é a despreocupação
pela outra vida. A chegada do esposo é a hora imprevista da morte. O grito é a
chamada de todos ao julgamento, antes particular, depois geral. O óleo que as
imprevidentes não ganharam das companheiras significa que, na passagem desta
vida para a outra, cada qual levará apenas a luz de sua fé e o óleo de suas
boas obras, sem possibilidade de apropriar-se do bem omitido. A porta fechada é
a separação de bons e maus na outra vida. O festim nupcial é a felicidade do
céu (cf. Ap 19,9).
Esta parábola é uma alegoria da união de Cristo com seus
seguidores, que vivem juntos e se parecem. Mas os que vivem a sua fé são trigo;
os outros que só salvam as aparências porque não vivem o que crêem, são joio:
faltam-lhes as boas obras, não amam o Senhor, o que vale dizer, são
desconhecidos do cortejo do Cordeiro e acabam fora da porta. A incerteza do
momento final é estímulo para andarmos sempre na intimidade de Deus. O óleo das
boas obras é um bem estritamente pessoal. Se não as tenho na vida, não as
comprarei na morte. Por isso, precisamos você e eu irmos providenciando
enquanto é tempo todo o material necessário para que se o novo se demorar nós
não nos preocupemos com nada mais senão pelo tempo da demora. Certos de que ele
em breve virá. Tarde embora, mas não facha. Que a santidade da tua vida apresse
a vinda do Senhor!
Ensina-me, Senhor, a viver sempre pronto para uma longa
demora como para uma vinda súbita da última hora. Que eu veja, Senhor, que a
prática do bem neste mundo só me faz crescer, só me traz felicidade, só dá
sentido à vida, e que a casa da minha eternidade é construída só com o material
do bem que pratico agora. Amém.
Fonte homilia: Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
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