domingo, 2 de junho de 2013

LITURGIA E HOMILIE DIÁRIA - Mc 12,1-12 - 03.06.2013 - Agarraram o filho querido, o mataram, e o jogaram fora da vinha.

Vermelho. 2ª-feira da 9ª Semana Tempo Comum
S. Carlos Lwanga e Comps. Mts, memória
   
Evangelho - Mc 12,1-12

Agarraram o filho querido, o mataram,
e o jogaram fora da vinha.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,1-12

Naquele tempo:
1Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes,
mestres da Lei e anciãos, usando parábolas:
'Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar
e construiu uma torre de guarda.
Depois arrendou a vinha a alguns agricultores,
e viajou para longe.
2Na época da colheita,
ele mandou um empregado aos agricultores
para receber a sua parte dos frutos da vinha.
3Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele,
e o mandaram de volta sem nada.
4Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado.
Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram.
5Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram.
Trataram da mesma maneira muitos outros,
batendo em uns e matando outros.
6Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido.
Por último, ele mandou o filho até aos agricultores,
pensando: 'Eles respeitaróo meu filho'.
7Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros:
'Esse é o herdeiro.
Vamos matá-lo, e a herança será nossa'.
8Então agarraram o filho, o mataram,
e o jogaram fora da vinha.
9Que fará o dono da vinha?
Ele virá, destruirá os agricultores,
e entregará a vinha a outros.
10Por acaso, não lestes na Escritura:
'A pedra que os construtores deixaram de lado,
tornou-se a pedra mais importante;
11isso foi feito pelo Senhor
e é admirável aos nossos olhos'?'
12Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus,
pois compreenderam que havia contado a parábola para eles.
Porém, ficaram com medo da multidão
e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.
Palavra da Salvação.



Reflexão - Mc 12, 1 12

O que aconteceu com os vinhateiros apresentadas na parábola do evangelho de hoje pode acontecer a todos nós principalmente quando nos deixamos levar pelo desejo de ter poder e de ter riquezas, que nos leva à tentação de nos apossarmos de tudo, inclusive das coisas de Deus e até mesmo do próprio Deus e a queremos usar de tudo isso em nosso próprio benefício. Quando fazemos isso, estamos na verdade rejeitando a presença do próprio Cristo em nossas vidas, que se dá também por meio dos pobres e necessitados que procuram a misericórdia do nosso coração e não o nosso autoritarismo e a nossa prepotência em relação a eles.



HOMILIA

Iniciamos hoje o Tempo da Igreja! Depois da Festa do Pentecostes, os discípulos dão enviamos para como agricultores produzirem frutos. É o tempo da primavera, o tempo comum batendo a tua porta para que possas florir e dar muitos frutos que permaneçam a vida inteira. São Marcos nos presenteia hoje a parábola dos maus agricultores.

Nesta parábola, Jesus está mostrando o caráter dos líderes judeus, que tinham rejeitado os profetas de Deus e estavam se preparando para rejeitar e matar seu Filho amado.

Na aplicação da parábola, apesar da prepotência e violência nela contida, Deus pode ser entendido como o proprietário da vinha. A vinha, conforme a tradição profética é o povo amado por Deus. Os agricultores violentos são os chefes religiosos, que oprimem, exploram o povo e procuram eliminar quem busca libertação. Eles entenderam que Jesus falava deles. Irritam-se e procuram prendê-lo.

Jesus é o herdeiro de Deus e nós, “feitos filhos de Deus”, ganhamos o privilégio de também sermos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo Jesus. Que bênção, que privilégio Ele nos concede!

No texto de hoje, Jesus dá a conhecer a todos o que os religiosos do tempo tinham escondido nas entranhas do coração - tinham-se apoderado da vinha, consideravam-na sua e não administradores dela! Quantos de nós, hoje, temos “subidos acima da chinela” e nos temos por donos do que é de Deus, e não mais mordomos.

É preciso deixar o lugar que não nos pertence e retomarmos o lugar de servos e despenseiros de Deus, trabalhando de alma e coração. Como é que te consideras em relação às coisas de Deus? Dono, senhor ou despenseiro? Convém que sejamos bons despenseiros da graça de Deus.

Quantos conflitos evitaríamos na causa de Deus se, em vez de nos “armarmos” em donos da vinha de Deus, assumíssemos, com submissão e gratidão, o privilégio de mordomos fiéis do nosso Pai do Céu.

Fiquemos certos que, no tempo próprio, Deus nos chamará, com Sua autoridade e poder: muito bem, servo bom e fiel, porque foste fiel no pouco; entra no gozo do Senhor. Toma, agora, posse da tua herança, por teres aceite a capacidade de crer: a todos quantos O receberam, deu-lhes a graça de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu Nome.

Pai, porque és misericordioso, nunca te cansas de querer levar a mim e a toda a humanidade para junto de ti. Que eu perceba e acolha a manifestação deste teu imenso amor e me converta no agricultor que produza bons frutos no devido tempo e os entregue a Vós!

PADRE BANTU MENDONÇA K. SAYLA

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