Vermelho. São Barnabé, apóstolo, Memória
Evangelho - Mt 10,7-13
De graça recebestes, de graça deveis dar!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus
10,7-13
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
7"Em vosso caminho, anunciai:
`O Reino dos Céus está próximo'.
8Curai os doentes, ressuscitai os mortos,
purificai os leprosos, expulsai os demônios.
De graça recebestes, de graça deveis dar!
9Não leveis ouro nem prata
nem dinheiro nos vossos cintos;
10nem sacola para o caminho,
nem duas túnicas nem sandálias nem bastão,
porque o operário tem direito ao seu sustento.
11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes,
informai-vos para saber quem ali seja digno.
Hospedai-vos com ele até a vossa partida.
12Ao entrardes numa casa, saudai-a.
13Se a casa for digna,
desça sobre ela a vossa paz;
se ela não for digna,
volte para vós a vossa paz.
Palavra da Salvação.
REFLEXÃO
Como parte do discurso missionário, nosso texto é a
sequência do chamado dos doze discípulos, entre os quais Barnabé, cuja festa
celebramos (Mt 10,1-4). Mais especificamente, nossa perícope é parte das
recomendações dadas por Jesus aos discípulos acerca da missão dos Doze (cf. v.
5).
O anúncio (v. 7) deve ser acompanhado de gestos que libertam
as pessoas das amarras do mal (vv. 8-16), mal que impede o Reino de Deus de ser
reconhecido como próximo, e impede o ser humano de ceder à atração do Senhor. O
conteúdo do anúncio é a proximidade do Reino de Deus; cercanias, em primeiro
lugar, da pessoa de Jesus Cristo. Pela sua palavra e gestos, Deus guia a vida
da humanidade. O despojamento deve marcar a vida daquele que é enviado. Sua
confiança não deve estar nos meios pelos quais a missão é realizada, nem sua
segurança nos bens. Sua confiança e segurança devem estar naquele que os enviou
e na sua palavra. A paz a ser oferecida é a paz do Messias, de Jesus Cristo
Ressuscitado, paz que deve ser oferecida, mas não imposta (cf. v. 12).
Carlos Alberto Contieri, sj
HOMILIA
A narrativa do envio missionário dos Doze apóstolos está
presente nos três Evangelhos sinóticos. Ela é semelhante ao envio dos setenta e
dois em Lucas (cf. 26 jan.). Percebe-se que ela exprime normas para a ação
missionária nas primeiras comunidades, a partir da memória do ministério de
Jesus.
Após o chamado dos doze apóstolos, Jesus os envia em missão,
fazendo-lhes várias recomendações. A primeira recomendação é que o Reino do Céu
está perto. Portanto, todo o mundo inteirando-se da sua aproximação tem de
estar de sobreaviso. É preciso que os Apóstolos participem do ministério do
Mestre: Curem os leprosos e outros doentes, ressuscitem os mortos e expulsem os
demônios.
Eles devem continuar a missão de Jesus: dar vida, devolver a
liberdade e resgatar a dignidade das pessoas oprimidas.
São enviados para fazer toda a espécie de bem sem cuidarem
de recompensa e a não se preocuparem de quem. Contando se cumpra o projeto de
Deus e o dia do juízo não venha a surpreender alguém.
Este convite hoje é feito à mim como sacerdote, consagrado
ou consagrada. Leigo ou leiga. Todos somos convocados a anunciar o Reino dos
Céus. Mas muitas vezes nos falta a coragem de sair de nós mesmos para O ir
anunciar. Peçamos a ele que envie muitos e santos sacerdotes. Muitos e santos
casais sem nos preocuparmos com o que haveremos de receber em troca.
Lembro-te que o despojamento é um ato de libertação do
missionário para colocar-se inteiramente a serviço da missão. É um ato de
confiança na providência de Deus, que opera através dos homens e mulheres aos
quais são enviados, e que acolherão estes missionários.
Por isso reze comigo: Senhor Jesus ensinai-me a ser
generoso. A servir-Vos como Vós o mereceis. A dar-me sem medidas a combater sem
cuidar das feridas, a trabalhar sem procurar descanso a gastar-me sem esperar
outra recompensa senão saber que faço a vossa vontade santa. Pai, faze de mim
um instrumento para a construção da paz desejada por Jesus. Paz que se constrói
na comunicação dos bens divinos a cada pessoa humana.
Postado por Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
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