segunda-feira, 3 de junho de 2013

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 12,13-17 - 04.06.2013 - Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

Verde. 3ª-feira da 9ª Semana Tempo Comum
    
Evangelho - Mc 12,13-17

Dai a César o que é de César,
e a Deus o que é de Deus.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,13-17

Naquele tempo:
13As autoridades mandaram alguns fariseus
e alguns partidários de Herodes,
para apanharem Jesus em alguma palavra.
14Quando chegaram, disseram a Jesus:
'Mestre, sabemos que tu és verdadeiro,
e não dás preferência a ninguém.
Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem,
mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus.
Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César?
Devemos pagar ou não?'
15Jesus percebeu a hipocrisia deles, e respondeu:
'Por que me tentais?
Trazei-me uma moeda para que eu a veja.'
16Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou:
'De quem é a figura e a inscrição que está nessa moeda?'
Eles responderam: 'É de César.'
17Então Jesus disse:
'Dai, pois, a César o que é de César,
e a Deus o que é de Deus.'
E eles ficaram admirados com Jesus.
Palavra da Salvação.



Reflexão - Mc 12, 13-17

Dois pontos nos são sugeridos pelo Evangelho de hoje. O primeiro é: por que nos aproximamos de Jesus? Condenamos as autoridades porque mandaram pessoas até Jesus para o apanharem em alguma palavra, mas muitas vezes nos aproximamos de Jesus para a satisfação de nossos interesses pessoais e não para o encontro pessoal com aquele que é nosso Deus e que nos ama com amor eterno. O segundo é: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, o que significa que César deve dar a Deus o que é de Deus, de modo que Jesus nos mostra também as responsabilidades dos dirigentes das nações em relação a Deus e nós devemos cobrar isso deles.





HOMILIA

No tempo de Jesus, o povo da Palestina pagava muitos impostos, taxas, tributos e dízimos, tanto aos romanos como ao Templo. O império romano invadiu a Palestina no ano 63 ac. e passou a exigir muitos impostos e tributos. Pelos cálculos feitos, metade ou mais do orçamento familiar era para os impostos, tributos, taxas e dízimos. Os impostos exigidos pelos romanos eram de dois tipos: direto e indireto:
O imposto Direto era sobre as propriedades e sobre as pessoas. Imposto sobre as propriedades (tributum soli): os fiscais do governo verificavam o tamanho da propriedade, da produção e do número de escravos e fixavam a quantia a ser paga. Periodicamente, havia nova fiscalização através dos censos. Imposto sobre as pessoas (tributum capitis): era para as classes pobres sem terra. Incluía tanto homens como mulheres entre 12 e 65 anos. Era sobre a força do trabalho: 20% da renda de cada pessoa era para o imposto.
O imposto Indireto era sobre transações variadas. Coroa de ouro: Originalmente, era um presente ao imperador, mas tornou-se um imposto obrigatório. Era cobrado em ocasiões especiais como festas e visitas do imperador. Imposto sobre o sal: o sal era o monopólio do imperador. Só era tributado o sal para uso comercial. Por exemplo, o sal usado pelos pescadores para comercializar o peixe. Daqui vem a nossa palavra “salário”. Imposto na compra e venda: Em cada transação comercial pagava-se 1%.
A cobrança era feita pelos fiscais na feira. Na compra de um escravo exigiam-se 4%. Em cada contrato comercial registrado, exigiam-se 2%. Imposto para exercer a profissão: Para tudo se precisava de licença. Por exemplo, um sapateiro na cidade de Palmira pagava um denário por mês. Um denário era o equivalente ao salário de um dia. Até as prostitutas tinham que pagar. Imposto sobre o uso de coisas de utilidade pública: O imperador Vespasiano introduziu o imposto para se poder usar as privadas públicas em Roma. Ele dizia “Dinheiro não fede!”
É necessário que eles ontem e nós hoje aprendamos a estabelecer de uma vez por todas que existem o poder temporal e àquele atemporal. O poder deste mundo passageiro e o do mundo que não tem fim. Ao se referir a César, Ele ensina que enquanto estivermos no mundo, embora não lhe pertençamos devemos tenhamos a capacidade e o espírito de discernimento entre o que pertence a terra e o que pertence ao reino do céu. Que saibamos exercer com dignidade a nossa cidadania obedecendo as autoridades legalmente instituídas pelo Estado. Que assumamos os nossos deveres e usufruamos dos nossos direitos dentro e fora da nossa Pátria.
Meu irmão minha irmã se dum lado somos chamados a vivermos a sobriedade nas nossas palavras para não nos condenamos como os fariseus do evangelho de hoje, por outro lado Jesus chama-nos atenção a que não tenhamos outro senhor a quem adoremos, simbolizado pelo pagamento de impostos, a que nas nossas relações com os nossos irmãos e irmãs não tenhamos outra moeda senão a do amor de Jesus Cristo. Pois sem Ele ninguém entrará no Reino do Céu!
Pai, tudo quanto existe no universo te pertence. Ensina-me a subordinar tudo ao teu querer e a considerar-te a medida de tudo.

Postado por Bantu Mendonça Katchipwi Sayla

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