Liturgia Diária
2 – SEXTA-FEIRA
1ª SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I ou IA, – ofício do dia)
O Senhor descerá com esplendor, para visitar o seu povo na paz e fazê-lo viver a vida eterna.
O mundo se tornará melhor com a ação benfazeja de Deus, mas também com a colaboração do ser humano. Esta liturgia nos motive a confiar plenamente no Senhor, nossa “luz e salvação”.
Evangelho: Mateus 9,27-31
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade, / e ele há de iluminar os olhos dos seus servos! – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi!” 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então, Jesus perguntou-lhes: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor”. 29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”. 30E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”. 31Mas eles saíram e espalharam sua fama por toda aquela região. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 9,27-31
«Jesus lhes perguntou: Acreditais que eu posso fazer isso? Eles responderam: Sim, Senhor»
+ Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)
Hoje, nesta primeira Sexta-Feira de Advento, o Evangelho apresenta-nos três personagens: Jesus no centro da cena, e dois cegos que se aproximam cheios de fé e com o coração esperançado. Tinham ouvido falar Dele, da sua ternura para com os doentes e do seu poder. Estes traços identificavam-No como o Messias. Quem melhor que Ele podia tomar a seu cargo a sua desgraça?
Os dois cegos unem-se e, em comunidade, dirigem-se ambos a Jesus. Em uníssono fazem uma oração de petição ao Enviado de Deus, ao Messias, a quem chamam “Filho de Davi”. Querem, com a sua oração, provocar a compaixão de Jesus: «Tem compaixão de nós, filho de Davi!» (Mt 9,27).
Jesus interpela a sua fé: «Acreditais que eu posso fazer isso?» (Mt 9,28). Se eles se aproximaram do Enviado de Deus é precisamente porque acreditam Nele. A uma só voz fazem uma bela profissão de fé, respondendo: «Sim, Senhor» (Ibidem). E Jesus concede a vista àqueles que já viam pela fé. De fato, acreditar é ver com os olhos do nosso interior.
Este tempo de Advento é o adequado, também para nós, para procurar Jesus com um grande desejo, como o dos cegos, fazendo comunidade, fazendo Igreja. Com a Igreja proclamamos no Espírito Santo: «Vem, Senhor Jesus» (cf, Ap 22,17-20). Jesus vem com o seu poder de abrir completamente os olhos do nosso coração, e fazer que vejamos, que acreditemos. O Advento é um tempo forte de oração: tempo para fazer oração de petição e, sobretudo, oração de profissão de fé. Tempo de ver e de acreditar.
Recordemos as palavras do Pequeno Príncipe: «O essencial só se vê com o coração».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Ensina-me a procurar-te e mostra-te a quem te procura; porque não posso procurar por ti, a menos que me ensines, e não posso encontrar-te se não te manifestares. Desejando, te procurarei; procurando, te desejarei; amando, te encontrarei e encontrando-te, te amarei» (Santo Anselmo)
«Jesus mesmo, quando ensinava a rezar, dizia que se fizera como um amigo inoportuno. Rezar é um pouco como incomodar a Deus para que nos escute. É atrair os olhos, atrair o coração de Deus para conosco» (Francisco)
«O pedido insistente dos cegos: “Tem compaixão de nós, filho de Davi” (Mt 9,27) ou “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim” (Mc 10,47) foi retomado na tradição da oração a Jesus: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tem piedade de mim, pecador!”. Quer na cura das enfermidades, quer na remissão dos pecados, Jesus responde sempre à oração que implora com fé: “Vai em paz, tua fé te salvou!”» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2616)
Fonte https://evangeli.net/
JESUS CURA DOIS CEGOS - Mt 9,27-31
HOMILIA
A narrativa deste milagre da cura dos dois cegos, nos lança para uma série de milagres que Jesus faz e serve como que a preparação para a missão dos doze apóstolos. Aqui vemos Jesus como o iluminador ( cf Jo 1,5-9 ). E com o seu milagre se confirma a fé em seu messianismo: Jesus é da descendência de Davi ( Mt 1,1 ).
O pequeno diálogo com os dois cegos serve para despertar e medir-lhes a fé tanto à eles como a todas as comunidades, estimulando-as à ação missionária. Mateus faz aqui uma adaptação da narrativa da cura de dois cegos em Jericó (Mt 20,29-34), quando Jesus se aproximava de Jerusalém. O grito dos cegos, “Senhor, filho de Davi…”, significa que eles consideravam Jesus como um messias poderoso, um novo Davi, nisto consistindo sua cegueira. Contudo, eles querem ver e entender melhor. Conforme a leitura de Isaías, feita por Jesus na sinagoga de Nazaré (Lc 4,18), a missão libertadora profética implicava restituir aos cegos a visão. Por outro lado vemos a servera ordem de Jesus que quer impedir o fatal mal-entendido de ver n’Ele apenas um curandeiro, um fazedor de coisas espantosas conforme a tendência popular.. A fé em Jesus e a acolhida de sua Palavra nos iluminam a fim de que compreendamos verdadeiramente sua missão libertadora, na revelação do amor pleno e misericordioso de Deus.
Somos todos cegos e para sermos curados, devemos reconhecer Jesus e almejar a sua luz. Ter a humildade de pôr-se na estrada e suplicar ao Senhor que passa. «Jesus Filho de Davi tem compaixão de nós ». Ele não entra em nós sem a nossa permissão: espera que lhe abraços as partas dando-lhe livre acesso. Abramos-lhe senão for uma porta ao menos um orifício para que entrando, nos possa curar a cegueira da nossa vida.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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