Liturgia Diária
19 – SÁBADO
SANTOS ROQUE, AFONSO E JOÃO
PRESBÍTEROS E MÁRTIRES
(vermelho, pref. comum, ou dos mártires, – ofício da memória)
Por amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra. Por isso, sua recompensa é eterna.
Apesar das perseguições, os cristãos alcançam a vitória sobre as forças do mal, graças à fé na ressurreição de Cristo. No século 17, em defesa dos povos indígenas da América do Sul, os padres Roque González, paraguaio, Afonso Rodríguez e João del Castillo, espanhóis, doaram sua vida, sendo considerados os “mártires das reduções jesuíticas”. Peçamos ao Senhor que nos conceda fé profunda, fortaleza e perseverança na prática do bem.
Evangelho: Lucas 20,27-40
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; / fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 27aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, 28e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão’. 29Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos. 30Também o segundo 31e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. 32Por fim, morreu também a mulher. 33Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”. 34Jesus respondeu aos saduceus: ‘Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, 35mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; 36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. 37Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. 38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. 39Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: “Mestre, tu falaste muito bem”. 40E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Lucas 20,27-40
«Ele é Deus não de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele»
Rev. D. Ramon CORTS i Blay
(Barcelona, Espanha)
Hoje, a Palavra de Deus nos fala do tema capital da ressurreição dos mortos. Curiosamente, como os saduceus, também nós não nos cansamos de formular perguntas inúteis e fora do lugar. Queremos solucionar as coisas do além com os critérios daqui de baixo, quando no mundo que está por vir tudo será diferente: «mas os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido». (Lc 20,35). Partindo de critérios errados chegamos a conclusões errôneas.
Se nos amassemos mais e melhor, não estranharíamos que no céu não houvesse a exclusividade do amor que vivemos na terra, totalmente compreensível devido à nossa limitação, que nos dificulta o poder sair de nossos círculos mais próximos. Mas no céu nos amaremos todos e com um coração puro, sem invejas, nem receios e, não somente ao esposo ou à esposa, aos filhos ou aos do nosso sangue, mas sim a todo o mundo, sem exceções, nem discriminações de língua, nação, raça ou cultura, uma vez que o «amor verdadeiro alcança uma grande força» (São Paulino de Nola).
Faz-nos muito bem escutar essas palavras da Escritura que saem dos lábios de Jesus. Faz-nos bem, porque nos poderia suceder que, agitados por tantas coisas que não nos deixam nem tempo para pensar e influenciados por uma cultura ambiental que parece negar a vida eterna, chegássemos a estar tocados pela dúvida com respeito a ressurreição dos mortos. Sim, nos faz um grande bem que o Senhor mesmo seja quem nos diga que existe um futuro além da destruição do nosso corpo e deste mundo que passa: «Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente (Ex 3,6), chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó» (Lc 20,37-38).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Se eu ressuscitar num corpo aéreo, já não serei mais eu quem ressuscitará: como poderia haver uma verdadeira ressurreição, se a minha carne não fosse uma verdadeira carne?» (São Gregório Magno)
«Já nesta terra, na oração, nos Sacramentos, na fraternidade, encontramos Jesus e o seu amor, e assim podemos antecipar a vida ressuscitada» (Francisco)
«O que é ressuscitar?(…). Deus, na sua omnipotência, restituirá definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos, unindo-os às nossas almas pela virtude da ressurreição de Jesus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 997)
Fonte https://evangeli.net/
Desejemos o Reino dos Céus
HOMILIA
“Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para Ele” (Lucas 20,38).
A Palavra de Deus que vem ao nosso encontro, no dia de hoje, é, na verdade, uma oportunidade para levantarmos a nossa fé, para acendermos a chama da fé em nós. Muitas vezes, estamos tão presos a esse mundo que perdemos o sentido da eternidade, o sentido do Céu e, realmente, encaramos a morte como o fim, como se nós não tivéssemos fé.
Se aqueles que são pagãos ou incrédulos não creem na ressurreição e, veja que, no Evangelho de hoje, são saduceus, são homens religiosos que não se convencem da possibilidade da ressurreição dos mortos e colocam uma situação muito questionadora para Jesus. “Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem?” (Lucas 20,29-33).
No Reino dos Céus não seremos de ninguém, seremos todos de Deus porque estaremos todos na presença d’Ele, pois, foi para vivermos para sempre com Ele que fomos criados.
No Reino dos Céus seremos todos de Deus porque estaremos todos na presença d’Ele
Não percamos a dimensão da eternidade, pois estamos de passagem nesta vida. Neste mês, onde celebramos todos os santos e os fiéis falecidos, a Igreja nos convida a cada dia a mergulharmos a nossa fé na esperança da ressurreição final.
A esperança não é só de algo que virá depois; é uma esperança que nos mantenha vivos e convictos da certeza de que Deus nos criou para a vida. Deus não nos criou para a morte, o nosso Deus não é o Deus da morte. O nosso Deus é o Deus da vida. Alguém ainda diz: “Por que Deus tirou? Deus levou”.
Deus não tira a vida, mas Ele é Aquele que dá a vida. Se alguém morreu por circunstâncias dolorosas, desagradáveis e trágicas ou se alguém morreu muito cedo, você pode ter a certeza de que Deus não quer a morte de nenhum pecador, mas que ele se converta e tenha a vida.
O nosso Deus é o Deus da vida, somos nós quem cuidamos da nossa vida e, muitas vezes, por descuido em diversas situações, a nossa vida se vai cedo, de forma desastrosa, de forma inesperada, mas o mais importante é sabermos que, independente da hora que sairmos dessa vida, o mais importante é estarmos ansiosamente esperando pela vida que nos aguarda.
Achamos a vida aqui na Terra boa porque não sabemos o que é a eternidade. Deus que nos deu a vida aqui, com todas as belezas e a graça de viver, se Ele nos deu isso, imagine o que Ele dará para aqueles que forem dignos da vida futura com Ele, da vida eterna.
Olhos não viram e a capacidade humana não é capaz de compreender o que Deus tem reservado para aqueles que O amam, por isso, aspiremos aos Céus, busquemos os Céus vivendo a cada dia a nossa vida nesta terra, neste vale de lágrimas, sem perder a dimensão da eternidade, mas termos sempre a convicção de que o nosso Deus é o Deus da vida; e a vida eterna é o que Ele quer conceder a todos nós.
Deus abençoe você!
Fonte Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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