Liturgia Diária
17 – QUINTA-FEIRA
SANTA ISABEL DA HUNGRIA
ESPOSA E RELIGIOSA
(branco, pref. comum, ou dos santos, – ofício da memória)
Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor: eu estava doente e me visitastes. Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes (Mt 25,34.36.40).
Isabel nasceu na Hungria em 1207 e faleceu na Alemanha em 1231. Foi esposa de Luís 4º e mãe de três filhos. Após a morte do marido, dedicou-se a uma extraordinária vida de caridade. No exercício das obras de misericórdia, construiu um hospital em honra a São Francisco de Assis, prestando serviços aos doentes no mais absoluto desapego. A seu exemplo, nos disponhamos a servir, com incansável caridade, os que sofrem e passam necessidades.
Evangelho: Lucas 19,41-44
Aleluia, aleluia, aleluia.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 41quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar. E disse: 42“Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos! 43Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. 44Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Lucas 19,41-44
«Se (...) tu compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!»
Rev. D. Blas RUIZ i López
(Ascó, Tarragona, Espanha)
Hoje, a imagem que nos apresenta o Evangelho é a de um Jesus que «chorou» (Lc 19,41) pela sorte da cidade escolhida, que não reconheceu a presença do seu Salvador. Conhecendo as notícias que se deram nos últimos tempos, seria fácil para nós aplicar essa lamentação à cidade que é —à vez— santa e fonte de divisões.
Mas, olhando mais para a frente, podemos identificar esta Jerusalém com o povo escolhido, que é a Igreja, e —por extensão— com o mundo em que esta levará a termo a sua missão. Se assim o fazemos, encontraremos uma comunidade que, ainda que tenha alcançado o topo no campo da tecnologia e da ciência, geme e chora, porque vive rodeada pelo egoísmo dos seus membros, porque levantou ao seu redor os muros da violência e do desordem moral, porque atira no chão os seus filhos, arrastando-os com as cadeias de um individualismo desumanizador. Definitivamente, o que encontraremos é um povo que não soube reconhecer o Deus que o visitava (cf. Lc 19,44).
Porém, nós os cristãos, não podemos ficar na pura lamentação, não devemos ser profetas de desventuras, mas homens de esperança. Conhecemos o final da história, sabemos que Cristo fez cair os muros e rompeu as cadeias: as lágrimas que derrama neste Evangelho prefiguram o sangue com o qual nos salvou.
De fato, Jesus está presente na sua Igreja, especialmente através daqueles mais necessitados. Temos de advertir esta presença para entender a ternura que Cristo tem por nós: é tão excelso o seu amor, diz-nos Santo Ambrósio, que Ele se fez pequeno e humilde para que cheguemos a ser grandes; Ele deixou-se amarrar entre as fraldas como um menino para que nós sejamos liberados dos laços do pecado; Ele deixou-se cravar na cruz para que nós sejamos contados entre as estrelas do céu... Por isso, temos de dar graças a Deus, e descobrir presente no meio de nós aquele que nos visita e nos redime
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Fico horrorizado ao pensar no perigo de que algum dia, por falta de consideração ou por estar absorvido em coisas vãs, eu esqueça o amor de Deus e seja para Cristo motivo de vergonha e opróbrio» (São Basílio Magno)
«O verdadeiro Deus vem ao nosso encontro com a mansidão "desarmante" do amor» (Bento XVI)
«(…) Quando [Jesus] já avista Jerusalém, chora sobre ela (324) e exprime, uma vez mais, o desejo do seu coração: ‘Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos’ (Lc 19, 42)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 558)
Fonte https://evangeli.net/
AI DE TI JERUSALÉM Lc 19,41-44
HOMILIA
Jesus chega a Jerusalém aclamado pela multidão. Porém, ao invés de corresponder aos aplausos vendo a cidade, chora sobre ela. Jerusalém era a capital da fé daquele tempo. Pois tendo sido tomada do povo jebuseu pelo rei Davi, nela estavam centralizados todos os poderes religiosos, político e militar. O templo aí construído e a sólida teologia imperial elaborada na corte dos reis descendentes de Davi conferiram à Jerusalém o status de cidade sagrada. Todavia, já os profetas do Antigo Testamento denunciavam o abuso de poder e a corrupção aí reinantes, e o fato se tornava cada vez pior. Os olhos desta cidade estão como que tapados: ela se tornou o centro da exploração e opressão do povo, enveredando por um caminho que é o oposto do caminho da paz.
Ela será destruída, porque não quer reconhecer na visita de Jesus a ocasião para mudar as próprias estruturas injustas, abrindo-se ao apelo d’Ele.
Jesus chora porque gostaria de juntar aquele povo como uma galinha junta seus pintinhos. Caro leitor, você conhece esta cena? A galinha junta os pintinhos com as asas e os protege. Jesus é assim mesmo! Ele usa linguagem bem humana para que possamos compreender.
Veja que comparação Jesus faz! Como é grande o amor de Jesus pela humanidade, narrado nestes textos à cidade de Jerusalém. E ele é proclamado para você aqui, agora! Ele deseja muito abrir seus braços agora e acolher a todos, deixe-se ser acolhido por Jesus!
Foram duas ocasiões muito solenes aquelas em que os textos sagrados nos dizem que Jesus chorou. Chorou diante do sepulcro, onde jazia o seu amigo Lázaro, morto há quatro dias, e chorou quando sentiu, no mais íntimo do seu coração, a incredulidade da santa cidade de Jerusalém.
Jesus é Deus (único, sem dúvida), que chora pela situação triste e ímpia deste mundo perdido. Parece um contraste, algo incoerente, Deus a chorar pelos homens. Mas não. Não é incoerência, porque este (Jesus) é o único Deus que ama. Deus que ama o mundo de tal maneira que dá a si mesmo, como sacrifício de substituição para que todo aquele que n’Ele crê não morra, mas tenha a vida eterna.
Olhemos este texto e vejamos com que amor Deus se ocupa de nós. Como dá a si mesmo; como sofre, vendo a cidade entregue às suas impiedades e dominada pelos vendilhões da religião; como chora sobre ela e ora para que abra os olhos para as suas oportunidades, ainda de pé, mas em breve perdidas! Esta cidade é você, sou eu quando não nos “queremos” converter e acatando os seus ensinamentos nos salvar. E então continua chorando por ti e por mim: Jerusalém, Jerusalém, como gostaria que visses as tuas oportunidades, mas tu queres continuar de olhos fechados; como queria que abrisses os olhos, mas tu preferes continuar de olhos fechados e não ver a verdade; como quis ajuntar os teus filhos como a galinha ajunta os pintos debaixo das asas, mas tu não quiseste; Porque assim queres, os teus inimigos te sitiarão de todos os lados, serás totalmente derrubada e em ti não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.
Não te revês na situação da rebeldia de Jerusalém? Arrepende-te enquanto é tempo. Aceita a misericórdia de Jesus, que chora pela tua triste e condenável situação de pecador perdido. Vem a Cristo que te chama com amor infinito e viverás. Ai de ti que não sabes reconhecer a bondade de Deus que estava a seu lado no dia a dia da vida. Que estejamos sempre atentos e conscientes com os bens que temos, sobretudo, o bem da paz e da vida.
Pai, dá-me o bom senso de acolher a salvação que me ofereces em teu Filho Jesus. Desta forma, não incorrerei em castigo semelhante ao que se abateu sobre a Cidade Santa.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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