quinta-feira, 9 de julho de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 10,16-23 - 10.07.2020

Liturgia Diária

10 – SEXTA-FEIRA 
14ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, como o vosso nome, até os confins da terra; toda justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10s).

Chamados à conversão, recebemos de Jesus o conforto e a garantia da presença eficaz do Espírito Santo nas tribulações. Celebremos na certeza de que o Senhor é nosso companheiro inseparável na missão.

Evangelho: Mateus 10,16-23

Aleluia, aleluia, aleluia.

Quando o Paráclito vier, o Espírito da verdade, / ele vos conduzirá a toda a verdade, / lembrar-vos-á de tudo o que eu tenho falado (Jo 16,13; 14,26). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16″Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados de como falar ou do que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 23Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, vós não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do Homem”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 10,16-23
«Sereis odiados por todos, por causa do meu nome»

P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat
(Montserrat, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho remarca as dificuldades e as contradições que o cristão haverá de sofrer por causa de Cristo e do seu Evangelho e como deverá resistir e perseverar até o final. Jesus nos prometeu: «Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20); mas não prometeu, aos seus, um caminho fácil, antes pelo contrário, lhes disse: «Sereis odiados por todos, por causa do meu nome» (Mt 10,22).

A Igreja e o mundo são duas realidades de ”difícil” convivência. O mundo, que a Igreja há de converter a Jesus Cristo, não é uma realidade neutra, como se fosse uma cera virgem que só espera o selo que lhe dará forma. Isto só teria sido assim se não tivesse havido uma história de pecado entre a criação do homem e a sua redenção. O mundo, como estrutura afastada de Deus, obedece a outro senhor, que o Evangelho de São João denomina como o senhor deste mundo, o inimigo da alma, o que fez com que o cristão fizesse um juramento— no dia de seu batismo— de desobediência, de dizer não ao inimigo, para pertencer somente ao Senhor e à Mãe Igreja que ela engendrou em Jesus Cristo.

Mas o batizado continua vivendo neste mundo e não em outro, não renuncia à cidadania deste mundo nem lhe nega sua honesta contribuição para mantê-lo e melhorá-lo; os deveres de cidadania cívica são também deveres dos cristãos; pagar os impostos é um dever de justiça para o cristão. Jesus disse que nós, seus seguidores, estamos no mundo, mas não somos do mundo (cf. Jo 17,14-15). Não pertencemos ao mundo incondicionalmente, inteiramente, só pertencemos a Jesus Cristo e à sua Igreja, verdadeira pátria espiritual, que está aqui na terra e que transpassa a barreira do espaço e do tempo para desembarcar-nos na pátria definitiva que é o céu.

Esta dupla cidadania inevitavelmente se choca com as forças do pecado e do domínio que move os mecanismos mundanos. Repassando a história da Igreja, Newman dizia que «a perseguição é a marca da Igreja e talvez a mais duradoura de todas».

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


As ovelhas de Jesus agem com prudência
HOMILIA

A simplicidade e a prudência são os remédios que conduzem e guiam a vida de uma ovelha em meio a tantos lobos deste mundo
“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mateus 10,16).


O discípulo de Jesus é uma ovelha mansa, cuidada, renovada e convertida pela graça de Deus. Mas uma ovelha de Jesus não é ingênua, ela vive no mundo cercado por lobos ferozes. Esses lobos querem atacá-las, tirar a vida delas, para que não sigam o rumo do Pastor.

O Bom Pastor tem o remédio para Suas ovelhas, Ele as ensina como devem viver neste mundo. O remédio para nós, que somos ovelhas no redil de Jesus, é a prudência da serpente. Como nós precisamos ser prudentes, não podemos ser pessoas bobas, ingênuas, achando que tudo cai do Céu, que de tudo Deus vai cuidar. Ele cuida de nós, Ele nos abençoa, mas nos deixa diligentes, atentos, cuidadosos, prudentes em tudo aquilo que fazemos.

Não podemos expor nossa vida ao perigo, não podemos fazer aquilo que é errado nem ficar de braços abertos esperando que tudo caia do céu. Não! Precisamos, com determinação, fazer a nossa obrigação e responsabilidade. Há muitas pessoas de braços cruzados, esperando que Deus venha em socorro delas.

Não é com passividade, mas com prudência e determinação que age uma ovelha de Jesus. Ela trabalha, corre atrás, luta, faz a sua parte, previne-se, não se expõe ao mal nem ao perigo. Uma ovelha de Jesus pensa, raciocina, medita e confia na graça de Deus, mas nunca deixa de fazer a sua parte.

Não confundamos fé com ingenuidade. Num português bem claro, um discípulo não pode ser um lobo no mundo; precisa ser, realmente, uma pessoa muito prudente, ter discernimento: “Isso convém. Isso não convém”, e não fica dizendo: “Foi Jesus quem mandou. Foi Deus quem me falou”. Tomemos muito cuidado com isso! Muitas pessoas estão fazendo muita coisa em nome de Deus, mas não precisam ficar falando. É a cabeça e a mente da pessoa que não sabe ter o verdadeiro discernimento.

A segunda coisa: uma ovelha de Jesus é simples, humilde, não é arrogante nem se comporta com altivez e orgulho. Com simplicidade, ela busca ajuda, aconselhamento, procura ouvir a voz do discernimento, porque ela é simples como a pomba.

Às vezes, estamos complicando demais, impondo coisas que não levam a nada. Se tivermos a mistura da prudência com a simplicidade, poderemos até nos machucar, mas sempre encontraremos o caminho da vida, porque a simplicidade e a prudência são os remédios que conduzem e guiam a vida de uma ovelha em meio a tantos lobos deste mundo.

Deus abençoe você!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/




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