Liturgia Diária
31 – SEXTA-FEIRA
SANTO INÁCIO DE LOIOLA
PRESBÍTERO E FUNDADOR
(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)
Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e nos abismos; e toda língua proclame, para glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é o Senhor (Fl 2,10s).
Inácio nasceu em Loiola, Espanha, em 1491 e faleceu em Roma em 1556. Parte de sua juventude foi dedicada ao serviço militar. Ferido gravemente em batalha, passou o longo tempo de recuperação lendo a vida de Cristo e dos santos, experiência que o conduziu ao seguimento do Senhor. Escreveu os Exercícios espirituais e fundou a Companhia de Jesus – os Jesuítas -, para levar o Evangelho às mais longínquas regiões da terra.
Evangelho: Mateus 13,54-58
Aleluia, aleluia, aleluia.
A Palavra do Senhor permanece eternamente, / e esta é a Palavra que vos foi anunciada (1Pd 1,25). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 13,54-58
«Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa»
Rev. D. Jordi POU i Sabater
(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)
Hoje, como naquele tempo, é difícil falar de Deus àqueles que nos conhecem há muito tempo. No caso de Jesus, são João Crisóstomo comenta: «Os nazarenos admiravam-se Dele, mas essa admiração não os levava a crer, mas a sentir inveja, como se dissessem: `Porque Ele, e não eu´». Jesus conhecia bem aqueles que em vez ouvi-lo, escandalizavam-se por causa Dele. Eram parentes, amigos, vizinhos pessoas que Ele apreciava, mas justamente a eles não chegará a mensagem da salvação.
Nós —que não podemos fazer milagres nem temos a santidade de Cristo— não provocaremos inveja (ainda se por acaso possa acontecer, se realmente nos esforçarmos por viver como cristãos). Seja como for, nos encontraremos, como Jesus, com aqueles a quem amamos ou apreciamos, são os que menos nos escutam. Neste sentido, devemos recordar, também, que as pessoas vêem mais os defeitos do que as virtudes, e aqueles que estiveram ao nosso lado durante anos podem dizer interiormente —Tu que fazias (ou fazes) isto ou aquilo, o que vais me ensinar?
Pregar ou falar de Deus entre as pessoas do nosso povo ou família é difícil, mas é necessário. É preciso dizer que Jesus quando ia a casa estava precedido pela fama de seus milagres e sua palavra. Talvez, nós precisaremos estabelecer um pouco de fama de santidade por fora (e dentro) de casa antes de “predicar” às pessoas da casa.
São João Crisóstomo acrescenta no seu comentário: «Presta atenção, por favor, na amabilidade do Mestre: não lhes castiga por não ouvi-lo, mas diz com doçura: `Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa´(Mt 13,57). Resulta evidente que Jesus iria-se triste desse lugar, mas continuaria suplicando para que sua palavra salvadora fosse bem-vinda no seu povo.
E nós (que nada vamos perdoar ou deixar de lado), igual temos que orar para que a palavra de Jesus chegue até aqueles que amamos, mas não querem nos ouvir.
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors |
JESUS É REJEITADO EM NAZARÉ Mt 13,54-58
HOMILIA
Os conterrâneos de Jesus O tinham visto partir como filho de carpinteiro, e agora O reencontram como Mestre, rodeado de discípulos. É uma novidade que interpretam somente como vantagem social. Isso os impede de acolherem a Palavra de Deus e a explicação das Escrituras e a Sua revelação como o Ungido de Deus. Vista a posição de Jesus neste prisma cria-se neles a impressão de que Jesus partiria acabando por deixá-los outra vez na sua pobreza.
A sabedoria de Jesus deixou intrigada a população de Nazaré, onde ele vivera desde a infância: De onde lhe vinham tanta sabedoria e o poder de fazer milagres? Não era possível que o filho de um carpinteiro, bem conhecido no povoado, manifestasse uma sabedoria maior que a dos grandes mestres. Era inexplicável como alguém, cujos parentes nada tinham de especial, falasse com tamanha autoridade. Os concidadãos de Jesus suspeitavam dele, e não acreditavam que estivesse falando e agindo por inspiração divina. Por este motivo, o Mestre tornou-se para eles motivo de escândalo.
Na última parte do texto de hoje, Jesus nos dá um puxão de orelha. Porque muitas vezes fechamos os nossos ouvidos para acolher o conselho, a advertência e o ensino daqueles que são nossos parentes, familiares, vizinhos ou conhecidos. E por outro encoraja-nos a não desistirmos da nossa missão de anunciar o reino de Deus seja a que custo for. Jesus nos ensina que a tarefa é dura. E, sobretudo, quando se trata de evangelizar a partir de dentro de casa. Para Jesus também não foi fácil ser profeta na sua casa, na sua família. As pessoas duvidavam dele, não queriam acreditar no Seu poder e por isso mesmo Ele não fez ali muitos milagres.
A experiência de rejeição não chegou a desanimar Jesus. Ele se deu conta de estar vivendo uma situação semelhante à dos antigos profetas de Israel. Nenhum deles foi aceito e reconhecido pelo povo ao qual tinham sido enviados. Antes, todos foram desprezados e humilhados, quando não, assassinados de maneira perversa e desumana.
Jesus não perdeu tempo com quem se obstinava em não aceitá-lo. Por isso, não realizou em Nazaré muitos milagres. Seria perda de tempo, acarretaria ainda mais maledicência, acirraria os ânimos do povo. Por isso, seguiu em frente, buscando quem estivesse aberto para deixar-se tocar por sua mensagem. O fracasso não o abateu nem atenuou o ardor com que realizava a missão que o Pai lhe tinha confiado.
Jesus é Aquele irmão que Deus nosso Pai nos enviou para nos mostrar o caminho que nos leva para o Céu. E então, precisamos estar atentos para acolher as pessoas que dentro da nossa casa nos abrem os olhos e são instrumentos de Deus para nossa conversão. Ouvidos atentos e coração aberto, porque o Senhor fala por meio de quem nós nunca nem esperávamos que falasse. Muitas vezes Deus nos manda Seus emissários que nos aconselham com palavras de sabedoria que Ele próprio sugeriu para nós. Porém, por ser essa pessoa, simplesmente alguém que é muito conhecido nosso, nós desprezamos as recomendações de Deus. Nesse caso, os milagres também não acontecem na nossa vida, e muitos problemas nunca serão solucionados por causa da nossa impertinência.
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
31 – SEXTA-FEIRA
SANTO INÁCIO DE LOIOLA
PRESBÍTERO E FUNDADOR
(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)
Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e nos abismos; e toda língua proclame, para glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é o Senhor (Fl 2,10s).
Inácio nasceu em Loiola, Espanha, em 1491 e faleceu em Roma em 1556. Parte de sua juventude foi dedicada ao serviço militar. Ferido gravemente em batalha, passou o longo tempo de recuperação lendo a vida de Cristo e dos santos, experiência que o conduziu ao seguimento do Senhor. Escreveu os Exercícios espirituais e fundou a Companhia de Jesus – os Jesuítas -, para levar o Evangelho às mais longínquas regiões da terra.
Evangelho: Mateus 13,54-58
Aleluia, aleluia, aleluia.
A Palavra do Senhor permanece eternamente, / e esta é a Palavra que vos foi anunciada (1Pd 1,25). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 13,54-58
«Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa»
Rev. D. Jordi POU i Sabater
(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)
Hoje, como naquele tempo, é difícil falar de Deus àqueles que nos conhecem há muito tempo. No caso de Jesus, são João Crisóstomo comenta: «Os nazarenos admiravam-se Dele, mas essa admiração não os levava a crer, mas a sentir inveja, como se dissessem: `Porque Ele, e não eu´». Jesus conhecia bem aqueles que em vez ouvi-lo, escandalizavam-se por causa Dele. Eram parentes, amigos, vizinhos pessoas que Ele apreciava, mas justamente a eles não chegará a mensagem da salvação.
Nós —que não podemos fazer milagres nem temos a santidade de Cristo— não provocaremos inveja (ainda se por acaso possa acontecer, se realmente nos esforçarmos por viver como cristãos). Seja como for, nos encontraremos, como Jesus, com aqueles a quem amamos ou apreciamos, são os que menos nos escutam. Neste sentido, devemos recordar, também, que as pessoas vêem mais os defeitos do que as virtudes, e aqueles que estiveram ao nosso lado durante anos podem dizer interiormente —Tu que fazias (ou fazes) isto ou aquilo, o que vais me ensinar?
Pregar ou falar de Deus entre as pessoas do nosso povo ou família é difícil, mas é necessário. É preciso dizer que Jesus quando ia a casa estava precedido pela fama de seus milagres e sua palavra. Talvez, nós precisaremos estabelecer um pouco de fama de santidade por fora (e dentro) de casa antes de “predicar” às pessoas da casa.
São João Crisóstomo acrescenta no seu comentário: «Presta atenção, por favor, na amabilidade do Mestre: não lhes castiga por não ouvi-lo, mas diz com doçura: `Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa´(Mt 13,57). Resulta evidente que Jesus iria-se triste desse lugar, mas continuaria suplicando para que sua palavra salvadora fosse bem-vinda no seu povo.
E nós (que nada vamos perdoar ou deixar de lado), igual temos que orar para que a palavra de Jesus chegue até aqueles que amamos, mas não querem nos ouvir.
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors |
JESUS É REJEITADO EM NAZARÉ Mt 13,54-58
HOMILIA
Os conterrâneos de Jesus O tinham visto partir como filho de carpinteiro, e agora O reencontram como Mestre, rodeado de discípulos. É uma novidade que interpretam somente como vantagem social. Isso os impede de acolherem a Palavra de Deus e a explicação das Escrituras e a Sua revelação como o Ungido de Deus. Vista a posição de Jesus neste prisma cria-se neles a impressão de que Jesus partiria acabando por deixá-los outra vez na sua pobreza.
A sabedoria de Jesus deixou intrigada a população de Nazaré, onde ele vivera desde a infância: De onde lhe vinham tanta sabedoria e o poder de fazer milagres? Não era possível que o filho de um carpinteiro, bem conhecido no povoado, manifestasse uma sabedoria maior que a dos grandes mestres. Era inexplicável como alguém, cujos parentes nada tinham de especial, falasse com tamanha autoridade. Os concidadãos de Jesus suspeitavam dele, e não acreditavam que estivesse falando e agindo por inspiração divina. Por este motivo, o Mestre tornou-se para eles motivo de escândalo.
Na última parte do texto de hoje, Jesus nos dá um puxão de orelha. Porque muitas vezes fechamos os nossos ouvidos para acolher o conselho, a advertência e o ensino daqueles que são nossos parentes, familiares, vizinhos ou conhecidos. E por outro encoraja-nos a não desistirmos da nossa missão de anunciar o reino de Deus seja a que custo for. Jesus nos ensina que a tarefa é dura. E, sobretudo, quando se trata de evangelizar a partir de dentro de casa. Para Jesus também não foi fácil ser profeta na sua casa, na sua família. As pessoas duvidavam dele, não queriam acreditar no Seu poder e por isso mesmo Ele não fez ali muitos milagres.
A experiência de rejeição não chegou a desanimar Jesus. Ele se deu conta de estar vivendo uma situação semelhante à dos antigos profetas de Israel. Nenhum deles foi aceito e reconhecido pelo povo ao qual tinham sido enviados. Antes, todos foram desprezados e humilhados, quando não, assassinados de maneira perversa e desumana.
Jesus não perdeu tempo com quem se obstinava em não aceitá-lo. Por isso, não realizou em Nazaré muitos milagres. Seria perda de tempo, acarretaria ainda mais maledicência, acirraria os ânimos do povo. Por isso, seguiu em frente, buscando quem estivesse aberto para deixar-se tocar por sua mensagem. O fracasso não o abateu nem atenuou o ardor com que realizava a missão que o Pai lhe tinha confiado.
Jesus é Aquele irmão que Deus nosso Pai nos enviou para nos mostrar o caminho que nos leva para o Céu. E então, precisamos estar atentos para acolher as pessoas que dentro da nossa casa nos abrem os olhos e são instrumentos de Deus para nossa conversão. Ouvidos atentos e coração aberto, porque o Senhor fala por meio de quem nós nunca nem esperávamos que falasse. Muitas vezes Deus nos manda Seus emissários que nos aconselham com palavras de sabedoria que Ele próprio sugeriu para nós. Porém, por ser essa pessoa, simplesmente alguém que é muito conhecido nosso, nós desprezamos as recomendações de Deus. Nesse caso, os milagres também não acontecem na nossa vida, e muitos problemas nunca serão solucionados por causa da nossa impertinência.
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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