sábado, 11 de julho de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 13,1-23 ou 1-9 - 12.07.2020

Liturgia Diária

12 – DOMINGO 
15º DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)

Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória (Sl 16,15).

Evangelho: Mateus 13,1-23 ou 1-9

[A forma breve está entre colchetes.]

Aleluia, aleluia, aleluia.

Semente é de Deus a Palavra, o Cristo é o semeador; / todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou! (Lc 8,11) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – [1Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. 2Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. 3E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu para semear. 4Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. 5Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. 6Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz. 7Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. 8Outras sementes, porém, caíram em terra boa e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 9Quem tem ouvidos ouça!”]

10Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que falas ao povo em parábolas?” 11Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus, mas a eles não é dado. 12Pois à pessoa que tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será tirado até o pouco que tem. 13É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque, olhando, eles não veem e, ouvindo, eles não escutam nem compreendem. 14Desse modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir sem nada entender. Havereis de olhar sem nada ver. 15Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’. 16Felizes sois vós porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram, desejaram ouvir o que ouvis e não ouviram. 18Ouvi, portanto, a parábola do semeador: 19todo aquele que ouve a Palavra do Reino e não a compreende, vem o maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Esse é o que foi semeado à beira do caminho. 20A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a Palavra e logo a recebe com alegria; 21mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento: quando chega o sofrimento ou a perseguição por causa da Palavra, ele desiste logo. 22A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a Palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a Palavra, e ele não dá fruto. 23A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a Palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 13,1-23 ou 1-9
«O semeador saiu para semear»

P. Jorge LORING SJ
(Cádiz, Espanha)

Hoje consideramos a parábola do semeador. Tem uma força e um encanto especiais porque é palavra do próprio Senhor Jesus.

A mensagem é clara: Deus é generoso semeando, mas a concretização dos frutos de sua semeadura dependem também —e ao mesmo tempo— da nossa livre correspondência. A experiência de todos os dias confirma-nos que o fruto depende da terra onde cai. Por exemplo, os alunos da mesma escola e sala, alguns acabam com vocação religiosa e outros ateus. Ouviram o mesmo, mas a semente caiu em terra diferente.

A terra boa é nosso coração. Em parte é coisa da natureza; mas sobre tudo depende da nossa vontade. Há pessoas que preferem desfrutar antes que ser melhores. Nelas cumpre-se a parábola: as ervas más (ou seja, as preocupações do mundo e a sedução das riquezas) «sufocam a palavra, e ele fica sem fruto» (Lc 13,22).

Mas aqueles que, pelo contrário, valoram o ser, acolhem com amor a semente de Deus e a fazem frutificar. Ainda tenham que mortificar-se. Cristo já disse: «se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto» (Jo 12,24). Também, o Senhor nos advertiu que o caminho da salvação é estreito e reduzido (cf. Mt 7,14): aquilo que vale muito, custa muito. Nada de valor se consegue sem esforço.

Quem se deixa levar pelos seus apetites, terá o coração como uma floresta selvagem. Pelo contrário, as árvores frutíferas que se podam dão melhor fruto. Assim, as pessoas santas não tiveram uma vida fácil, mas têm sido um modelo para a humanidade. «Não todos somos chamados ao martírio, com certeza, mas a alcançar a perfeição cristã. Mas a virtude precisa de uma força que (...) pede uma obra comprida e diligente, que não devemos interromper, até morrer. Desse jeito, pode ser chamado de martírio lento e continuado» (Pio XII).

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Façamos com que a Palavra de Deus seja eficaz em nossa vida
HOMILIA

Combatamos a distração, a instabilidade emocional e as preocupações com a riqueza para que a Palavra de Deus seja viva e eficaz em nossa vida e produza frutos!

“A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto” (Mateus 13, 23).

A parábola do semeador nos mostra de que modo a Palavra de Deus é viva e eficaz em nossa vida. Não há nenhum lugar nem coração em que a Palavra de Deus seja semeada em que ela não produza frutos. Só não pode acontecer que a Palavra anunciada seja negligenciada, por isso a parábola nos explica hoje quais são os inimigos dela [Palavra de Deus], o que realmente a impede, em nossa vida, de produzir os frutos.

A primeira coisa [que impede a Palavra de Deus de produzir frutos em nossa vida]: a distração; não ouvir a Palavra de Deus com a devida atenção que ela merece e não saber retê-la em nosso coração. Quantas vezes estamos avoados, estamos em outro mundo enquanto a Palavra está vindo ao nosso encontro. Quantas vezes deixamos que, mesmo ao ouvirmos a Palavra de Deus, o “passarinho da distração” venha e roube a Palavra semeada em nosso coração.

Algumas vezes, nós damos atenção para tantas outras coisas e não nos concentramos no essencial. Basta ver quando saímos de uma igreja, muitas vezes, nem nos lembramos qual foi o Evangelho proclamado ou a Palavra de Deus dita ao nosso coração. A distração é um inimigo a ser vencido e combatido para que a Palavra de Deus seja viva e eficaz em nossa vida!

Outro inimigo da Palavra de Deus [de produzir frutos em nossa vida] é a nossa instabilidade pessoal e emocional. Nós, muitas vezes, temos boa vontade, dinamismo e acolhemos com amor e alegria a Palavra que nos é dada; no entanto, quando o sofrimento e a perseguição batem à nossa porta, desistimos. Enquanto está tudo bem é maravilhoso escutar a Deus, contudo, quando vêm dificuldades, problemas ou outras coisas mais, aquela Palavra que um dia achávamos que mudaria a nossa vida, a deixamos de lado.

E um outro inimigo da Palavra de Deus [de produzir frutos em nós] são as preocupações. Estas vêm com diversas capas, há a preocupação com as coisas do mundo, quando tentamos agradá-lo e fazer o que ele faz e também as ilusões com o mundo, com as riquezas, com o prazer, com os bens materiais e com o consumismo.

Achamos linda a Palavra de Deus, mas quando vêm outras coisas mais interessantes ao nosso encontro, nós a deixamos de lado e essa Palavra não produz frutos em nossa vida.

Que nós combatamos a distração, a instabilidade emocional e as preocupações com o mundo e as ilusões com a riqueza para que a Palavra de Deus seja viva e eficaz em nossa vida!

Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo




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