Liturgia Diária
DIA 21 – DOMINGO
PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
(branco – 1ª semana do saltério)
Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo: pousaste sobre mim a tua mão, tua sabedoria é admirável, aleluia! (Sl 138,18.5s)
Com sublime alegria, reunimo-nos para celebrar o acontecimento central de nossa fé: a ressurreição de Cristo. Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos, aleluia. Vencendo a morte, Jesus permanece conosco para sempre, a morte já não tem poder sobre ele. A Eucaristia é para nós, que vimos e acreditamos, a força para testemunhar ao mundo a vida nova que dele recebemos.
Evangelho: João 20,1-9
Aleluia, aleluia, aleluia.
O nosso cordeiro pascal, / Jesus Cristo, já foi imolado. / Celebremos, assim, esta festa / na sinceridade e verdade (1Cor 5,7s). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. – Palavra da salvação.
Na missa vespertina, pode-se também proclamar (Lucas 24,13-35):
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” 19Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br
Reflexão - Evangelho: João 20,1-9
«O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu»
Mons. Joan Enric VIVES i Sicília Bispo de Urgell
(Lleida, Espanha)
Hoje «é o dia que o Senhor fez», iremos cantando ao longo de toda a Páscoa. Essa expressão do Salmo 117 inunda a celebração da fé cristã, O Pai ressuscitou a seu Filho Jesus Cristo, o Amado, Aquele em quem se compraz porque amou a ponto de dar sua vida por todos.
Vivamos a Páscoa com muita alegria. Cristo ressuscitou: celebremo-lo cheios de alegria e de amor. Hoje, Jesus Cristo venceu a morte, o pecado, a tristeza… e nos abriu as portas da nova vida, a autêntica vida que o Espírito Santo continua a nos dar por pura graça. Que ninguém fique triste! Cristo é nossa Paz e nosso Caminho para sempre. Ele, hoje, «revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime» (Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes 22).
O grande sinal que nos dá o Evangelho é que o sepulcro de Jesus está vazio. Já não temos de procurar entre os mortos Aquele que vive, porque ressuscitou. E os discípulos, que depois o verão Ressuscitado, isto é, que o experimentarão vivo em um maravilhoso encontro de fé, percebem que há um vazio no lugar de sua sepultura. Sepulcro vazio e aparições serão os grandes sinais para a fé do crente. O Evangelho diz que «o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu» (Jo 20,8). Ele soube compreender, pela fé, que aquele vazio e, por sua vez, aquela mortalha e aquele sudário bem dobrados, eram pequenos sinais do passo de Deus, da nova vida. O amor sabe captar, a partir de pequenos detalhes, o que os outros, sem ele, não captam. O «discípulo que Jesus mais amava» (Jo 20,2) guiava-se pelo amor que havia recebido de Cristo.
O “ver” e o “crer” dos discípulos hão de ser também os nossos. Renovemos nossa fé pascoal. Que Cristo seja, em tudo, o nosso Senhor. Deixemos que sua Vida vivifique a nossa e renovemos a graça do batismo que recebemos. Façamo-nos seus apóstolos e seus discípulos. Guiemo-nos pelo amor e anunciemos a todo o mundo a felicidade de crer em Jesus Cristo. Sejamos testemunhos esperançosos de sua Ressurreição.
VIGILIA PASCAL (B) (Mc 16,1-7): «Jesus de Nazaré, o Crucificado. Ressuscitou»
+ Mons. Ramon MALLA i Call Bispo Emérito de Lleida
(Lleida, Espanha)
Hoje, a Igreja celebra com júbilo a festa principal: o triunfo de sua Cabeça, Cristo Jesus. A Ressurreição de Jesus Cristo é um fato do qual não podemos duvidar. É compreensível que não seja estranho que um fato celestial, um corpo ressuscitado, não possa ser captado por meios terrenais. Mas, logo Maria Madalena e a mãe do Apóstolo Thiago, recebiam um testemunho indubitável, comprovado depois com muitas aparições, realizadas de modo tal que excluem totalmente a suspeita de alucinações. «Não vos assusteis! Procurais Jesus, o nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui! Vede o lugar onde o puseram!» (Mc 16,6).
Além do gozo pelo fato da Ressurreição de Cristo, este acontecimento nos trai a alegria de contar com uma resposta, jubilosa e clara, aos interrogantes do homem: Que nos espera no final da vida? Que sentido tem o sofrimento na Terra? Não podemos duvidar que, depois da morte, espera-nos uma vida nova, que será eterna: «Lá o vereis, como ele vos disse!» (Mc 16,7). São Paulo o afirma com grande convencimento: «E, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele. Sabemos que Cristo, ressuscitado, dos mortos, não morre mais. A morte não tem mais poder sobre ele» (Rom 6,8-9). Logicamente, à interrogante sobre o final da vida, o cristão responde com alegre esperança.
O Evangelho de hoje ressalta que o jovem —o anjo— que fala às mulheres, une os dois conceitos de dor e glória: O que ressuscitou no mesmo que foi crucificado. Diz são Leão Magno: «...(pela tua cruz) os crentes recebem a força da debilidade, glória do opróbio e, vida da morte», as cruzes quotidianas são, então, caminho da Ressurreição.
VIGILIA PASCAL (C) (Lc 24,1-12): «Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui. Ressuscitou»
Fr. Austin NORRIS
(Mumbai, India)
Hoje, contemplamos a Glória do Senhor resplandecente em sua vitória sobre o sofrimento e a morte. Uma vida nova é prometida a todos que buscam e crêem na Verdade de Jesus. Ninguém será desapontado, como não se sentiram as mulheres que «foram ao túmulo, levando os perfumes que tinham preparado» (Lc 24,1).
Os perfumes e ungüentos que devemos carregar durante nossa existência são uma vida espalhando a Palavra de Deus, quando Jesus encarnado disse: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim,[...], viverá. [...] não morrerá jamais.» (Jo 11,25-26)
No meio de nossa confusão e dor parecemos nos tornar míopes em visão, porque não conseguimos ver além de nosso entorno imediato. E «por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo?» (Lc 24,5) é um chamado a seguir Jesus e a buscar a presença do Senhor no “aqui e agora”; em meio ao povo do Senhor e seu sofrimento e for. Em sua carta pela Quaresma o Santo Padre Bento XVI menciona como «De fato, a salvação é dom, é graça de Deus, mas para fazer efeito na minha existência exige o meu consentimento, um acolhimento demonstrado nos fatos, ou seja, na vontade de viver como Jesus, de caminhar atrás Dele».
«Voltando do túmulo» (Lc 24,9) de nossas misérias, dúvidas e confusões, nós, por outro lado, somos capazes de dar a outros esperança e segurança neste vale de lágrimas. A escuridão do sepulcro «dá lugar à brilhante promessa da imortalidade.» (Prefácio da Missa dos Fiéis Defuntos). Que a glória do Senhor Jesus nos mantenha de pé com os olhos fitando o céu, e que possamos sempre ser considerados como um Povo Pascal. Que possamos passar de “Povo da Sexta-feira Santa” a “Povo da Páscoa”.
DOMINGO DE PÁSCOA (A) (Mt 28,1-10): «Ele não está aqui! Ressuscitou»
Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)
Hoje no Evangelho da vigília pascal, late um grande dinamismo: duas mulheres correm para o sepulcro, um terramoto, um anjo faz rodar a pedra, uns guardas assustados caem como mortos. E Jesus, vivo e ressuscitado, torna-se companheiro de caminho daquelas mulheres.
As mulheres são as primeiras a experimentar a ressurreição de Jesus, apenas por terem visto o sepulcro vazio e o anjo que lhes anuncia: «Vós não precisais ter medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito…» (Mt 28,5-6). São, também, as primeiras a dar testemunho da sua experiência: «Ide depressa contar aos discípulos: ‘Ele ressuscitou´» (Mt 28,7).
Imediatamente acreditam. Mas a sua fé é uma mistura de medo e de alegria. Sentiam medo pelas palavras do anjo, com o anuncio que vai para lá das espectativas humanas. E a alegria pela certeza da ressurreição do Senhor, porque as Escrituras tinham-se cumprido, pelo imenso privilégio da primazia pascal que receberam. A fé, pois, mesmo produzindo uma grande alegria interior, não exclui o medo.
Elas vão anunciar aquela experiencia do Ressuscitado, que tiveram sem a ter visto. Jesus premia-lhes esta fé e aparece-lhes durante o caminho.
O centro de toda a experiência de fé não é em primeiro lugar uma doutrina nem uns dogmas. É a pessoa de Jesus. A fé das mulheres do Evangelho de hoje está centrada nele, na sua pessoa e não noutra coisa. Experimentaram-no vivo e vão anuncia-lo vivo!
Outra mulher, Santa Clara, escrevia a Santa Inês de Praga que deveria centrar-se em Jesus ressuscitado: «Observai, considerai, comtemplai a Jesus Cristo (...). Se sofrerdes com Ele, reinareis também com Ele; se chorardes com Ele, com Ele gozareis; se morrerdes com Ele na cruz da tribulação, possuireis com Ele as eternas moradas».
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O TÚMULO VAZIO Jo 20,1-9
HOMILIA
Aleluia, Cristo Ressuscitou Verdadeiramente! Venceu a morte e despojou o império das trevas, sendo vitorioso e dando-nos também a vitória. Ele venceu e também somos vencedores com ele. Meu irmão minha irmã, Jesus despojou o império das trevas. 1Co. 15:57 – Somos vitoriosos porque Deus nos deu a vitória em Jesus Seu Filho. Não pelos nossos méritos. E sim pela Sua graça.
Cante bem alto: Glória a Deus nas Alturas, o Aleluia de Festa. Pois Chegou para nós o dia sem ocaso. O sol brilha para nós apontando-nos o caminho da eternidade. Alías, Deus sempre nos conduz em triunfo para que nós espalhemos o cheiro do conhecimento de Deus por todo lugar que andamos.
Por Cristo e em Cristo somos mais que vencedores porque por Ele, passamos da do fracasso, da derrota para a fortaleza, a vitória o triunfo. Da morte para a vida! Tudo isso Deus o fez por amor.
Pode Deus ficar em uma cruz? Sim, Ele morreu lá, por amor de você. Pode Deus permanecer em um túmulo? Não, Ele ressuscitou para que você fosse vitorioso.
Caríssimo, se somos vitoriosos, porque guardamos para nós os maus momentos? Por que os abraçamos? Por que os mantemos conosco. Os maus momentos, maus hábitos, modo egoísta, mentiras, fanatismos, os deslizes, as falhas. Por que mantemos isto conosco? Precisamos deixar todo este lixo aos pés da cruz! Podemos fazer isso porque Deus quer! Ele quer que façamos isto, porque sabe que não podemos viver como Ele. Só ele é santo. É a cruz e o túmulo vazio que nos santifica. Devemos deixar os maus momentos na cruz e caminhar com Ele em vitória, pois Jesus não ficou no túmulo. A pedra foi removida. Deus faz mais que perdoar os pecados, Ele os remove.
A ressurreição é o motivo principal da pregação do evangelho. O evento que encheu o coração dos discípulos de esperança e os tornou mensageiros do evangelho da graça foi à visão do sepulcro vazio. A aurora do primeiro dia suscitou um novo ânimo aos decepcionados. Ora, se Cristo ressuscitou de fato, então há perspectiva para uma humanidade transtornada pelo pecado.
Jesus Cristo ressuscitado é o Senhor e Salvador dos pecadores desenganados. A ressurreição de Cristo Jesus é a prova evidente que a morte foi vencida e o pecado perdeu a sua força de condenação. A história da crucificação não termina com um funeral, mas com um festival de aleluia. O anjo anunciava às mulheres com júbilo: Ele não está aqui; ressuscitou como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia. Mateus 28:6.
A pregação verdadeira do evangelho começa com a visão convincente da morte e ressurreição de Cristo. As testemunhas são as únicas pessoas que podem, falar de fato, daquilo que presenciaram. Pedro e João, quando estavam sendo ameaçados pelas autoridades judaicas, para que não pregassem a Jesus ressuscitado, disseram: pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. Atos 4:20.
Se a morte de Jesus trouxe desesperança para os seus discípulos, sua ressurreição originou uma torrente de esperança, capaz de enxergar através de nuvens espessas. Já que Cristo ressuscitou não há mais barreira que impeça a efetivação de suas promessas.
Só o milagre do túmulo vazio poderia encher o coração dos discípulos da certeza da salvação. A regeneração do homem pecador é um produto da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. 1 Pedro 1:3.
A visão espiritual do túmulo vazio, que é produzida pela fé, através da Palavra de Deus, nos garante uma certeza inconfundível de que a nossa salvação é dom gracioso, que nos motiva ao testemunho. Como insistia Thomas Brooks, uma alma dominada pela certeza não está disposta a ir para o céu sem companhia.
A falta de convicção inabalável da obra salvadora por meio de Cristo Jesus é o principal agente da apatia na pregação. Sem a firmeza do evangelho não há como se pregar, com confiança, a sua mensagem. Muitos apregoam um sistema religioso com a presunção de estar pregando o evangelho. Mas somente a segurança da ressurreição de Cristo, bem como da nossa ressurreição com Cristo, pode assegurar uma pregação legítima do evangelho autêntico.
As mulheres que foram ver o sepulcro onde Jesus havia sido sepultado saíram de lá ao romper da manhã, ainda que atônitas, com duas certezas: primeiro não havia cadáver na tumba. A fé cristã começa no primeiro dia da semana, nas primeiras horas do dia, com uma certeza da vitória. A morte foi vencida e o Salvador não é um defunto.
Devemos deixar os nossos maus momentos na cruz e também os momentos ruins dos nossos irmãos que chegam até nós. Devemos amá-los. Se amarmos a Deus, amamos os nossos irmãos. Como podemos nos chegar diante de Deus e pedir perdão, se nós não perdoamos os nossos irmãos?
Coisas do passado sempre são trazidas ao presente. Como alguns têm boa memória para os erros dos irmãos e péssima memória para a mudança dos seus irmãos. Pare de se prender nos erros do passado. Olhe para o verde que pode brotar no coração do seu irmão. Assim como ressuscitou com Cristo e é nova criatura também o seu irmão é em Cristo e com Cristo uma nova criatura!
Abandone seus pecados antes que eles contaminem totalmente você. Abandone o rancor, antes que ele o incite à raiva e contenda. Entregue a Deus a sua ansiedade antes que ela o iniba de caminhar com fé. Dê a Deus os teus momentos ruins. Se você deixar com Deus os teus momentos ruins, só sobrarão bons momentos e então Cristo terá ressuscitado em você. E se Cristo ressuscitou em você, já não é você que vive. Mas é Cristo que vive em no seu corpo e se Cristo vive em você, em você tudo é santo. Porque está envolvido pela luz d’Aquele que Verdadeiramente Ressuscitou.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/
DIA 21 – DOMINGO
PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO
(branco – 1ª semana do saltério)
Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo: pousaste sobre mim a tua mão, tua sabedoria é admirável, aleluia! (Sl 138,18.5s)
Com sublime alegria, reunimo-nos para celebrar o acontecimento central de nossa fé: a ressurreição de Cristo. Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos, aleluia. Vencendo a morte, Jesus permanece conosco para sempre, a morte já não tem poder sobre ele. A Eucaristia é para nós, que vimos e acreditamos, a força para testemunhar ao mundo a vida nova que dele recebemos.
Evangelho: João 20,1-9
Aleluia, aleluia, aleluia.
O nosso cordeiro pascal, / Jesus Cristo, já foi imolado. / Celebremos, assim, esta festa / na sinceridade e verdade (1Cor 5,7s). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. – Palavra da salvação.
Na missa vespertina, pode-se também proclamar (Lucas 24,13-35):
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como que cegos e não o reconheceram. 17Então Jesus perguntou: “O que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” 19Ele perguntou: “O que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
25Então Jesus lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía. 31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br
Reflexão - Evangelho: João 20,1-9
«O outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu»
Mons. Joan Enric VIVES i Sicília Bispo de Urgell
(Lleida, Espanha)
Hoje «é o dia que o Senhor fez», iremos cantando ao longo de toda a Páscoa. Essa expressão do Salmo 117 inunda a celebração da fé cristã, O Pai ressuscitou a seu Filho Jesus Cristo, o Amado, Aquele em quem se compraz porque amou a ponto de dar sua vida por todos.
Vivamos a Páscoa com muita alegria. Cristo ressuscitou: celebremo-lo cheios de alegria e de amor. Hoje, Jesus Cristo venceu a morte, o pecado, a tristeza… e nos abriu as portas da nova vida, a autêntica vida que o Espírito Santo continua a nos dar por pura graça. Que ninguém fique triste! Cristo é nossa Paz e nosso Caminho para sempre. Ele, hoje, «revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime» (Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes 22).
O grande sinal que nos dá o Evangelho é que o sepulcro de Jesus está vazio. Já não temos de procurar entre os mortos Aquele que vive, porque ressuscitou. E os discípulos, que depois o verão Ressuscitado, isto é, que o experimentarão vivo em um maravilhoso encontro de fé, percebem que há um vazio no lugar de sua sepultura. Sepulcro vazio e aparições serão os grandes sinais para a fé do crente. O Evangelho diz que «o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu» (Jo 20,8). Ele soube compreender, pela fé, que aquele vazio e, por sua vez, aquela mortalha e aquele sudário bem dobrados, eram pequenos sinais do passo de Deus, da nova vida. O amor sabe captar, a partir de pequenos detalhes, o que os outros, sem ele, não captam. O «discípulo que Jesus mais amava» (Jo 20,2) guiava-se pelo amor que havia recebido de Cristo.
O “ver” e o “crer” dos discípulos hão de ser também os nossos. Renovemos nossa fé pascoal. Que Cristo seja, em tudo, o nosso Senhor. Deixemos que sua Vida vivifique a nossa e renovemos a graça do batismo que recebemos. Façamo-nos seus apóstolos e seus discípulos. Guiemo-nos pelo amor e anunciemos a todo o mundo a felicidade de crer em Jesus Cristo. Sejamos testemunhos esperançosos de sua Ressurreição.
VIGILIA PASCAL (B) (Mc 16,1-7): «Jesus de Nazaré, o Crucificado. Ressuscitou»
+ Mons. Ramon MALLA i Call Bispo Emérito de Lleida
(Lleida, Espanha)
Hoje, a Igreja celebra com júbilo a festa principal: o triunfo de sua Cabeça, Cristo Jesus. A Ressurreição de Jesus Cristo é um fato do qual não podemos duvidar. É compreensível que não seja estranho que um fato celestial, um corpo ressuscitado, não possa ser captado por meios terrenais. Mas, logo Maria Madalena e a mãe do Apóstolo Thiago, recebiam um testemunho indubitável, comprovado depois com muitas aparições, realizadas de modo tal que excluem totalmente a suspeita de alucinações. «Não vos assusteis! Procurais Jesus, o nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui! Vede o lugar onde o puseram!» (Mc 16,6).
Além do gozo pelo fato da Ressurreição de Cristo, este acontecimento nos trai a alegria de contar com uma resposta, jubilosa e clara, aos interrogantes do homem: Que nos espera no final da vida? Que sentido tem o sofrimento na Terra? Não podemos duvidar que, depois da morte, espera-nos uma vida nova, que será eterna: «Lá o vereis, como ele vos disse!» (Mc 16,7). São Paulo o afirma com grande convencimento: «E, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele. Sabemos que Cristo, ressuscitado, dos mortos, não morre mais. A morte não tem mais poder sobre ele» (Rom 6,8-9). Logicamente, à interrogante sobre o final da vida, o cristão responde com alegre esperança.
O Evangelho de hoje ressalta que o jovem —o anjo— que fala às mulheres, une os dois conceitos de dor e glória: O que ressuscitou no mesmo que foi crucificado. Diz são Leão Magno: «...(pela tua cruz) os crentes recebem a força da debilidade, glória do opróbio e, vida da morte», as cruzes quotidianas são, então, caminho da Ressurreição.
VIGILIA PASCAL (C) (Lc 24,1-12): «Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui. Ressuscitou»
Fr. Austin NORRIS
(Mumbai, India)
Hoje, contemplamos a Glória do Senhor resplandecente em sua vitória sobre o sofrimento e a morte. Uma vida nova é prometida a todos que buscam e crêem na Verdade de Jesus. Ninguém será desapontado, como não se sentiram as mulheres que «foram ao túmulo, levando os perfumes que tinham preparado» (Lc 24,1).
Os perfumes e ungüentos que devemos carregar durante nossa existência são uma vida espalhando a Palavra de Deus, quando Jesus encarnado disse: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim,[...], viverá. [...] não morrerá jamais.» (Jo 11,25-26)
No meio de nossa confusão e dor parecemos nos tornar míopes em visão, porque não conseguimos ver além de nosso entorno imediato. E «por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo?» (Lc 24,5) é um chamado a seguir Jesus e a buscar a presença do Senhor no “aqui e agora”; em meio ao povo do Senhor e seu sofrimento e for. Em sua carta pela Quaresma o Santo Padre Bento XVI menciona como «De fato, a salvação é dom, é graça de Deus, mas para fazer efeito na minha existência exige o meu consentimento, um acolhimento demonstrado nos fatos, ou seja, na vontade de viver como Jesus, de caminhar atrás Dele».
«Voltando do túmulo» (Lc 24,9) de nossas misérias, dúvidas e confusões, nós, por outro lado, somos capazes de dar a outros esperança e segurança neste vale de lágrimas. A escuridão do sepulcro «dá lugar à brilhante promessa da imortalidade.» (Prefácio da Missa dos Fiéis Defuntos). Que a glória do Senhor Jesus nos mantenha de pé com os olhos fitando o céu, e que possamos sempre ser considerados como um Povo Pascal. Que possamos passar de “Povo da Sexta-feira Santa” a “Povo da Páscoa”.
DOMINGO DE PÁSCOA (A) (Mt 28,1-10): «Ele não está aqui! Ressuscitou»
Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)
Hoje no Evangelho da vigília pascal, late um grande dinamismo: duas mulheres correm para o sepulcro, um terramoto, um anjo faz rodar a pedra, uns guardas assustados caem como mortos. E Jesus, vivo e ressuscitado, torna-se companheiro de caminho daquelas mulheres.
As mulheres são as primeiras a experimentar a ressurreição de Jesus, apenas por terem visto o sepulcro vazio e o anjo que lhes anuncia: «Vós não precisais ter medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito…» (Mt 28,5-6). São, também, as primeiras a dar testemunho da sua experiência: «Ide depressa contar aos discípulos: ‘Ele ressuscitou´» (Mt 28,7).
Imediatamente acreditam. Mas a sua fé é uma mistura de medo e de alegria. Sentiam medo pelas palavras do anjo, com o anuncio que vai para lá das espectativas humanas. E a alegria pela certeza da ressurreição do Senhor, porque as Escrituras tinham-se cumprido, pelo imenso privilégio da primazia pascal que receberam. A fé, pois, mesmo produzindo uma grande alegria interior, não exclui o medo.
Elas vão anunciar aquela experiencia do Ressuscitado, que tiveram sem a ter visto. Jesus premia-lhes esta fé e aparece-lhes durante o caminho.
O centro de toda a experiência de fé não é em primeiro lugar uma doutrina nem uns dogmas. É a pessoa de Jesus. A fé das mulheres do Evangelho de hoje está centrada nele, na sua pessoa e não noutra coisa. Experimentaram-no vivo e vão anuncia-lo vivo!
Outra mulher, Santa Clara, escrevia a Santa Inês de Praga que deveria centrar-se em Jesus ressuscitado: «Observai, considerai, comtemplai a Jesus Cristo (...). Se sofrerdes com Ele, reinareis também com Ele; se chorardes com Ele, com Ele gozareis; se morrerdes com Ele na cruz da tribulação, possuireis com Ele as eternas moradas».
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O TÚMULO VAZIO Jo 20,1-9
HOMILIA
Aleluia, Cristo Ressuscitou Verdadeiramente! Venceu a morte e despojou o império das trevas, sendo vitorioso e dando-nos também a vitória. Ele venceu e também somos vencedores com ele. Meu irmão minha irmã, Jesus despojou o império das trevas. 1Co. 15:57 – Somos vitoriosos porque Deus nos deu a vitória em Jesus Seu Filho. Não pelos nossos méritos. E sim pela Sua graça.
Cante bem alto: Glória a Deus nas Alturas, o Aleluia de Festa. Pois Chegou para nós o dia sem ocaso. O sol brilha para nós apontando-nos o caminho da eternidade. Alías, Deus sempre nos conduz em triunfo para que nós espalhemos o cheiro do conhecimento de Deus por todo lugar que andamos.
Por Cristo e em Cristo somos mais que vencedores porque por Ele, passamos da do fracasso, da derrota para a fortaleza, a vitória o triunfo. Da morte para a vida! Tudo isso Deus o fez por amor.
Pode Deus ficar em uma cruz? Sim, Ele morreu lá, por amor de você. Pode Deus permanecer em um túmulo? Não, Ele ressuscitou para que você fosse vitorioso.
Caríssimo, se somos vitoriosos, porque guardamos para nós os maus momentos? Por que os abraçamos? Por que os mantemos conosco. Os maus momentos, maus hábitos, modo egoísta, mentiras, fanatismos, os deslizes, as falhas. Por que mantemos isto conosco? Precisamos deixar todo este lixo aos pés da cruz! Podemos fazer isso porque Deus quer! Ele quer que façamos isto, porque sabe que não podemos viver como Ele. Só ele é santo. É a cruz e o túmulo vazio que nos santifica. Devemos deixar os maus momentos na cruz e caminhar com Ele em vitória, pois Jesus não ficou no túmulo. A pedra foi removida. Deus faz mais que perdoar os pecados, Ele os remove.
A ressurreição é o motivo principal da pregação do evangelho. O evento que encheu o coração dos discípulos de esperança e os tornou mensageiros do evangelho da graça foi à visão do sepulcro vazio. A aurora do primeiro dia suscitou um novo ânimo aos decepcionados. Ora, se Cristo ressuscitou de fato, então há perspectiva para uma humanidade transtornada pelo pecado.
Jesus Cristo ressuscitado é o Senhor e Salvador dos pecadores desenganados. A ressurreição de Cristo Jesus é a prova evidente que a morte foi vencida e o pecado perdeu a sua força de condenação. A história da crucificação não termina com um funeral, mas com um festival de aleluia. O anjo anunciava às mulheres com júbilo: Ele não está aqui; ressuscitou como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia. Mateus 28:6.
A pregação verdadeira do evangelho começa com a visão convincente da morte e ressurreição de Cristo. As testemunhas são as únicas pessoas que podem, falar de fato, daquilo que presenciaram. Pedro e João, quando estavam sendo ameaçados pelas autoridades judaicas, para que não pregassem a Jesus ressuscitado, disseram: pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. Atos 4:20.
Se a morte de Jesus trouxe desesperança para os seus discípulos, sua ressurreição originou uma torrente de esperança, capaz de enxergar através de nuvens espessas. Já que Cristo ressuscitou não há mais barreira que impeça a efetivação de suas promessas.
Só o milagre do túmulo vazio poderia encher o coração dos discípulos da certeza da salvação. A regeneração do homem pecador é um produto da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. 1 Pedro 1:3.
A visão espiritual do túmulo vazio, que é produzida pela fé, através da Palavra de Deus, nos garante uma certeza inconfundível de que a nossa salvação é dom gracioso, que nos motiva ao testemunho. Como insistia Thomas Brooks, uma alma dominada pela certeza não está disposta a ir para o céu sem companhia.
A falta de convicção inabalável da obra salvadora por meio de Cristo Jesus é o principal agente da apatia na pregação. Sem a firmeza do evangelho não há como se pregar, com confiança, a sua mensagem. Muitos apregoam um sistema religioso com a presunção de estar pregando o evangelho. Mas somente a segurança da ressurreição de Cristo, bem como da nossa ressurreição com Cristo, pode assegurar uma pregação legítima do evangelho autêntico.
As mulheres que foram ver o sepulcro onde Jesus havia sido sepultado saíram de lá ao romper da manhã, ainda que atônitas, com duas certezas: primeiro não havia cadáver na tumba. A fé cristã começa no primeiro dia da semana, nas primeiras horas do dia, com uma certeza da vitória. A morte foi vencida e o Salvador não é um defunto.
Devemos deixar os nossos maus momentos na cruz e também os momentos ruins dos nossos irmãos que chegam até nós. Devemos amá-los. Se amarmos a Deus, amamos os nossos irmãos. Como podemos nos chegar diante de Deus e pedir perdão, se nós não perdoamos os nossos irmãos?
Coisas do passado sempre são trazidas ao presente. Como alguns têm boa memória para os erros dos irmãos e péssima memória para a mudança dos seus irmãos. Pare de se prender nos erros do passado. Olhe para o verde que pode brotar no coração do seu irmão. Assim como ressuscitou com Cristo e é nova criatura também o seu irmão é em Cristo e com Cristo uma nova criatura!
Abandone seus pecados antes que eles contaminem totalmente você. Abandone o rancor, antes que ele o incite à raiva e contenda. Entregue a Deus a sua ansiedade antes que ela o iniba de caminhar com fé. Dê a Deus os teus momentos ruins. Se você deixar com Deus os teus momentos ruins, só sobrarão bons momentos e então Cristo terá ressuscitado em você. E se Cristo ressuscitou em você, já não é você que vive. Mas é Cristo que vive em no seu corpo e se Cristo vive em você, em você tudo é santo. Porque está envolvido pela luz d’Aquele que Verdadeiramente Ressuscitou.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/
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