quinta-feira, 25 de abril de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 3,1-8 - 29.04.2019

Liturgia Diária

DIA 29 – SEGUNDA-FEIRA   
SANTA CATARINA DE SENA

VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA

(branco – ofício da memória)

Esta é uma virgem sábia, uma das jovens prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada acesa, aleluia!

Catarina, copadroeira da Itália e da Europa, foi uma leiga da Ordem Terceira Dominicana que viveu no século 14. Mensageira da paz numa época de graves conflitos e mestra de vida espiritual, esmerou-se na caridade aos doentes e encarcerados e no amor e fidelidade à Igreja. Seu exemplo nos ajude, cada vez mais, a imitar os passos de Jesus.

Evangelho: João 3,1-8

Aleluia, aleluia, aleluia.

Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, / onde Cristo está sentado à direita de Deus Pai (Cl 3,1). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, 2que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: “Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele”. 3Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o reino de Deus”. 4Nicodemos disse: “Como é que alguém pode nascer se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?” 5Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito. 7Não te admires por eu haver dito: ‘Vós deveis nascer do alto’. 8O vento sopra onde quer, e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 3,1-8
«Se alguém não nascer do alto, não poderá ver o Reino de Deus!»

Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje, um «magistrado judeu» (Jo 3,1) vai ao encontro de Jesus. O Evangelho diz que o faz de noite: o que diriam os seus colegas se soubessem deste fato? Nesta instrução de Jesus encontramos uma catequese batismal, que seguramente circulava na comunidade do Evangelista.

Há alguns dias atrás celebramos a Vigília Pascal. Uma parte integrante desta vigília era a celebração do Batismo, que é a Páscoa, a passagem da morte para a vida. A bênção solene da água e a renovação das promessas foram momentos chave naquela noite santa.

No ritual do batismo faz-se uma imersão na água (símbolo da morte) e uma saída da mesma água (imagem da nova vida). É se submergido juntamente com o pecado e emerge-se depois renovado. Isto é o que Jesus denomina como «nascer do alto» ou «nascer de novo» (cf. Jo 3,3). Isto é “nascer da água”, “nascer do Espírito” ou “do sopro do vento...”.

Água e Espírito são os símbolos usados por Jesus. Ambos exprimem a ação do Espírito Santo que purifica e dá vida, limpa e anima, sacia a sede e faz respirar, suaviza e fala. Água e Espírito realizam uma única operação.

Por outro lado, Jesus fala também da oposição entre carne e Espírito: «O que nasceu da carne é carne; o que nasceu do Espírito é espírito» (Jo 3,6). O homem carnal nasce humanamente quando se dá a sua concepção na Terra. Mas o homem espiritual morre para o que é puramente carnal e nasce espiritualmente através do Batismo, que é nascer de novo e do alto. Há uma bela frase de São Paulo que poderia ser o nosso tema de reflexão e ação, sobretudo neste tempo pascal: «Ou ignorais que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Pelo Batismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6,3-4).

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É PRECISO NASCER DE NOVO Jo 3,1-8
HOMILIA

Neste texto do Evangelho de hoje, temos a conclusão do diálogo de Jesus com Nicodemos. O evangelista João recorre ao simbolismo da serpente de bronze (cf. Nm 21,9) – a qual, pela fé, libertava das mordidas mortais das serpentes do deserto para aplicá-lo à fé em Jesus, pelo qual se tem a vida eterna. Este diálogo com Nicodemos é um convite à conversão. Coloca em confronto as duas opções: aquele que crê e aquele que não crê, aquele que pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da luz.

Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam segui-lo. A um jovem rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a tão alto preço. A um importante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: Você tem que nascer de novo, se quiser ao menos ver o reino de Deus! Jesus pintava francamente as dificuldades em segui-lO e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma inadequada. Jesus pregou sobre o tema: “Não pode ser meu discípulo”, discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes de embarcar na vida de discípulo.

Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos. Ele estava profundamente comovido pelas multidões perdidas e ansiava pela sua conversão. Mas Jesus sabia que não seria fácil para os homens segui-lO e que eles estariam inclinados a enganarem-se a si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não eram. O Senhor nunca deixou de declarar francamente o que a conversão real exige.

A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, neste Evangelho de hoje, é fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus, louvando seus ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: “Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de Deus.” Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! A resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino, toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação ao domínio de Deus. Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa própria grandeza nada valem. As realizações do passado nada representam. Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num relacionamento com Deus.

Mas para isso basta olhar para o que Jesus ensinou! Para Ele é loucura começar um projeto sem entender primeiro o que será exigido para terminá-lo. Ele ilustrou com a idéia de um homem que começou a construir uma torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento para determinar se teria fundos para completá-la, e assim teve que parar no meio do projeto. A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do estilo de vida que Deus espera do convertido.

O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão, envolve morte ao pecado. A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas. Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. Este é o resultado do arrependimento.

Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício. Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.

Para tomar parte realmente na Ceia do Senhor, a pessoa precisa de nascer de novo, no poder a água e do Espírito Santo. Ela precisa executar o ato certo, pelo motivo certo. A pessoa precisa ser um discípulo fiel.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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