quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 8,1-10 - 14.02.2015 - Comeram e ficaram satisfeitos.

Senhor, eu vos louvo e agradeço
pelo grande dom do Evangelho.
Que ele seja conhecido, aceito e amado por todos.
Sábado da 5ª Semana Tempo Comum
S. Cirilo, monge, e S. Metódio B. memória
Cor: Branco

Evangelho - Mc 8,1-10

Comeram e ficaram satisfeitos.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 8,1-10

1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão
e não tinha o que comer.
Jesus chamou os discípulos e disse:
2'Tenho compaixão dessa multidão,
porque já faz três dias que está comigo
e não têm nada para comer.
3Se eu os mandar para casa sem comer,
vão desmaiar pelo caminho,
porque muitos deles vieram de longe.'
4Os discípulos disseram:
'Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?'
5Jesus perguntou-lhes: 'Quantos pães tendes?'
Eles responderam: 'Sete.'
6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão.
Depois, pegou os sete pães, e deu graças,
partiu-os e ia dando aos seus discípulos,
para que os distribuíssem.
E eles os distribuíam ao povo.
7Tinham também alguns peixinhos.
Depois de pronunciar a bênção sobre eles,
mandou que os distribuíssem também.
8Comeram e ficaram satisfeitos,
e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
9Eram quatro mil, mais ou menos.
E Jesus os despediu.
10Subindo logo na barca com seus discípulos,
Jesus foi para a região de Dalmanuta.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Mc 8, 1-10

Jesus age por compaixão em relação aos sofrimentos e dificuldades do povo de sua época. Ele ama com amor eterno e o seu amor se transforma em solidariedade, em gesto concreto. Jesus não para diante das dificuldades que são apresentadas, porque sabe que o amor supera todas as dificuldades. Jesus leva as outras pessoas a sentirem compaixão com ele e assim colaborarem na superação dos problemas. Os discípulos colaboram na medida em que organizam o povo e distribuem os pães. Outros contribuem também doando os sete pães, que poderiam garantir o próprio sustento. Assim, a compaixão cria uma rede de solidariedade que supera a fome no deserto.
Fonte CNBB



JESUS,O PÃO REPARTIDO PARA NOSSA SALVAÇÃO Mc 8,1-10
HOMILIA

Deus Pai na Sua infinita bondade quis nos restituir a humanidade dando-nos o Seu Próprio Filho Jesus Cristo nosso Senhor, o Pão Vivo descido do céu, que à cada Eucaristia nos alimenta e nos dá novo alento e perdão.

Jesus partiu o pão. Se não tivesse rompido o pão, como é que as migalhas chegariam até nós?

Mas ele partiu-o e distribuiu-o: « Distribuiu-o e deu-o aos pobres». Partiu-o por amor, para quebrar a ira do Pai e a Sua. Deus tinha-o dito: ter-nos-ia aniquilado, se o seu Único, «o seu eleito, não se tivesse posto diante dele, erguido sobre a brecha para afastar a sua cólera». Ele colocou-se diante de Deus e apaziguou-o; pela sua força indefectível, manteve-se de pé, não quebrado.

Mas Ele próprio, voluntariamente, partiu e distribuiu a Sua carne, rasgada pelo sofrimento.

Foi então que Ele «quebrou o poder do arco», «quebrou a cabeça do dragão», todos os nossos inimigos, com o Seu poder. Então, partiu de algum modo as tábuas da primeira aliança, para que já não estejamos sob a Lei. Então quebrou o jugo da nossa prisão.

Quebrou tudo o que nos quebrava, para reparar em nós tudo o que estava quebrado, e para «enviar livres os que estavam oprimidos» (Is 58,6), Com efeito, nós estávamos cativos da miséria e das correntes.

No sacramento do altar, o Senhor vem ao encontro do homem, criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 27), fazendo-Se seu companheiro de viagem. Com efeito, neste sacramento, Jesus torna-Se alimento para o homem, faminto de verdade e de liberdade. Uma vez que só a verdade nos pode tornar verdadeiramente livres (Jo 8, 36), Cristo faz-Se alimento de Verdade para nós. Com agudo conhecimento da realidade humana, Santo Agostinho pôs em evidência como o homem se move espontaneamente, e não constrangido, quando encontra algo que o atrai e nele suscita desejo. Perguntando-se ele, uma vez, sobre o que poderia em última análise mover o homem no seu íntimo, o santo bispo exclama: « Que pode a alma desejar mais ardentemente do que a verdade?

De fato, todo o homem traz dentro de si o desejo insuprimível da verdade última e definitiva. Por isso, o Senhor Jesus, « caminho, verdade e vida » (Jo 14, 6), dirige-Se ao coração anelante do homem que se sente peregrino e sedento, ao coração que suspira pela fonte da vida, ao coração mendigo da Verdade. Com efeito, Jesus Cristo é a Verdade feita Pessoa, que atrai a Si o mundo. Jesus é a estrela polar da liberdade humana: esta, sem Ele, perde a sua orientação, porque, sem o conhecimento da verdade, a liberdade desvirtua-se, isola-se e reduz-se a estéril arbítrio. Com Ele, a liberdade volta a encontrar-se a si mesma. No sacramento da Eucaristia, Jesus mostra-nos de modo particular a verdade do amor, que é a própria essência de Deus. Esta é a verdade evangélica que interessa a todo o homem e ao homem todo. Por isso a Igreja, que encontra na Eucaristia o seu centro vital, esforça-se constantemente por anunciar a todos, em tempo propício e fora dele ( 2 Tm 4, 2), que Deus é amor. Exatamente porque Cristo Se fez alimento de Verdade para nós, a Igreja dirige-se ao homem convidando-o a acolher livremente o dom de Deus.

Bom Jesus, ainda hoje, se bem que tenhas aniquilado a ira, partido o pão para nós, pobres pedintes, continuamos com fome. Parte, pois cada dia esse pão para aqueles que têm fome. É que hoje e todos os dias recolhemos algumas migalhas, e cada dia precisamos de novo do nosso pão quotidiano. «Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.» (Lc 11,3) Se Tu não o dás, quem o dará? Na nossa privação, na nossa carência não há ninguém para nos partir o pão, ninguém para nos alimentar, ninguém para nos refazer, ninguém senão Tu, ó nosso Deus. Em todo o consolo que nos mandas, recolhemos as migalhas desse pão que nos partes e saboreamos «como é doce a tua misericórdia».

Celebramos hoje a memória de São Cirílo e São Metódio, dois irmãos pelo sangue pela fé, pela vocação apostólica e até pela morte! O dois por fazerem da Eucaristia o seu alimento diário se converteram em autênticos evangelizadores dos povos eslavos. Como seria bom se todos os da minha casa, família tivessem como alimento primordial o Pão dos anjos, o pão dos fortes e como conseqüência se entregassem ao serviço do evangelho? Peçamos ao Senhor esta graça!
Fonte Canção Nova

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