Vivei em nós, Jesus, pelo vosso Espírito, para que vos amemos com todo o nosso ser e amemos o próximo como a nós mesmos, no vosso amor. |
Cor: Roxo
Evangelho - Mc 1,12-15
Foi tentado por Satanás, e os anjos o serviam.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1,12-15
Naquele tempo:
12O Espírito levou Jesus para o deserto.
13E ele ficou no deserto durante quarenta dias,
e ali foi tentado por Satanás.
Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam.
14Depois que João Batista foi preso,
Jesus foi para a Galiléia,
pregando o Evangelho de Deus e dizendo:
15'O tempo já se completou
e o Reino de Deus está próximo.
Convertei-vos e crede no Evangelho!'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Jesus é o portador da vida nova
REFLEXÃO - Mc 1,12-15
Na última quarta-feira, com a celebração das Cinzas iniciamos o tempo da quaresma, tempo de graça e reconciliação. Esse tempo deve ser marcado pela penitência, com vista à conversão, e pela recordação de nosso batismo, a fim de que possamos assumir plenamente nossa vocação que nasce na fonte batismal. Os domingos do tempo da quaresma são como que etapas que nos preparam para a celebração do mistério pascal de Jesus Cristo. O trecho do livro do Gênesis na primeira leitura faz referência à aliança de Deus com Noé e toda a sua família, após o dilúvio. Vale lembrar que o dilúvio não foi, sobretudo, uma obra de destruição, mas de purificação, pois a maldade do homem era grande e a humanidade inteira havia se corrompido (cf. Gn 6,5-16). Noé, homem justo e íntegro, e toda a sua família, juntamente com um casal de cada espécie animal, foram preservados. Com Noé Deus faz uma aliança em favor de toda a terra. Deus promete não mais destruir nenhum ser vivo e que não haverá mais dilúvio. É o tempo da salvação. O sinal da aliança é um “arco na nuvem”, símbolo da paz. O relato das tentações de Jesus em Marcos é o mais breve dos evangelhos sinóticos, mas denso de significado. Nesse breve relato, Marcos não descreve as tentações de Jesus; ele se contenta em simplesmente dizer que Jesus foi tentado. Jesus vai ao deserto, lugar de provação e, ao mesmo tempo, de revelação da misericórdia de Deus para se preparar para o seu ministério público. Essa preparação, o texto nos sugere, é um combate espiritual, que acontece no coração de Jesus, contra as forças do mal. A sua missão requer uma preparação espiritual adequada. A menção dos anjos que serviam Jesus tem um duplo significado: Deus permanece com o seu Filho nesse combate espiritual e Jesus, pela sua união com Deus, vence as tentações. Após as tentações, Jesus começa o seu ministério. O início do ministério de Jesus está em continuidade com a pregação de João Batista: é um apelo à conversão. De que se trata quando se fala de conversão? A conversão é crer no Evangelho; é fé na pessoa de Jesus Cristo, ele que é a Boa-Notícia de Deus para a humanidade; é fé na palavra de Jesus, que é portadora de um sopro que faz viver. Sem essa confiança não é possível reconhecer a vida e a vinda do Verbo de Deus como dom, nem acolhê-lo.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Fonte Paulinas
CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO Mc 1,12-15
HOMILIA
O título desta homilia marca o final do Evangelho do primeiro Domingo da Quaresma. Como ouvimos, Marcos narra o ambiente e as circunstâncias da tentação de Jesus. Estamos diante de três elementos: o deserto, os anjos e o diabo. Os três são elementos representam o árduo caminho da quaresma, iniciado na última quarta-feira e a nossa grande missão durante este tempo: a conversão.
O deserto indica um local de provação. Jesus é o novo Israel que passa 40 dias no deserto e vence a tentação, permanecendo fiel à vontade divina e à sua Aliança.
O diabo e os anjos representam o interior de cada um de nós. Dentro de nós pode morar um anjo e um diabo. Quando nos damos de corpo e alma a Deus em nós sobressai o lado angélico e quando nos damos aos prazeres da carne então fala mais alto o lado diabólico. Vivemos num mudo onde existem pessoas com corações diversificados. Há aqueles que são mais compreensivos e curtem a paz, até mesmo em momentos críticos. São os que têm como razão de viver o cultivo da vida interior com Deus e em Deus. Para estes, os anjos de Deus constantemente os servem com a paz, com a fortaleza, com a sabedoria, com o temor de Deus e assim por diante. Mesmo que tenham um temperamento forte, sabem controlar seus impulsos e seus instintos.
O diabo representado pelos impulsos e os instintos. Todos nós sabemos que os animais reagem por impulsos e instintos. E isso também existe dentro de cada um de nós quando não fazemos usa da nossa liberdade e vontade que vindos de Deus deveriam ser usados para escolher sempre o bem! Em alguns, parecem indomáveis estes dois elementos. Trata-se de pessoas impulsivas, que primeiro fazem e depois pensam, quando as conseqüências amargam na vida. O diabo que indomada existe em quem vive pelo instinto, incapaz de ter qualquer controle sobre si próprio.
No deserto, local da sede, da fome e da provação, o que acontece conosco, aconteceu com Jesus, porque ele era homem, igual a cada um de nós. Poderia se deixar levar pelo instinto e a impulsividade do diabo. Mas não. Ele vence a tentação optando pelo serviço dos anjos e isso acontece pela fidelidade ao plano divino. Eis a diferença entre nós e Ele. Enquanto muitas vezes nós nos deixamos vencer pelo diabo, Ele o desafia. E então Aquele que é fiel, envia os seus anjos para servi-lo. O que vemos em Jesus é um exemplo para vencermos as tentações. Os nossos desertos são muitos e podem ser localizados aqui na Canção Nova – Cachoeira Paulista onde moro e podem ser localizados aí na tua cidade, na tua casa. Podem ser na tua família, pode ser a escola, pode ser o trabalho. É nos locais onde vivemos, trabalhamos que a tentação aparece e faz transparecer o controle de si ou o terrível diabo que salta pelos olhos e pela boca.
Quero lembrar-te que esse tipo de reação não se trata com controles mentais ou técnicas de relaxamento ou por meio de uma consulta ao psicólogo ou psicanalista. Isso pode ajudar, mas a proposta da espiritualidade cristã diz que a vida interior só se resolve a partir do momento em que optamos por Deus. É o que fez Jesus. Pois, existe dentro de nós uma duplicidade: ou optamos por Deus e Ele nos serve, ou deixamos que nossos impulsos e instintos apareçam e estes tomam conta de nossa vida, a ponto de infernizá-la e então caímos nas malhas do diabo que nos domina o tempo todo.
A vida interior só se torna divinizada à medida que formos capazes de nos esvaziar de nós mesmos, de tirar de nós os instintos e os impulsos, para acolher com simplicidade, humildade e no espírito de pobreza, o que Deus nos oferece por meio do Seu Filho manso e humilde de coração.
Portanto, neste tempo quaresmal o nosso primeiro empenho é acolher o convite à conversão: CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO. E converter-se, hoje, significa considerar a vida interior de cada um de nós. Ver o que é mais saliente em nós: o lado divino ou o lado dos impulsos e instintos? O lado divino ou o lado humano? Lapidai-me ó Deus, para que convertido possa acolher o vosso Reino . Acolhendo-o os vossos anjos me venham servir como fizeram a Jesus!
Fonte Canção Nova
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