sábado, 7 de fevereiro de 2015

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 6,53-56 - 09.02.2015 - E todos quantos o tocavam ficavam curados.

Jesus, Mestre divino,
vós sois a vida, o amor.
Nós vos louvamos, Senhor,
pela vida que nos dais!
2ª-feira da 5ª Semana Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Mc 6,53-56

E todos quantos o tocavam ficavam curados.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 6,53-56

Naquele tempo:
53Tendo Jesus e seus discípulos
acabado de atravessar o mar da Galiléia,
chegaram a Genesaré e amarraram a barca.
54Logo que desceram da barca,
as pessoas imediatamente reconheceram Jesus.
55Percorrendo toda aquela região,
levavam os doentes deitados em suas camas
para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam,
colocavam os doentes nas praças
e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste.
E todos quantos o tocavam ficavam curados.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Mc 6, 53-56

O cristão de verdade não pode ficar parado. Ele nunca pode dizer que cumpriu a sua missão, pois ele deve estar sempre a caminho, sempre se lançando rumo aos novos trabalhos, prestando atenção aos apelos que a realidade faz, buscando superar novos desafios e obstáculos, sempre olhando com misericórdia os irmãos e irmãs, procurando conhecer os seus problemas e necessidades e sendo para todos a manifestação do amor de Deus que responde ao clamor dos seus filhos e filhas. Por isso, quando terminamos uma etapa da caminhada, devemos iniciar outra imediatamente, pois a proposta do Reino exige isso.
Fonte CNBB



JESUS CURAVA A TODOS OS QUE O PROCURAVAM Mc 6,53-56
HOMILIA

Depois dos discípulos terem anuído ao convite do Mestre, abandonaram a casa de Simão e partiram para outras regiões da redondeza. E no Evangelho de hoje vemos os discípulos fazendo a travessia do mar agitado com seu próprio barco desembarcando em Genesaré e logo o povo reconhece Jesus.

O povo vai em massa atrás de Jesus. Eles vêm de todos os lados, carregando seus doentes. O que chama a atenção é o entusiasmo do povo que reconheceu Jesus e vai atrás dele. O que o move nesta busca de Jesus não é só o desejo de encontrar-se com ele, de estar com ele, mas também o desejo de obter a cura das suas doenças.

A salvação é dirigida a esta multidão formada por gentios e judeus marginalizados. São os moradores dos povoados, cidades e campos por onde Jesus andava, com seus discípulos. Jesus realiza a sua atividade sobretudo entre as camadas mais sofredoras e abandonadas do povo, constituindo praticamente, a única esperança dessa gente.

O enfoque é a presença física libertadora de Jesus. As curas são conseguidas com o toque, pelo menos na franja do manto dele. A doença generalizada é fruto das barreiras a exclusão.

A cura resulta da libertação da exclusão e é fruto da acolhida. Assim como, fisicamente,

o pão foi partilhado, o mesmo vale para o corpo. A comunicação não se faz apenas pela palavra. Faz-se também pela partilha do corpo. A presença física, o toque, o abraço, o sorriso acolhedor, o olhar compreensivo e atento, a compaixão complementam a força comunicadora da palavra libertadora.

Desde o começo da sua atividade apostólica, Jesus anda por todos os povoados da Galiléia para falar ao povo sobre o Reino de Deus que estava chegando (Mc 1,14-15). Onde encontra gente para escutá-lo, ele fala e transmite a Boa Nova de Deus, acolhe e cura os doentes, em qualquer lugar: nas sinagogas durante a celebração da Palavra nos sábados (Mc 1,21; 3,1; 6,2); em reuniões informais nas casas de amigos (Mc 2,1.15; 7,17; 9,28; 10,10); andando pelo caminho com os discípulos (Mc 2,23); ao longo do mar na praia, sentado num barco (Mc 4,1); no deserto para onde se refugiou e onde o povo o procurava (Mc 1,45; 6,32-34); na montanha, de onde proclamou as bem-aventuranças (Mt 5,1); nas praças das aldeias e cidades, onde povo carregava seus doentes (Mc 6,55-56); no Templo de Jerusalém, por ocasião das romarias, diariamente, sem medo (Mc 14,49)! Curar e ensinar, ensinar e curar era o que Jesus mais fazia (Mc 2,13; 4,1-2; 6,34). Era o costume dele (Mc 10,1). O povo ficava admirado (Mc 12,37; 1,22.27; 11,18) e o procurava em massa.

Na raiz deste grande entusiasmo do povo estava, de um lado, a pessoa de Jesus que chamava e atraía, e, de outro lado, o abandono do povo que era como ovelha sem pastor (cf. Mc 6,34). Em Jesus, tudo era revelação daquilo que o animava por dentro! Ele não só falava sobre Deus, mas também o revelava. Comunicava algo do que ele mesmo vivia e experimentava. Ele não só anunciava a Boa Nova do Reino. Ele mesmo era uma amostra, um testemunho vivo do Reino. Nele aparecia aquilo que acontece quando um ser humano deixa Deus reinar, tomar conta de sua vida. O que vale não são só as palavras, mas também e sobretudo o testemunho, o gesto concreto.

Pela fé, todos nós esperamos e sonhamos com o Reino de Deus, como um novo tempo, onde não haverá dor nem lágrimas. Ao curar muitas pessoas, Jesus mostra que Deus reprova tudo o que faz o ser humano sofrer. Mergulhemos na certeza de que nossa missão é seguir os passos do Mestre para construir este “novo tempo”, entre nós.
Fonte Canção Nova

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