terça-feira, 28 de outubro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 13,31-35 - 30.10.2014 - Não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.

Pai,
predispõe-me, pela força do teu Espírito,
a acolher a salvação que teu Filho Jesus me oferece,
fazendo-me digno deste dom supremo de tua bondade.
5ª-feira da 30ª Semana Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Lc 13,31-35

Não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13,31-35

31Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se
e disseram a Jesus:
'Tu deves ir embora daqui,
porque Herodes quer te matar.'
32Jesus disse: 'Ide dizer a essa raposa:
eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã;
e no terceiro dia terminarei o meu trabalho.
33Entretanto, preciso caminhar hoje,
amanhã e depois de amanhã,
porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.
34Jerusalém, Jerusalém!
Tu que matas os profetas
e apedrejas os que te foram enviados!
Quantas vezes eu quis reunir teus filhos,
como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas,
mas tu não quiseste!
35Eis que vossa casa ficará abandonada.
Eu vos digo: não me vereis mais,
até que chegue o tempo em que vós mesmos direis:
Bendito aquele que vem em nome do Senhor.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 13, 31-35

A ameaça de morte não faz com que Jesus se acovarde, a sua resposta é bem clara: "devo prosseguir o meu caminho, pois não convém que um profeta perece fora de Jerusalém". Jesus vai seguir o seu caminho até o fim porque a sua fidelidade ao Pai está acima de todas as coisas, inclusive da sua própria vida, que ele vai entregar livremente em Jerusalém para que o homem seja resgatado do reino da morte. O mundo não quer a vida do profeta, não quer que ele chegue a realizar a sua missão e todos os que são do mundo, religiosos ou não, não toleram a presença do profeta, embora a sua morte contribua para a salvação de todos.
Fonte CNBB



O AMOR DE JESUS POR JERUSALÉM Lc 13,31-35
HOMILIA

Após apresentar a denúncia de Jesus sobre a infidelidade de Israel, Lucas insere este diálogo envolvendo alguns fariseus e Jesus. Estes fariseus simulam proteger Jesus das ameaças de Herodes, preposto do império romano, com autoridade sobre a Galiléia. Pois, Herodes já havia mandado matar João Batista, e Jesus, cuja prática se assemelhava à de João, estava também ameaçado. E não só agora com um forte propósito de terminar a Sua Missão: Vão e digam para aquela raposa que eu mandei dizer o seguinte: Hoje e amanhã eu estou expulsando demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho.
A resposta de Jesus é um recado a ser dado a Herodes por estes fariseus, que Jesus percebe estarem fazendo o jogo de Herodes. Jesus chama Herodes de raposa e, com uma frase repetida, afirma que continuará seu ministério e seu caminho rumo a Jerusalém. A morte não o intimida. Sabe que está mais próxima a morte por parte dos chefes religiosos de Jerusalém do que por parte de Herodes. Com uma sentença em estilo profético Jesus faz ainda um apelo à conversão a Jerusalém, capital do judaísmo, caracterizando-a como a cidade que mata os profetas.
Poderíamos assim dizer que Ele nem estava aí tanto pelo que herodes haveria de fazer-lhe quanto do que o povo dizia. Ele está a caminho de Jerusalém. Com o seu ensinamento revela a sua rejeição pelo judaísmo e a sua acolhida por parte dos gentios. Mais do que a Herodes, Jesus sabe que paira sobre si a ameaça de morte por parte das autoridades religiosas com sede em Jerusalém. E então o clamor de indignação doe Jesus: Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram!
Com uma sentença em estilo profético, Jesus faz ainda um apelo à conversão de Jerusalém, caracterizando-a como a cidade que mata os profetas.
Os judeus eram o povo escolhido de Deus. A este povo ele tirou do Egito, conduziu-os à terra prometida e lhes livrou dos inimigos. Sobretudo, a este povo Deus prometeu e enviou o Salvador Jesus.
Porém, este povo não foi grato a Deus. Desprezou a Jesus e não o aceitou como o seu Salvador. Quando Jesus esteve aqui na terra, dedicou muito tempo à cidade de Jerusalém. Durante três anos ensinou ao povo lá no templo o amor de Deus e a necessidade do arrependimento.
Jesus se preocupou com este povo porque ele viu que os seus corações estavam endurecidos. O povo de Jerusalém se tornara materialista, ocupando-se demais com as coisas do mundo e esquecendo-se de Deus.
A preocupação com as coisas materiais era tão grande que haviam tornado até o próprio templo numa casa de comércio. Em lugar de usar o templo para a pregação da Palavra de Deus, usavam-no para fazer dinheiro, vendendo e comprando objetos.
Jesus chamou várias vezes este povo ao arrependimento, mostrando-lhes o perigo que estavam correndo e a necessidade de se voltarem para Deus. Porém, o povo permaneceu indiferente. Não se arrependeu. Não reconheceu os seus pecados e nem se voltou para Deus.
Jesus esperava que eles chorassem de arrependimento. E como eles não chorassem, Jesus chora por eles. Chora de pesar, de tristeza e compaixão.
Fonte Padre BANTU SAYLA

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