segunda-feira, 13 de outubro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 11,42-46 - 15.10.2014 - Aí de vós, fariseus; ai de vós também, mestres da Lei.

Pai,
coloca-me em sintonia com Jesus
para quem a justiça e o amor a ti
valem mais que o legalismo
dos que são incapazes de descobrir
o teu verdadeiro desígnio.
4ª-feira da 28ª Semana Tempo Comum
Sta. Teresa de Jesus VgDra, memória
Cor: Branco

Evangelho - Lc 11,42-46

Aí de vós, fariseus; ai de vós também, mestres da Lei.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 11,42-46

Naquele tempo, disse o Senhor:
42Aí de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã,
da arruda e de todas as outras ervas,
mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus.
Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo.
43Aí de vós, fariseus,
porque gostais do lugar de honra nas sinagogas,
e de serdes cumprimentados nas praças públicas.
44Aí de vós, porque sois como túmulos que não se vêem,
sobre os quais os homens andam sem saber.'
45Um mestre da Lei tomou a palavra e disse:
'Mestre, falando assim, insultas-nos também a nós!'
46Jesus respondeu:
'Ai de vós também, mestres da Lei,
porque colocais sobre os homens cargas insuportáveis,
e vós mesmos não tocais nessas cargas,
nem com um só dedo.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Lc 11, 42-46

Continuando a reflexão de ontem, uma vez que o Evangelho de hoje é a continuidade do diálogo iniciado ontem, viver os valores do Reino e procurar o cultivo da vida interior também não nos exime das práticas comunitárias de fé e religiosidade, conforme nos diz Jesus: "Vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo". A negligência da vivência exterior da fé constitui um ato grave porque a religião tende a tornar-se totalmente subjetiva indo cada vez mais ao encontro dos nossos interesses pessoais e deixando de ser a busca sincera da prática da vontade de Deus e testemunho comunitário de um Deus que é amor e condena o individualismo.
Fonte CNBB



ESTE SERVIU PARA MIM! E PARA TI? Lc 11,42-46
HOMILIA

No Evangelho de hoje continua o relacionamento conflituoso entre Jesus e as autoridades religiosas da época. Hoje, na igreja acontece o mesmo conflito. As pessoas mais simples, os pobres são mais dóceis, afáveis se convidados a participar nas coisas de Deus. O que pode parecer exclusão por dos ricos e também alguns cristãos empenhados na Igreja.
E então, o Ai de vós, de Jesus, referindo-se aos Fariseus que deixam de lado a justiça e o amor a Deus e ao próximo. Esta crítica de Jesus contra os líderes religiosos daquela época pode ser repetida contra muitos líderes religiosos dos séculos seguintes, até hoje. Muitas vezes, em nome de Deus, insistimos em detalhes e esquecemos a justiça e o amor.
A observação final de Jesus dizia: é vós deveríeis praticar isso, sem deixar de lado aquilo. Esta advertência faz lembrar uma outra observação de Jesus que serve de comentário: Não penseis que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento. (Mt 5,17-20). Jesus é a plenitude da lei. Sem Ele ninguém vai ao Pai. E então, ouvir Sua palavra, guardá-la, pô-la em prática vale mais do que toda a lei e os profetas.
Nos Evangelhos, a imagem que os fariseus passavam para o povo em geral era muito forte. Por fora, sempre parecem justos e bons, mas esse aspecto é um engano, pois dentro deles existe um sepulcro escondido que, sem o povo se dar conta, espalha um veneno que mata, comunica uma mentalidade que afasta de Deus, sugere uma compreensão errada da Boa Nova do Reino. Uma ideologia que faz do Deus vivo um ídolo morto! Não será esta a tua situação às vezes?
Talvez tu digas não. Isto não me diz respeito. Mas veja, ao mestre que reclama pela mensagem bem dada, Jesus responde deixando bem claro: Ai de vós também especialistas da lei! Porque vós impondes sobre os homens cargas insuportáveis, quando vós mesmos não tocais essas cargas nem com um só dedo. No Sermão da Montanha, Jesus expressou a mesma crítica que serve de comentário: Os doutores da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, vós deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações, pois eles falam e não praticam. Amarram pesados fardos e os colocam no ombro dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo (Mt 23,2-4).
A hipocrisia mantém uma aparência enganadora. Até onde atua em mim a hipocrisia? Até onde a hipocrisia atua na nossa igreja? Jesus criticava os escribas que insistiam na observância disciplinar das coisas miúdas da lei como dízimo da hortelã, da arruda e de todas as ervas, e esqueciam de insistir no objetivo da lei que é a prática da justiça e do amor. Para mim esta critica vale! E para t?
Pai coloca-me em sintonia com Jesus para Quem a justiça e o amor a Ti valem mais que o legalismo dos que são incapazes de descobrir o Teu verdadeiro desígnio.
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla

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